Recordando as questões.
1 -Solução para os emissários dos esgotos no leito do rio, sim ou não?
2 -Fiscalização das ligações de esgotos ao rio, sim ou não?
3 -Impedir o lançamento do efluentes da ETAR no rio Tinto, sim ou não?
4 -Parque da Levada, sim ou não?
5 -Recuperação dos edifícios ligados à história do rio Tinto, sim ou não?
Divulgamos hoje a resposta recebida da candidata do BE Ana Paula Canotilho.
Envio as respostas às questões propostas pelo Movimento em
Defesa do Rio Tinto, considerando as questões pertinentes. Como cidadã e
candidata à Câmara de Gondomar, pelo BE, desde sempre me preocuparam as
questões ambientais, não só do Rio Tinto, como do rio Sousa e Douro, que se
encontram poluídos.
1-Neste caso penso que se deveria desviar os emissários das
zonas de leito de cheias sendo por sua vez, necessário a manutenção e
verificação periódicas dos mesmos. Relativamente
aos investimentos seria necessário contratar uma empresa especializada e pedir
um orçamento para se conhecer os montantes envolvidos
2-É evidente que é necessário uma fiscalização contínua às
ligações de esgotos até mesmo para evitar e identifica ligações clandestinas de
maneira a corrigi-las. Uma das medidas a tomar seria a existência de um plano
de monitorização e verificação anual. Outra seria sem dúvida, o contato direto
com as populações de modo a ouvi-las e conhecer as suas sugestões afinal
ninguém conhece melhor o rio e os seus meandros do que elas. Em relação às
populações carenciadas proponho um fundo de apoio para construir e melhorar as
ligações aos coletores, pois, é obrigação da Câmara financiar na totalidade
essas pessoas (foi um compromisso nas
ultimas eleições autárquicas por parte do BE), continua a ser nestas
eleições. E garantir o cumprimento das
regras de higiene, segurança e ambiente dentro da sua área de jurisdição. Por
outro lado pensamos que a prevenção neste setor é fundamental, mas também a
educação ambiental que não deve ser só feita nas escolas mas também com as
populações.
3- Uma vez que, a
ETAR do Freixo em alturas de maior pluviosidade poderá não ter a capacidade de
receber os efluentes de Rio Tinto, uma alternativa seria a reconstrução da ETAR
de Rio Tinto com tecnologias mais adequadas de modo a responder a esta
problemática.
Proponho a seguinte alternativa descrevendo o seu processo:
Primeiramente, o afluente entra na estação de tratamento e
sofre um processo preliminar físico de modo a remover sólidos de grandes
dimensões.
Posteriormente o efluente segue para um tanque (tratamento
primário), no qual é adicionado um coagulante (exemplos: sais de alumínio ou de
ferro III) de maneira a provocar a sedimentação dos sólidos suspensos. A mistura
é realizada num tanque de agitação rápida, passando de seguida para outro sem
agitação, de modo a depositar as partículas por gravidade (decantação).
A eficiência da coagulação está dependente da quantidade de
composto adicionado, do tempo de mistura e do processo de controlo. Os valores
de remoção encontram-se entre 80 a 90% para SST (sólidos suspensos totais),
incluindo partículas coloidais, entre 50 a 80% para o CBO e 80 a 90% para as
bactérias (Metacalf & Eddy).
No tratamento secundário de modo a diminuir a concentração
de nitratos pode recorrer-se a uma desnitrificação através da utilização de um
tanque anóxico (oxigénio combinado) (Metcalf & Eddy). Posteriormente
realiza-se um tratamento por lamas ativadas de modo a reduzir os valores da matéria
orgânica. As lamas sólidas resultantes são retiradas para tratamento ou
confinamento em aterro embora, uma pequena parte seja re circulada para
aumentar a eficiência do processo.
As lamas ativadas consistem num processo com biomassa
suspensa, cujo tempo de retenção é curto. Como o tratamento é feito num reator
biológico e num decantador secundário, consegue-se controlar melhor a população
bacteriana. A eficiência de remoção de CBO5 e CQO é da ordem dos 90 a 99%.
4-Claramente sim! Rio Tinto e todo o Concelho só teriam a
ganhar com isso, desde a criação de uma zona que iria trazer e juntar as
populações à beira rio bem como um melhor enquadramento paisagístico numa
localidade fortemente demarcada pelo “ferro e o betão”. A ligação do corredor
verde até ao Parque Oriental constitui uma boa ideia, uma vez que, proporciona
um aumento da qualidade de vida e do “pulmão verde” do concelho. Em relação às
verbas e à calendarização seria necessário a realização de um estudo prévio
para se definir montantes, metas e objetivos
5-A história de Rio Tinto está intimamente ligada ao seu
rio. Nesta vertente os moinhos revestem-se de importância fundamental. Que
projetos aponta no campo da recuperação deste património histórico e que verbas
pensa disponibilizar para esse efeito?A recuperação do património edificado,
bens que devem estar à disposição das populações não só com o objetivo de
reforçar as identidades locais por meio da valorização de seus aspetos
particulares, se jam estes em relação ao ambiente natural, à cultura ou aos
seus aspetos histórico artísticos, passam a ser fundamentais para o
desenvolvimento local aliar o desenvolvimento à preservação da história e
cultura com a finalidade de se preservar o passado. Mas também a cuidadosa
conservação de seus valores identitários. no desenvolvimento do turismo.