quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Reunião com a ARH

“Os rios são para usufruir, não para serem entubados e têm o nosso apoio. Tudo o que pudermos desentubar, vamos desentubar”. (afirmação do presidente Prof. António Guerreiro de Brito)
Um rio limpo e renaturalizado no centro da cidade foi um dos temas em análise na reunião pedida pelo Movimento à Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH N), no passado dia 1 de Fevereiro.
Apresentámos ao seu presidente (Prof. António Guerreiro de Brito) e a um responsável técnico (Engº Pimenta Machado) o alargado leque de problemas associados à recuperação deste recurso hídrico e à requalificação ecológica de todo o sistema fluvial: a falta de saneamento e as ligações ilegais, a ETAR de Rio Tinto, os licenciamentos em leito de cheia e a protecção dos espaços ribeirinhos, a requalificação e valorização das margens, a renaturalização e conservação dos ecossistemas.
Depois da devastação provocada pelas últimas cheias serão necessárias intervenções urgentes. Para além de outras acções pontuais, neste âmbito merece-nos especial destaque a recuperação do emissário de águas residuais que se encontra destruído em pleno leito do rio Tinto. A ARH N mostrou ter um conhecimento efectivo destes problemas estando a trabalhar para contribuir para a sua resolução.
Foram também abordadas as formas de financiamento e apoios para a concretização de projectos de recuperação do rio.
Ainda que algumas das questões colocadas, não dependam directa ou exclusivamente da ARH N, os seus responsáveis mostraram interesse e disponibilidade para promover, com o envolvimento dos municípios o tão falado, mas nunca concretizado, projecto de reabilitação do rio Tinto.
O presidente da ARH N elogiou quer os objectivos (que seriam subscritos pela ARH N) quer a participação e a cidadania incentivada pelo Movimento, fazendo votos para que o trabalho de esclarecimento e exigência de um rio limpo prossiga.
À ARH N cabe a competência plena sobre a gestão dos rios e a qualidade da água, para além do papel essencial no planeamento e valorização dos recursos hídricos. As limitações em recursos humanos e financeiros não podem impedir que os desafios colocados ao rio Tinto sejam vencidos por todos nós (ARH N, autarquias e comunidade).
Continuaremos empenhados em participar em todo o processo de requalificação, atentos quanto ao envolvimento e papel dos interessados e receptivos a um novo encontro daqui a seis meses para fazer o ponto da situação.

2 comentários:

Anónimo disse...

E afinal, sempre entraram as candidaturas da Câmara ou não??? No site da Câmara o Vereador diz, em comunicado, que sim! E até junta cópia dos documentos!
http://www.cm-gondomar.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=30596&eventoId=35230

Isso foi abordado nesta famosa reunião? Ou só foram contar umas anedotas e nem se preocuparam com isso??? Ou não vos convém divulgar que a Câmara tem razão?

Anónimo disse...

Meu caro anónimo, de facto, coloca boas questões.
Os responsáveis da CMG julgam ter-lhes saido a sorte grande. O Marco Martins penicou o engodo e afirma que "é um começo e uma mudança de comportamento positiva". Eu digo, quem dera que me engane, a ARH não vai escolher uma candidatura medíocre e mal elaborada.
Depois os da CMG vão culpar a ARH por não a elegerem e a junta acusando as dores do governo, acusa a CMG de ter entregue tarde a candidatura e que afinal, naquele jeitinho tão característico: o começo... não começou.
Tudo visto caro anónimo, o embuste, o desplante e a incompetência continuam de mãos dadas. A CMG e a JFRT vêm perdendo irresponsavelmente oportunidades de financiamento.
Desta vez, só a CMG entregou duas candidaturas que deviam envergonhar os seus autores. Se o rio perder mais este financiamento, que diga-se, na melhor das hipóteses pode chegar aos eur. 115.000,00, devia ser obrigatória a retenção de uma parte das suas remunerações como "autarcas" a titulo de indemnização, para melhorar o rio Tinto que nada lhes diz.
Pelo meio, gostava de ler o que tem a dizer o Movimento e se foi achado nas tais candidaturas?
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