quinta-feira, 1 de julho de 2010

Assembleia Municipal

No passado dia 30 de Junho, realizou-se uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Gondomar com um ponto único na ordem de trabalhos: "Metro ligeiro no Concelho de Gondomar. Análise da situação".
Estivemos lá e ouvimos elementos responsáveis da Metro do Porto, falar sobre os projectos em execução ou previstos para Gondomar.
Alguns deputados e presidentes de juntas de freguesia apresentaram dúvidas, preocupações, críticas, interrogações.
A todas essas questões os elementos da Metro respondiam impavidamente, com argumentos que, em alguns casos, teremos de considerar, no mínimo, como intrigantes.
No que nos diz respeito, ou seja, no que toca ao rio Tinto, soubemos que a possibilidade de se aproveitar a obra para devolver à liberdade algumas dezenas de metros do rio, não se fez, porque "o projecto era o que era e não havia volta a dar". E quanto ao novo entubamento na zona das Perlinhas e ao re-entubamente da parte final da Ribeira da Castanheira? Nada... Passou-se á frente...Nem uma palavra, nem uma justificação. E quanto ao moinho centenário que existia perto da Escola E.B. 2.3 nº 2 e que desapareceu do local? O responsável da Metro quis tranquilizar: "as pedras foram todas numeradas e estão guardadas". Não disse em que arquivo. Será num arquivo morto? E que se irá fazer com as pedras? Remontar o moinho (já agora recuperado?...) ?. E se assim for, onde? Em cima dos gabiões que foram colocados no sítio onde estava o moinho? Ninguém explicou...
E ficámos a pensar que há quem encare o património histórico como peças "lego" que se arrumam numa qualquer caixa de brinquedos num qualquer sótão onde se amontoam "inutilidades".
A Metro do Porto, poderá ter saído desta reunião com a convicção de que realizou uma excelente acção de marketing.
Mas nós, que temos memória e teimamos em querer pensar pela nossa cabeça, não saímos de lá nada convencidos.
Até porque, desde o início da obra, tentando funcionar como interlocutores, fomos sempre ignorados. Ao contrário do que afirmou,na Assembleia, o chefe da equipa da Metro presente, que quis fazer crer que era política daquela casa acolher todas as sugestões e críticas que lhe chegassem. Connosco, pelo menos, não foi assim.

2 comentários:

AL disse...

Estive lá como participante e confesso que saí completamente frustrado. Respostas às questões e eu e outros eleitos colocaram: selectivas, generalistas, evasivas, nada convincentes!
Muita reverência, muitos salamaleques e pouca substância ... Como se costuma dizer: muita parra e pouca uva!
Mas o que podemos esperar quando o presidente da Câmara, conformista, se limita a dizer que "o que está feito, está feito!?
Não fiquei surpreendido. Os responsáveis da Metro do Porto saíram desta reunião cientes de que podem continuar a maltratar Gondomar, pois terão sempre, em qualquer circunstância, a compreensão de Valentim Loureiro e dos seus "muchachos"!

João Guedes disse...

Mas o que "está feito..." é surpresa para o presidente?
Então os vereadores das "obras", do ambiente e da cultura não discutiram o licenciamento desta obra? Não leram o RECAP? Não tinham conhecimento do projecto?
Brincamos não?