sábado, 20 de maio de 2017

Uma primeira pedra importante para o rio

Ontem, ao fim da tarde, decorreu a cerimónia de lançamento da "primeira pedra" da construção do intersetor no rio Tinto, de que aqui temos falado por diversas vezes.
Estiveram presentes, entre outras individualidades, o Primeiro-Ministro, o Ministro do Ambiente e os Presidentes das Câmaras Municipais de Gondomar e do Porto.
O Movimento em Defesa do Rio Tinto, recebeu convite do Presidente da Câmara de Gondomar e fez-se representar por um pequeno grupo de elementos.
Registaram-se intervenções das personalidades atrás referidas, que, entre outros temas, abordaram a importância da obra agora simbolicamente lançada.

O Movimento, como já afirmou, congratula-se com o início desta obra que será um passo importante face à desejada despoluição do rio. E saúda também o facto de ter sido possível a conjugação de vontades, designadamente das Câmaras de Gondomar e do Porto, que permitiu chegar a este melhoramento.
Como já dissemos, esta foi uma solução que fomos defendendo ao longo de anos, mesmo quando caminhámos praticamente sozinhos, lutando contra incompreensões e até ironias que menorizavam os nossos argumentos técnicos.
Realçando uma rápida referência ao nosso Movimento, que o Presidente Marco Martins fez no início do seu discurso. queremos aqui dizer que não estamos à procura de quaisquer louros ou louvores pela acção perseverante que desenvolvemos até se chegar a este dia importante. O que releva de verdadeiramente fundamental é que começamos a ver acções concretas com vista à melhoria do rio e suas margens. Mais do que palavras de circunstância o que nos move é a "felicidade" do rio que defendemos.
Mas este equipamento, sendo importante, não vai, como já dissemos, resolver todos os problemas do rio. Muito mais há ainda a fazer. Um exemplo:a ribeira da Castanheira, afluente do rio Tinto, segundo dados analíticos recentes, apresenta elevados níveis de poluição. Assim, enquanto persistirem problemas de contaminação das águas que têm de ser detectados e combatidos e que podem ocorrer a montante do início do intersetor, não se poderá ter um rio inteiramente saudável e feliz.
Nota - no JN de hoje, dava-se conta, em diversas páginas, da presença do Primeiro-Ministro em vários actos na zona do chamado Grande Porto. Sobre este evento, nem uma palavra. Será que a defesa de um pequeno rio não tem a relevância suficiente? Talvez amanhã...

2 comentários:

Anónimo disse...

Talvez amanhã...

...é preciso render o peixe

Anónimo disse...

Valeu a pena. Deve-se ao Movimento e a umas dezenas de pessoas sempre presentes nas suas ações. Lembro o todo poderoso José Luís Oliveira a dizer que era uma "solução inexequível". O Marco Martins, ainda presidente de junta, sem conhecimentos mas com vocação de opinar sobre tudo falar de "demagogia" quando o Move falou dessa solução. Lembro-me também do queixo caído da comitiva do Marco-PS no verão antes das eleições de 2013, ao deparar-se com esgoto sem tratamento a cair da ETAR para o rio.
Interessa que se resolva a despoluição do rio. Perdeu-se muito tempo por falta de sensibilidade e interesse. Gente com outras prioridades e verticalidade resultava em ganhos maiores para o rio e ambiente. Neste, como em muitos outros temas, não é o que se quer, é o que se merece...
Parabéns ao Movimento.