Vai realizar-se, no dia 19 de Abril, a Terceira Caminhada em Defesa do Rio Tinto.
Tenho ouvido muitas histórias dos mais experientes da vida: “Ainda me lembro, há mais de 40 anos, do rio Tinto com lampreias, de tomar banho no açude da levada... e hoje o que temos?”
Muitas conversas de café e à ombreira da porta de casa se tiveram sobre o tema e constata-se sempre o óbvio: “O rio Tinto está poluído, cheira mal, está cheio de lixo e este cenário não muda!” Esta é uma visão reducionista, pois muito se tem feito para que ocorram mudanças de atitudes, desde os políticos à população em geral
Três anos se passaram desde a palestra onde, após a apresentação dos dados de má qualidade da água do rio Tinto, surge o repto do Movimento em Defesa do Rio Tinto, para dar mais contributos em acções concretas para alterar este cenário.
Das actividades realizadas destaco:
· As reuniões com dirigentes políticos e decisores, para e iniciar o processo de inclusão do rio Tinto na estratégia de reabilitação de rios da Área Metropolitana do Porto;
· A adopção de 500 metros de rio pelos alunos das escolas de Rio Tinto nos últimos três anos – com saídas de campo para conhecer a fauna e flora, tradições e costumes relacionados com o espaço fluvial e com acções de melhoria, nomeadamente a realização de palestras, artes manuais, panfletos, desenhos, contos e peças de teatro;
Verifica-se um crescente número de pessoas que está mais consciente da presença do rio e da urgência de medidas de reabilitação onde seja incluído espaço para o rio, para as próprias pessoas e para o ecossistema natural.
Eu acredito e continuo a ver um rio que quer ficar com boa qualidade com:
· Casas ligadas ao saneamento básico;
· Saneamento correctamente tratado antes de lançado no rio Tinto;
· Margens sem resíduos domésticos;
· Habitantes mais responsáveis e que responsabilizam os autarcas;
· Decisores mais proactivos;
· Projectos concretos de acção no espaço e tempo;
· Locais onde o melro, a carriça e a galinha de água possam fazer o ninho;
· Borboletas que podem pousar no amieiro ou no salgueiro;
· Os mais velhos sentados à sombra de um amieiro a jogar às cartas e contar, com um sorriso malandro, as histórias deste rio;
· Libelinhas voando sobre um lírio-amarelo ou uma tabúa!
Cada um precisa de se mostrar, sair do anonimato e dar um passo participativo, defendendo os seus direitos e uma causa.
A população de Ermesinde, Rio Tinto, Gondomar e Porto merecem um rio Tinto onde a palavra sustentabilidade seja um agir local.
Com movimento pela sua saúde e pela saúde do rio Tinto, colabore!
Até breve,
Pedro Teiga
A propósito deste evento, temos recolhido alguns depoimentos e mensagens, de amigos do rio, que nos incentivam e nos apoiam.
Começamos, hoje, a publicação desses textos, na íntegra ou na forma de excertos ou destaques, sempre que a extensão dos mesmos tal implique.
Abrimos a série com as palavras do Engº Pedro Teiga, investigador da FEUP e Coordenador Nacional do Projecto Rios, nosso amigo da primeira hora, sempre presente nas nossas iniciativas, apoiando tecnicamente e, muito mais do que isso, dando o exemplo da actuação.
O rio Tinto está em movimento
Tenho ouvido muitas histórias dos mais experientes da vida: “Ainda me lembro, há mais de 40 anos, do rio Tinto com lampreias, de tomar banho no açude da levada... e hoje o que temos?”
Muitas conversas de café e à ombreira da porta de casa se tiveram sobre o tema e constata-se sempre o óbvio: “O rio Tinto está poluído, cheira mal, está cheio de lixo e este cenário não muda!” Esta é uma visão reducionista, pois muito se tem feito para que ocorram mudanças de atitudes, desde os políticos à população em geral
Três anos se passaram desde a palestra onde, após a apresentação dos dados de má qualidade da água do rio Tinto, surge o repto do Movimento em Defesa do Rio Tinto, para dar mais contributos em acções concretas para alterar este cenário.
Das actividades realizadas destaco:
· As reuniões com dirigentes políticos e decisores, para e iniciar o processo de inclusão do rio Tinto na estratégia de reabilitação de rios da Área Metropolitana do Porto;
· A adopção de 500 metros de rio pelos alunos das escolas de Rio Tinto nos últimos três anos – com saídas de campo para conhecer a fauna e flora, tradições e costumes relacionados com o espaço fluvial e com acções de melhoria, nomeadamente a realização de palestras, artes manuais, panfletos, desenhos, contos e peças de teatro;
Verifica-se um crescente número de pessoas que está mais consciente da presença do rio e da urgência de medidas de reabilitação onde seja incluído espaço para o rio, para as próprias pessoas e para o ecossistema natural.
Eu acredito e continuo a ver um rio que quer ficar com boa qualidade com:
· Casas ligadas ao saneamento básico;
· Saneamento correctamente tratado antes de lançado no rio Tinto;
· Margens sem resíduos domésticos;
· Habitantes mais responsáveis e que responsabilizam os autarcas;
· Decisores mais proactivos;
· Projectos concretos de acção no espaço e tempo;
· Locais onde o melro, a carriça e a galinha de água possam fazer o ninho;
· Borboletas que podem pousar no amieiro ou no salgueiro;
· Os mais velhos sentados à sombra de um amieiro a jogar às cartas e contar, com um sorriso malandro, as histórias deste rio;
· Libelinhas voando sobre um lírio-amarelo ou uma tabúa!
Cada um precisa de se mostrar, sair do anonimato e dar um passo participativo, defendendo os seus direitos e uma causa.
A população de Ermesinde, Rio Tinto, Gondomar e Porto merecem um rio Tinto onde a palavra sustentabilidade seja um agir local.
Com movimento pela sua saúde e pela saúde do rio Tinto, colabore!
Até breve,
Pedro Teiga
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