domingo, 12 de outubro de 2014

Percurso pela História do Rio Tinto

Conforme o anunciado, realizou-se hoje a ação Percurso Pela História do Rio Tinto, com a presença do historiador e arqueólogo Joel Cleto.
Estiveram presentes cerca de setenta pessoas que se concentraram junto da Casa da Juventude na Quinta das Freiras.
O nosso companheiro Carlos Duarte proferiu algumas palavras na abertura da iniciativa.
Depois. passou a palavra a Joel Cleto que começou por se referir a alguns aspetos históricos relacionados com Rio Tinto, designadamente com o Mosteiro da Ordem de São Bento ,que justifica a designação de Quinta das Freiras e onde terá falecido a Rainha Santa Mafalda durante uma passagem por esta terra, sendo mais  tarde sepultada em Arouca. De acordo com uma velha lenda, transportada no dorso de uma burra que a conduziu até essa localidade, onde a monja então tinha então a sua residência.
Dali seguimos até à estação ferroviária de Rio Tinto, parando junto aos belos azulejos que ali se encontram, com imagens também relacionadas com histórias e lendas desta nossa terra.
Aqui, o historiador falou sobre acontecimentos mais ou menos históricos, mais ou menos lendários, como a famosa batalha entre mouros e cristãos comandados respetivamente pelo Califa de Córdoba e por Dom Hermenegildo e que está ligada à toponímia destas zonas, desde logo Rio Tinto (cor das águas tingidas pelo sangue dos mortos), Contumil ("já conto mil" mortos...) ou mesmo Campanhã (por causa da Senhora da Campanha, imagem que teria sido encontrada entre os despojos da batalha).
Dali seguiu-se em direção ao rio Tinto com paragem na rua Quinta da Campainha onde Cleto se referiu à importância do rio na irrigação dos campos agrícolas. Ali, bem perto, a Quinta da Campainha, hoje já bastante amputada da sua dimensão antiga, recorda esses tempos em que as águas do curso de água que dá o nome à cidade eram fonte de vida e pólo aglutinador de atividades humanas.
Seguimos junto à linha do Metro, com breves paragens para apreciar as desnaturalizações que a construção desta importante via de comunicação trouxeram ao rio e suas margens.
Parámos por momentos na zona das Perlinhas, onde se pode observar o início do entubamento do rio, erro histórico que continua a doer a quantos amam a sua terra e o seu património natural.
A próxima paragem foi junto à Igreja de Rio Tinto, onde o historiador falou sobre mais alguns aspetos da história de Rio Tinto, dando relevo a São Cristóvão, patrono da cidade, homem iletrado mas fisicamente robusto, que transportava às costas pessoas mais débeis que, por si só, não conseguiam vencer as àguas do rio.
Tempo depois para a fotografia do grupo que participou em mais esta iniciativa do nosso Movimento. Para mais tarde recordar...

Prosseguindo a caminhada, fomos redescobrir as àguas do rio, à saído do malfadado entubamento.

E a jornada terminaria, mais adiante, junto da zona da Levada onde se vizualizaram restos dos moinhos que ali existiram.
Depois, mais algumas palavras de Carlos Duarte que agradeceu a presença de quantos nos acompanharam neste evento, em particular a Joel Cleto, que com a sua disponibilidade e os seus conhecimentos, abrilhantou esta incursão pela História de Rio Tinto.
O historiador, encerrou a ação, dizendo do seu prazer em ter estado connosco.
E foi assim na manhã de domingo.
Mas na próxima quarta-feira, há mais.
Não esqueça mais um debate sobre o Centro Cívico de Rio Tinto, a realizar no Salão da Junta de Freguesia, pelas 21h15 (ver post anterior neste blogue).

3 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns!

Anónimo disse...

Gostei muito. Moro em Matosinhos mas as minhas raízes vem de Rio Tinto
Parabéns e até à próxima.

Anónimo disse...

Parabens pela inicitiva!!!!!