segunda-feira, 6 de julho de 2009

Para registar

A propósito da construção do Parque Oriental da Cidade do Porto, de que já temos aqui falado e cuja primeira fase deverá estar pronta em Setembro, transcrevemos uma caixa que o JN insere na reportagem que elaborou a propósito desta importante obra:

Despoluir o rio é o mais crítico

"A descontaminação da bacia do Rio Tinto á "a operação mais crítica"da construção do Parque Oriental. Quem o diz é Sidónio Pardal, autor do projecto. A despoluição do rio e o arranjo das margens ficará para uma fase posterior. A linha de água tem cerca de sete quilómetros e atravessa três concelhos (nasce em Valongo, atravessa Baguim do Monte e Rio Tinto, em Gondomar, antes de desaguar, junto à Marina do Freixo, no Porto). No percurso é alvo de descargas ilegais e da falta de saneamento. Rui Rio afirmou que a Câmara está a sensibilizar Gondomar para a despoluição do Rio Tinto."

Aqui fica, para memória futura, este registo.

2 comentários:

Adelaide Vieira disse...

Rui Rio não precisa de sensibilizar Gondomar, antes os seus amigos, Valentim e Cª que de durante mais de 16 anos só fizeram asneira.
Em vez de sensibilizar, que resolva os atentados que o seu municipio causa ao rio, como bem mostra o video do movimento na visita à foz.
Propaganda e "banha da cobra" nada adianta, nem torna atractivo um parque com um rio transformado em esgoto.

saidpla disse...

Assumo que sou leigo em matéria de planeamento do território, mas será que o MDRT pode fazer chegar ao Sr. Sidónio Pardal as seguintes perguntas:
1º) O parque de lazer, concerteza, mas também com uma forte componente ambiental, deve ser confinado a uma língua de terra de ambos os lados do rio Tinto, rodeada de betão armado, num troço relativamente curto, ou deve ser pensado numa lógica de defesa de valores patrimoniais, culturais, naturais e ambientais pré-existentes que extravasam o concelho do Porto?
2º) A criação do parque tem necessáriamente que contribuir para a destruição do coberto vegetal com os prejuizos daí decorrentes para a biodiversidade?
3º) Faz ou não sentido pensar o parque numa lógica de aproveitamento do vale do rio Tinto e como elemento integrador de um território de fronteira que continua a ser "terra de ninguém"?
4º) O projectista deve ou não "tomar partido" pelo espaço que está a "trabalhar" e pressionar os poderes políticos para uma solução tecnicamente correcta de planeamento urbanístico?
5º) Sendo o rio Tinto um elemento de união entre o Porto e Gondomar, a estratégia correcta é pressionar os poderes políticos de Gondomar (cujo autismo é sobejamente conhecido)ou pressionar o diálogo entre os dois municípios para que o seu espaço de fronteira seja um elemento de ligação harmoniosa entre as duas cidades?