O rio Tinto tem para os riotintenses um valor simbólico – ligado à história e ao nome da cidade – assim como um valor natural e ambiental inestimável, já que poucas são as áreas verdes e de lazer de que a população pode usufruir nesta freguesia. É por isso que desde a primeira hora, e nos órgãos autárquicos para os quais fui eleita, sempre defendi a requalificação e valorização ambiental do vale do rio Tinto, com o objectivo de o devolver à população. O entubamento de troços do rio, levado a cabo pela Câmara de Gondomar, traduziu-se num verdadeiro crime ambiental com o único propósito de facilitar a construção e a especulação imobiliária.
É absolutamente urgente que se tomem mediadas que visem a conservação da zona verde e rural entre o Meiral e as Areias (Pego Negro), procurando uma continuidade com o futuro Parque Oriental da cidade do Porto; o aproveitamento e recuperação de elementos patrimoniais ligados ao rio (de que são exemplo o Moinho da Vitória, na Levada, e o aglomerado ribeirinho junto ao Horto de Vila Cova), criando um Centro de Interpretação Ambiental, no qual os mais jovens possam aprender a história de Rio Tinto; o afastamento da pressão urbanística na zona ribeirinha, particularmente em leitos de cheia.
Para isso, estabelecer um Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto que tenha em conta a preservação do rio, assim como procurar que o traçado do metro não passe por cima do leito natural do rio, mas na faixa central da Avenida do Rio é absolutamente necessário.
O Movimento de Defesa do Rio Tinto juntou vontades que, tal como eu, sempre se sentiram defraudadas com a desvalorização a que o rio tem sido sujeito, defendendo que este património, pertença de todos, tem de ser defendido, valorizado, requalificado. O Movimento conta por isso com o meu apoio desde a primeira hora e tal como na I e na II Marcha pelo rio, também estarei presente na III Marcha que se irá realizar a 19 de Abril. Seremos certamente muitos!
Cristina Nogueira
Eleita pela CDU para a Assembleia de Freguesia de Rio Tinto
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