domingo, 20 de janeiro de 2008

Metro em Rio Tinto: sim, mas...

O Movimento em Defesa do Rio Tinto, enviou, recentemente, um ofício à Junta de Freguesia , expressando preocupações a propósito da instalação de rede de Metro na cidade de Rio Tinto.
Com efeito,a implementação da rede do Metro é um projecto desejado por todos mas de tal forma estruturante para a cidade, que não pode condicionar irremediavelmente soluções futuras para a área de intervenção.
O muito e o nada que se conhece – difundido por curtos flashes informativos – não responde a muitas interrogações das pessoas e da comunidade em geral. Não responde a preocupações deste Movimento que tem defendido o rio Tinto, como um recurso e uma âncora fundamental na organização do território e a desejáveis implicações para a valorização da sua bacia, do meio natural e ambiental, recuperação de tradições culturais, patrimoniais e históricas que lhe estão associadas.
O envolvimento da comunidade de Rio Tinto na abordagem do que é proposto é legitimo e indispensável. A empresa Metro do Porto SA, deve, por isso, esclarecimentos à população, quanto ao traçado, quanto às vantagens e desvantagens, quanto às opções e às consequências e eventuais compensações.
Neste sentido, propomos que a Junta de Freguesia de Rio Tinto em colaboração com este Movimento e outras entidades, promova nas próximas semanas uma sessão que esclareça plena e adequadamente algumas dúvidas e reservas quanto à implementação do Metro em Rio Tinto, convidando outras entidades responsáveis, designadamente a Câmara Municipal de Gondomar, técnicos e organizações que contribuam para um melhor entendimento das opções a tomar.

1 comentário:

Carlos Duarte Magalhães disse...

Será que pegou de estaca a ideia, de que as pessoas são um problema e uma força negativa ou perigosa que deve ser evitada?

Negativo e perigoso é o exercício da política e do poder, fechados sobre si próprios refugiando-se nas organizações e tornando-as culpadas e incompreensíveis em face de muitas das suas decisões.

Sabe-se que enquanto estiverem sozinhas e sem grande informação, as pessoas não entenderão grande coisa.

Pois, entendendo alguma coisa, logo surgirão as dúvidas e as perguntas. E logo, a necessidade da troca de ideias. E ao trocá-las, surge a aprendizagem através das mesmas. E sabe-se lá, se induzem ao envolvimento, e se tornam um incómodo obrigando à modificação dos projectos já cozinhados e futuros já determinados.

É um raciocínio muito recorrente e demasiado infeliz. Esperemos pelo debate, clareza e transparência quanto à grande obra que tarda em chegar, respondendo a questões como:

Como se pára a destruição da freguesia de Rio Tinto às mãos de interesses poucos urbanísticos?
Qual o traçado de Metro que melhor serve a população de Rio Tinto?
Como tornar o rio Tinto despoluído e reconquistado em favor da população?