sexta-feira, 25 de junho de 2010

OBRA DO METRO INSISTE NO ENTUBAMENTO

Na confluência da ribeira da Castanheira com o rio Tinto está a ser colocada uma nova estrutura em betão. Ali, já havia um entubamento que poderia e deveria ser desfeito. Mas tudo aponta para que a ribeira da Castanheira vá ter direito a chegar ao rio Tinto numa forma mais requintadamente entubada. Ou seja, em vez de se emendar um erro já estabelecido, constrói-se uma estrutura ainda mais pesada, que visa tornar o erro irreversível. A Metro, responsável pela obra, deverá dizer que se trata de mais uma renaturalização no vale de rio Tinto. Já estamos habituados a isso. A palavra renaturalização assume uma nova dimensão e significado na nossa terra.

Um acesso, em terra batida, à obra do Metro impede, neste momento, a continuação do entubamento em direcção à nascente da ribeira da Castanheira. O que está já é mau, mas fica aqui uma dúvida: até onde vai continuar mais esta magnífica obra?

terça-feira, 15 de junho de 2010

OBRAS DE REMEDEIO

Conforme dissemos no post anterior, aí estão as "obras de remedeio" junto ao Centro de Saúde.
Relembrando: havia ali um colector de esgotos que, desde as cheias de finais de Dezembro, estava a despejar directamente para as águas do rio. Vejam o local, assinalado, na imagem seguinte:
Agora, que se fez? Remendou-se a fuga com uns metros de tubo ligados ao colector, tapou-se tudo com uns montes de pedras e a coisa disfarçou-se:
Mas, gato escondido, com o cano de fora... Ali está o remendo (assinalado pela seta), a espreitar no meio das pedras que foram colocadas por cima...
Aliás, situações de remedeio, à espera de melhores dias, é o que mais há por ali...
E por falar em melhores dias...
E o pontão que aqui havia? E a cascata?
Para quando soluções definitivas, eficazes e duradouras?

Que não se pense que nos contentaremos com uns remendos apressados que apenas mascaram o problema.
Como já temos dito, repetimos:
JÁ SE PERDEU TEMPO DE MAIS!

sábado, 12 de junho de 2010

Aí está a solução provisória ou coincidências...

Depois de mais de cinco meses de sujidade no rio, de alertas e pedidos de intervenção, e, coincidindo com a iniciativa tornada pública da concentração "O rio não é um esgoto" a 4 de Junho, eis que se inicaram os trabalhos de reparação do colector junto ao Centro de Saúde. Como foi noticiado, a própria ARH admite esta solução como provisória, aguardando-se uma intervenção mais profunda naquela margem em resultado do estudo solicitado a um professor da FEUP. Na verdade aquele problema fica parcialmente resolvido, empurrando-o para juzante. Como temos vindo a alertar se queremos uma qualidade aceitável da água do rio Tinto, de modo a tornar possível a presença de espécies autóctones ou a convivência saudavel do rio com o Parque Oriental da cidade do Porto em desenvolvimento, nenhuma infra-estrutura de tratamento de águas deve lançar o "efluente industrial" naquele curso, devido ao baixo caudal do rio em época de estiagem. Se dizemos nenhuma, muito menos a ETAR de Rio Tinto, esta ou outra que venha a resultar de remendos de todo ineficientes.
Na reunião que realizámos com o administrador da empresa municipal Águas do Porto, o mesmo afirmou que a ETAR do Freixo tem capacidade para tratar os esgotos de Rio Tinto. Não se entende que problemas seriam adiados para o Porto, para daqui a dois ou três anos, a que faz referência o vice-presidente da CMGondomar, nem por que razão ou razões, depois de essa solução ter sido acolhida e estar a ser mediada pela ARH Norte (numa reunião realizada na manhã do dia 1 de Fevereiro de 2010) ela foi abandonada. Diriamos que, de novo, o processo não é de todo transparente. Que se impõe o esclarecimento e a intervenção da ARH Norte para que, fazendo uma análise técnica e ambiental do todo, solucione de vez e para o futuro este grave problema.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

DESAFIO DOS PRÓXIMOS ANOS...

Lemos, em diversos órgãos de informação:

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, inaugurou esta segunda-feira os primeiros dez hectares do Parque Oriental da cidade, considerando que a despoluição do rio Tinto é «o passo seguinte mais relevante e importante» naquela nova zona verde.
De acordo com o autarca, tem havido um esforço com outros municípios, designadamente com Gondomar, para a despoluição do rio Tinto que atravessa o Parque Oriental do Porto.

O Parque Oriental do Porto, desenhado pelo arquitecto paisagista Sidónio Pardal (também responsável pelo Parque da Cidade), situa-se no Vale de Campanhã, na zona limítrofe do concelho do Porto com o de Gondomar, e deverá ter uma área total de cerca de 55 hectares, informa a agência Lusa.
O rio Tinto é considerado pelo arquitecto Sidónio Pardal como «o instrumento da orquestra» daquele parque. «Trabalhar o rio», disse o arquitecto, «é o desafio para os próximos anos». Sidónio Pardal considerou que ,quando o rio estiver despoluído este será, certamente, «o elemento fundamental do parque».

Claro! Já há muito se sabe que, sem despoluição do rio, não há Parque Oriental que se preze.
Mas, ao longo destes anos, temo-nos habituado a ouvir declarações mais ou menos solenes que, depois, se ficam apenas por ...declarações.
Será que tem mesmo havido sérios esforços "com outros municípios, designadamente com Gondomar"? E se os tem havido, quais os resultados? Como tem reagido a Câmara de Gondomar?
E se "trabalhar o rio é o desafio dos próximos anos", quando é que começa a ser vencido esse desafio? E como? Com que projectos?
Que a consciência do problema existe, parece não haver dúvidas.
Que as declarações  de boas intenções se multiplicam, é um facto.
Mas o que continuamos a aguardar são, tão simplesmente, MEDIDAS CONCRETAS!

sábado, 5 de junho de 2010

Concentração- 4 de Junho


Conforme o previsto, realizou-se ontem, sexta-feira uma concentração promovida pelo Movimento em Defesa do Rio Tinto, junto ao Centro de Saúde.
Cerca de meia centena de pessoas deu voz à indignação crescente que resulta do facto de, passados mais de cinco meses sobre as cheias de finais de Dezembro, os consideráveis danos  então ocorridos, ainda não terem sido reparados.
Designadamente, a rotura de um emissário de esgotos junto à referida unidade, está a constituir um sério problema de saúde pública que irá ser agravado se não forem tomadas medidas imediatas.
Nesse sentido foi entregue pelos manifestantes no Centro de Saúde uma exposição sobre estes factos, esperando que dela seja dado conhecimento às entidades competentes. Salientamos ainda o facto, de antes desta concentração, ter sido apresentada uma participação sobre os mesmos factos ao SEPNA - Brigada Ambiental da GNR.
Curiosamente, no próprio dia em que se realizava esta concentração, saía uma noticia que dava conta da breve , ainda que provisória reparação do dito emisário. Registamos o facto. Embora já se tenha perdido muito tempo há agora a promessa de se começar a actuar.
Mas esta é, para já,apenas uma pequena gota de água. Não se percebe, ainda, o que se vai seguir. Ainda continua a indefinição sobre quem se irá reponsabilizar pelas obras e qual a sua amplitude. E os estudos que se anunciam onde estão?
Uma coisa no entanto é certa: O Movimento em Defesa do Rio Tinto, continuará atento e actuante. Exigindo, que das promessas se passe à acção. Que, dos paliativos se vá para medidas de fundo.
De facto já perdemos demasiado tempo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

6ª feira - 18 horas, Concentração em defesa do rio

O RIO NÃO É ESGOTO
É com enorme desagrado e profunda preocupação que o Movimento em Defesa do Rio Tinto vê as entidades competentes de costas voltadas para este valor patrimonial. A já grave situação do rio foi ampliada pelas “recentes” inundações – falamos das cheias de Dezembro de 2009.
Decorridos cinco meses sobre este incidente/acidente, que vemos?
O emissário das águas residuais de Rio Tinto continua partido junto ao Centro de Saúde e a lançar livremente os dejectos para o rio.
Que fazem as autoridades responsáveis pela nossa Saúde? Já tomaram alguma iniciativa concreta para obviar os previsíveis efeitos sobre a qualidade de vida, saúde e bem-estar de todos?
As margens e pontes que sofreram derrocada continuam a pôr em risco a segurança dos cidadãos.
O prometido estudo encomendado à Faculdade de Engenharia, para daí a…..dias, continua no segredo dos deuses – já foi concluído ou nem foi sequer encomendado?
A Administração da Região Hidrográfica do Norte parece divorciada dos problemas do rio, que é recurso hídrico. Se quem é responsável nada faz, a quem poderemos recorrer?
Os riotintenses querem melhor ambiente e melhor saúde.
Os riotintense precisam do rio.
Os riotintenses exigem que as autoridades olhem para/por ele.
O rio precisa de todos!