segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Defender a nascente do rio Tinto

A convite do Bloco de Esquerda reunimos com dirigentes e autarcas de Valongo e de Gondomar, a eurodeputada Alda Sousa e um representante dos moradores da zona dos Montes da Costa, para se fazer o ponto de situação quanto à anunciada permuta de terrenos aprovada no anterior executivo municipal , entre a empresa Imosá (campo de futebol do Ermesinde) e a CM Valongo através do equipamento verde dos Montes da Costa, em Ermesinde, local onde se situa a nascente do rio Tinto e para discutir a salvaguarda e valorização da nascente e áreas circundantes.
Com interesse conhecemos a resposta do Presidente da Câmara Municipal de Valongo, transmitida por oficio de 6 de janeiro de 2014 às cerca de oito centenas de moradores da zona dos Montes da Costa que se insurgiram através de abaixo-assinado contra a permuta que não chegou a ser firmado dentro do prazo “(…) a referida aprovação da permuta de imóveis encontra-se caducada.” Consta ainda dessa resposta que:
- No PDM em vigor o local está classificado como Espaço de Equipamentos, de interesse coletivo, de iniciativa pública ou privada.
- Na proposta de revisão em curso é mantida a classificação do espaço e a salvaguarda do complexo Desportivo dos Montes da Costa.
- O município de Valongo tendo aderido ao projeto de “Monitorização do rio Tinto” iniciativa da Lipor, tem em vista a salvaguarda e a preservação da nascente do rio Tinto.
- É intenção da CMV manter o lavadouro existente no local, “(…) de forma a salvaguardar um espaço publico para usufruto das populações e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida.”   
Considerando o teor da informação globalmente positivo ao apontar para a manutenção da classificação do local como Espaço de Equipamentos de interesse coletivo, apresentamos sugestões de melhoria:
Identificar a nascente do rio por placa informativa do seu percurso e distância até à foz.
Encaminhar a água da nascente pelo seu curso natural em vez do total encaminhamento para o tanque de lavagem. O rio contaria sempre com água da sua nascente natural.
Atuar para eliminar a carga orgânica e poluente das linhas de água afluentes ao rio Tinto como é o caso da linha de água a juzante do moinho na zona da Palmilheira/Lipor (após a portagem da A4 – plena via).
– A encosta que desde sempre reteve as águas da chuva e sustentou a nascente foi carregada em duas décadas de construção. Esta impermeabilização dos solos impede a infiltração das chuvas e faz com que as águas corram à superfície causando danos evitáveis.
Desde a nascente até à foz, precisamos de planeamento e ordenamento que não altere as
dinâmicas naturais e permita uma qualidade da água para valorizar a paisagem e o rio Tinto. 

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