sábado, 29 de dezembro de 2007

Novo ano

Estamos na época sempre simbólica de mudança de folha no calendário.
Por isso, no momento em que 2007 está a terminar, mais do que fazer o balanço do caminho andado, interessa perspectivar o futuro.
De qualquer modo, se pensarmos naquilo que foi o trajecto do Movimento em Defesa do Rio Tinto neste ano que agora termina, teremos de concluir que demos passos importantes. Para além de uma constante atenção ao que vai acontecendo em torno deste bem natural cuja preservação e requalificação nos motiva, poderemos destacar, de modo particular algumas das acções que levámos a cabo:
-Duas visitas a troços diferenciados do rio.
-Acção de limpeza na zona do Moinho da Vitória, ocorrida a 10 de Março.
-Caminhada pelo Rio Tinto, realizada em 25 de Março, reunindo várias centenas de pessoas.
-Jornadas do Rio, a 2 de Junho, com a participação de diversas escolas da cidade.
Mas, como dissemos, mais do que olhar para o passado, há que procurar dar novos passos, nesta rota que prosseguimos.
Assim, conforme já referimos em texto anterior, estão ja programadas algumas iniciativas, que, a seu tempo, aqui serão divulgadas.
De qualquer modo, podemos, desde já, adiantar as seguintes:
- Peddy-paper inter-escolas, em princípio a decorrer a 8 de Março.
- Dia do Rio, previsto para 29 de Março.
Esperamos, então, que, em termos do Movimento em Defesa do Rio Tinto, 2008 seja bem preenchido e reuna em seu torno novas adesões e a conjugação de redobrados esforços.
Fazemos, também, votos, para que as entidades competentes, acordem, com maior determinação, para a adopção das medidas necessárias e urgentes para que a despoluição e a requalificação do nosso rio e das suas margens, possa ganhar, neste ano que agora entra, uma dimensão irreversível.
Para todos os que vão passando por este espaço virtual (que, também no ano que passou, contou com um acréscimo significativo de visitantes) ,que nos têm apoiado e que nos têm honrado com a sua amizade, desejamos que
2008 traga tudo o que de melhor cada um ambicionar
E que o mundo acorde, para as inadiáveis tarefas que terão de ser desenvolvidas, para inverter, decisivamente, o rumo de degradação ambiental a que estamos a assistir

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Um exemplo

Toneladas de lixo no Leça

Num troço do rio Leça com apenas um quilómetro, entre a ponte da Travagem e o limite do concelho de Valongo, em Ermesinde, as equipas de limpeza recolheram 300 quilos de sucata, cinco toneladas de resíduos indiferenciados, 20 pneus e 190 toneladas de terra e vegetação. Foram detectadas, ainda, 14 descargas ilegais para as águas, sendo que pelo menos seis são poluentes "de certeza", afirmou o vereador do Ambiente da Câmara de Valongo, José Luís Pinto. O projecto Corrente Rio Leça começa a a ter resultados visíveis. E ainda falta limpar mais sete quilómetros de rio. A intervenção na freguesia de Alfena começa às oito horas de amanhã.

Desde 28 de Abril que o projecto avança no terreno. Ontem, em conferência de Imprensa, José Luís Pinto apresentou o que já foi feito e perspectivou o futuro o objectivo é limpar, no prazo de dois anos e meio, toda a extensão do rio Leça no concelho.

"A limpeza do rio é simples. O maior problema é acabar com os focos poluidores. Nós vêmo-los, mas é muito difícil saber quem polui", referiu o vereador, explicando que, mesmo inadvertidamente, muitos dos moradores da bacia do Leça (e, no total, são mais de 50 mil) podem estar a contribuir para a degradação do rio. Basta ter as máquinas de lavar ou as sanitas ligadas à rede de águas pluviais, que, assim, despejam resíduos no curso de água.

Infractores desculpados

Nesse sentido, o projecto Corrente Rio Leça aposta forte na sensibilização das populações. Os moradores receberão um folheto em que se mostra como podem verificar se as respectivas habitações estão devidamente ligadas à rede de saneamento. Quem se aperceber de anomalias pode contactar a Autarquia, sem temer sanções.

José Luís Pinto assegurou que os eventuais infractores não serão multados, que poderão ter descontos para proceder à ligação correcta e que , com isso, até se habilitarão a ganhar prémios. "Se a sensibilização não resultar, passaremos à fase da obrigação", alertou, porém, o autarca.

"O rio, quando chega a Valongo, já vem poluído. Mas nós também contribuímos com mais poluição. Queremos que a água saia de Valongo com a mesma qualidade com que entra no concelho", observou o vereador.

O projecto - que une a Câmara, as juntas de Ermesinde e de Alfena, a Universidade do Porto, a DECO, a Quercus, a Lipor e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional, a Associação Amigos do Leça e a Águas de Valongo - passa pela limpeza dos oito quilómetros de rio em nove troços. Só no primeiro quilómetro de rio, em Ermesinde, trabalharam 276 pessoas, 100 das quais voluntárias.

in Jornal de Notícias