domingo, 17 de outubro de 2010

Mais uma ruptura de um emissário e mais poluição

Há muito vínhamos notando um aumento do caudal da ribeira da Castanheira e um acréscimo de níveis de poluição, que em diversos momentos superavam mesmo os do rio Tinto.
Após um alerta de uma moradora, elementos do Movimento foram metendo pés ao caminho e deram com o problema: o emissário que recolhe os esgotos da bacia da Castanheira, Rebordãos e parte da Triana está partido debaixo da passagem da linha de comboio (linha do Douro e Minho).A estrutura de cimento cedeu e, sensivelmente a meio do túnel, drena directamente para o rio.


Tudo isto por razões ainda não totalmente esclarecidas mas que terão muito a ver com a decisão desastrada de colocar um emissário de esgotos na área de influência de uma linha de água.
De qualquer modo,as intervenções de construção de uma estrada e diversas movimentações de terras, bem como a deposição de toneladas de entulho nas imediações (ou melhor em pleno dominio hidrico) a montante do túnel, não devem ter sido alheias a esta ruptura.
Resultado:  a montante do túnel, uma paisagem linda, estruturas únicas, um moinho em ruínas e águas claras,

a juzante um nojo,  um cheiro pestilento.
Sobre mais esta situação que põe em risco a saúde de bens naturais essenciais, o Movimento em Defesa do Rio Tinto, dirigiu ofícios à empresa Águas de Gondomar e ARH a reclamar intervenções urgentes nesta área e elaborou uma participação da ocorrência, ao SEPNA ( Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente ).
Esperamos rápidas respostas e acções concretas porque o problema, se não rapidamente resolvido, tenderá a agravar-se.

3 comentários:

Odele Souza disse...

Quanto lamento que em defesa do Rio Tinto, haja tanto trabalho e interesse por parte de alguns e descaso e desrespeito por parte de outros.

Um abraço.

Anónimo disse...

Um bom haja para os responsaveis Move Rio Tinto.
Neste País não existem responsáveis, não existe quem assuma mada do que acontece diáriamente. Apenas existem pessoas que querem receber bons salários, pelos cargos e tachos públicos!

Um abraço

Adelaide Vieira disse...

Ano após ano a situação de aperto e de agressão do rio agrava-se. Diz-e e lê-se as maiores barbaridades, como há dias se lia no JN pela letra de um ignorante que o Metro em Rio Tinto é um exemplo do respeito pela natureza. Pelo meio, a incompetência e a quadrilhice dos poderes a "tratar" do rio, com moções e tretas.
Vá lá, gás no negócio... pode ser que dê uma ajudinha à crise dos piranhas que o rio tem em excesso.