O debate

Conforme o previsto, realizou.se, ontem, nas instalações do Centro Social de Soutelo, o debate com as candidaturas às eleições para a Câmara Municipal de Gondomar.

Estiverem presentes, Cristina Nogueira, primeira candidata da lista da CDU, Paula Canotilho, também primeira candidata, pelo BE, Cláudia Nogueira, em representação da candidatura do PS e Alfredo Correia, em representação da coligação PSD/CDS-PP.

A candidatura independente "Gondomar no Coração", não se fez representar, imvocando a circunstância de ainda se encontrar em fase de recolha de assinaturas com vista à respectiva formalização.

O debate foi organizado em colaboração com o jornal "O Primeiro de Janeiro" e foi moderado pelo biólogo Joaquim Jorge.

Em próximas oportunidades, contamos dar aqui conta mais detalhada sobre o que se passou durante as cercas de duas horas que a acção ocupou.

Em síntese, foi possível verificar o consenso (aliás previsível) sobre a necessidade de inverter a situação lamentável em que o rio Tinto se encontra.

Pelos diversos participantes, foi referida a necessidade em agir sobre aspectos fundamentais:

-a regularização da rede de saneamento básico, eliminando as ainda numerosas descargas directas para o rio;

- resolução do problema da ETAR de Rio Tinto, que, ao invés de estar a contribuir para a despoluição, está a agravá-la;

- criação de sinergias inter-municipais, designadamente com o Porto, interligando-se a problemática do rio, ao futuro Parque Oriental da cidade;

-avanço de candidaturas a financiamentos nacionais e europeus, que garantam a prossecução de planos de actuação.

Foi também possível constatar que algumas das forças políticas presentes, de modo implícito ou explícito, assumem alguma responsabilidade pelos erros de percurso que, no passado foram cometidos.
Para algumas dessas forças, esta acção promovida pelo Movimento, terá sido útil, no sentido que as motivará a aprofundarem o conhecimento sobre os problemas do rio, designadamente na vertente técnica, com vista à assumpção, em termos de programas de candidatura, de compromissos mais concretos.

Esperamos, pois, vivamente, que este debate possa ter sido proveitoso e que, durante a próxima campanha eleitoral, as diversas forças possam ter sempre presente a problemática do rio, em termos que ultrapassem a simples retórica inconsequente para se tornarem verdadeiros planos de acção.