“ A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. [...] Os Estados devem facilitar e estimular a consciencialização e a participação pública, colocando a informação à disposição de todos”.
(Da Declaração do Rio, Princípio 10).
A cidadania será de novo activada através da Caminhada em Defesa do Rio Tinto tentando refrear a destruição de séculos de história e de recursos ambientais únicos. Acreditamos nos bons resultados desta acção e no dever de não desistir, apesar de um elevado nível de desconfiança que as (más) decisões continuam a gerar.
É certo que não teremos um rio despoluído e vivo enquanto não forem construídas as infra-estruturas de água e esgotos que garantam uma resposta e enquanto não houver um bom planeamento com o envolvimento e a participação das populações.
Esta conclusão é transversal a quase todas as opiniões recolhidas pelo Movimento e veiculadas no “blog”. Por várias formas, ficou cimentada a ideia de que a riqueza, a memória, a cultura e o potencial ambiental do vale do rio Tinto, só acontecerá, quando ocorrer acção concreta, para a despoluição e a classificação do mesmo como património natural e cultural.
Lamentamos muito, mas em vários níveis de decisão, não encontramos, a coerência e o consenso que estas opiniões transmitiram. Que se passa então?
De facto, fala-se de intenções e quase nada se tem conseguido. A pressão continua sobre o rio, prossegue um “ordenamento” de mau gosto e falta transparência a muitas resoluções. Infelizmente insiste-se, numa certa visão de “pilhagem” (espécie de direito instituído) e afectação de recursos com potencialidades ambientais e naturais, a uma certa “elite” económica e política. Elege-se a política do facto consumado e espera-se que o mesmo se imponha na realidade.
Para garantir a qualidade e o futuro ao rio e poder usufruir de todo o seu potencial natural, é necessária das autoridades, uma diferente gestão, melhores estratégias e determinação, captar os financiamentos e avançar no terreno. Não é admissível que as águas corram poluídas, não se consigam vencer os esgotos nefastos à vida e à utilização do rio Tinto e se continue a maltratar a paisagem.
Aos problemas responde-se com soluções.
No Domingo, através da nossa participação, do dever da defesa do ambiente e do direito ao nosso rio Tinto, vamos dar “um pequeno mas importante passo”. Quantos mais, formos mais força o rio terá!
O caminho é exigir de nós mesmos acções concretas, eventualmente mudando alguns hábitos. O caminho é exigir rigor e transparência a quem decide e que as escolhas e as prioridades sejam no interesse colectivo.
Gostaríamos muito de anunciar uma Caminhada para assinalar um rio despoluído, com margens cuidadas e naturalizadas. Gostaríamos de partilhar a real despoluição e reabilitação do rio, baseada em critérios de protecção e qualidade ambiental, em responsabilidade social e novas formas de decisão e envolvimento das pessoas. Gostaríamos de ver a aplicação dos simpáticos e belos planos encadernados e de estudos caríssimos, que não têm evitado o desordenamento e a perda de identidade do território.
Havemos de o conseguir, porque não vamos desistir de o conseguir.
A cidadania será de novo activada através da Caminhada em Defesa do Rio Tinto tentando refrear a destruição de séculos de história e de recursos ambientais únicos. Acreditamos nos bons resultados desta acção e no dever de não desistir, apesar de um elevado nível de desconfiança que as (más) decisões continuam a gerar.
É certo que não teremos um rio despoluído e vivo enquanto não forem construídas as infra-estruturas de água e esgotos que garantam uma resposta e enquanto não houver um bom planeamento com o envolvimento e a participação das populações.
Esta conclusão é transversal a quase todas as opiniões recolhidas pelo Movimento e veiculadas no “blog”. Por várias formas, ficou cimentada a ideia de que a riqueza, a memória, a cultura e o potencial ambiental do vale do rio Tinto, só acontecerá, quando ocorrer acção concreta, para a despoluição e a classificação do mesmo como património natural e cultural.
Lamentamos muito, mas em vários níveis de decisão, não encontramos, a coerência e o consenso que estas opiniões transmitiram. Que se passa então?
De facto, fala-se de intenções e quase nada se tem conseguido. A pressão continua sobre o rio, prossegue um “ordenamento” de mau gosto e falta transparência a muitas resoluções. Infelizmente insiste-se, numa certa visão de “pilhagem” (espécie de direito instituído) e afectação de recursos com potencialidades ambientais e naturais, a uma certa “elite” económica e política. Elege-se a política do facto consumado e espera-se que o mesmo se imponha na realidade.
Para garantir a qualidade e o futuro ao rio e poder usufruir de todo o seu potencial natural, é necessária das autoridades, uma diferente gestão, melhores estratégias e determinação, captar os financiamentos e avançar no terreno. Não é admissível que as águas corram poluídas, não se consigam vencer os esgotos nefastos à vida e à utilização do rio Tinto e se continue a maltratar a paisagem.
Aos problemas responde-se com soluções.
No Domingo, através da nossa participação, do dever da defesa do ambiente e do direito ao nosso rio Tinto, vamos dar “um pequeno mas importante passo”. Quantos mais, formos mais força o rio terá!
O caminho é exigir de nós mesmos acções concretas, eventualmente mudando alguns hábitos. O caminho é exigir rigor e transparência a quem decide e que as escolhas e as prioridades sejam no interesse colectivo.
Gostaríamos muito de anunciar uma Caminhada para assinalar um rio despoluído, com margens cuidadas e naturalizadas. Gostaríamos de partilhar a real despoluição e reabilitação do rio, baseada em critérios de protecção e qualidade ambiental, em responsabilidade social e novas formas de decisão e envolvimento das pessoas. Gostaríamos de ver a aplicação dos simpáticos e belos planos encadernados e de estudos caríssimos, que não têm evitado o desordenamento e a perda de identidade do território.
Havemos de o conseguir, porque não vamos desistir de o conseguir.
Além do contacto com belos espaços naturalizados e desconhecidos da imensa maioria, que urge classificar como de interesse ambiental, a 3ª Caminhada servirá para reclamar medidas concretas, que:
- concluam a rede de esgotos, torne eficazes os sistemas de tratamento e garantam a reabilitação do rio, valorizem a memória, o património e a sua história;
- reconheçam aos cidadãos, (que não são um obstáculo) o direito fundamental de se pronunciarem em qualquer altura sobre os processos, cujas decisões, devem assentar em trabalho técnico sério e indiscutivelmente reconhecido;
- confiram um uso racional do território, para que seja plena e livremente adoptado pelos cidadãos como um bem público, cujos custos, ao serem suportados por todos,
a todos tragam benefícios.
Todos à
3.ª Caminhada em Defesa do Rio Tinto
Então, até Domingo!
Carlos Duarte - Coordenador do MoveRiotTinto
4 comentários:
Ninguém mete uma cunha a um santo qualquer?
Moro longe, mas se pudesse bem que vos acompanhava nesta iniciativa em prol de uma causa que deveria SER DE TODOS NÓS.
Força e estarei presente em pensamento!
Desejo que a caminhada do Domingo transcorra da melhor forma possível e que muitas pessoas estejam presentes a esse bonito gesto em defesa do Rio Tinto, pois é um movimento da maior importância.
No passado dia 14 de Abril, li no JN que "por iniciativa de Valongo, quatro concelhos vão juntar-se para assinar um protocolo de limpeza do rio Ferreira", que também passa por Gondomar. Soube ontem que está marcada para o próximo dia 22 de Abril, em Paços de Ferreira, a assinatura desse protocolo.
Porque é que a Câmara de Gondomar não toma a iniciativa de fazer o mesmo para o rio Tinto? Que andará a fazer o vereador Castro Neves? Será que os gondomarenses lhe pagam o salário apenas para ser o "chega-rachas" do VL? É que sempre que lhe ponho a vista, cá de cima, lá está ele atrás do "patrão"! Chega! É tempo deste "melro" fazer algo que se veja...!
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