A
convite do Bloco de Esquerda reunimos com dirigentes e autarcas de
Valongo e de Gondomar, a eurodeputada Alda Sousa e um representante
dos moradores da zona dos Montes da Costa, para se fazer o ponto de
situação quanto à anunciada permuta de terrenos aprovada no
anterior executivo municipal , entre a empresa Imosá (campo de
futebol do Ermesinde) e a CM Valongo através do equipamento verde
dos Montes da Costa, em Ermesinde, local onde se situa a nascente do
rio Tinto e para discutir a salvaguarda e valorização da nascente e
áreas circundantes.
Com
interesse conhecemos a resposta do Presidente da Câmara Municipal de
Valongo, transmitida por oficio de 6 de janeiro de 2014 às cerca de
oito centenas de moradores da zona dos Montes da Costa que se
insurgiram através de abaixo-assinado contra a permuta que não
chegou a ser firmado dentro do prazo “(…) a referida aprovação
da permuta de imóveis encontra-se caducada.” Consta ainda
dessa resposta que:
-
No PDM em vigor o local está classificado como Espaço de
Equipamentos, de interesse coletivo, de iniciativa pública ou
privada.
-
Na proposta de revisão em curso é mantida a classificação do
espaço e a salvaguarda do complexo Desportivo dos Montes da
Costa.
-
O município de Valongo tendo aderido ao projeto de “Monitorização
do rio Tinto” iniciativa da Lipor, tem em vista a salvaguarda e a
preservação da nascente do rio Tinto.
-
É intenção da CMV manter o lavadouro existente no local, “(…)
de forma a salvaguardar um espaço publico para usufruto das
populações e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida.”
Considerando
o teor da informação globalmente positivo ao apontar para a
manutenção da classificação do local como Espaço de Equipamentos
de interesse coletivo, apresentamos sugestões de melhoria:
–
Encaminhar a água da
nascente pelo seu curso natural em vez do total encaminhamento para o
tanque de lavagem. O rio contaria sempre com água da sua nascente
natural.
–
Atuar para eliminar a
carga orgânica e poluente das linhas de água afluentes ao rio Tinto
como é o caso da linha de água a juzante do moinho na zona da
Palmilheira/Lipor (após a portagem da A4 – plena via).
– A
encosta que desde sempre reteve as águas da chuva e sustentou a
nascente foi carregada em duas décadas de construção.
Esta impermeabilização dos solos impede a infiltração das
chuvas e faz com que as águas corram à superfície causando danos
evitáveis.
Desde a nascente até à foz, precisamos de planeamento e ordenamento que não altere as dinâmicas naturais e permita uma qualidade da água para valorizar a paisagem e o rio Tinto.
Desde a nascente até à foz, precisamos de planeamento e ordenamento que não altere as dinâmicas naturais e permita uma qualidade da água para valorizar a paisagem e o rio Tinto.
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