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sábado, 14 de janeiro de 2012

Estudo da ARH do Norte “premeia” rio Tinto com o título de pior massa de água de toda a Região Hidrográfica do Douro

Os recentes estudos elaborados pela Administração da Região Hidrográfica do Norte I.P (ARH do Norte), no âmbito do Plano de Gestão da Região Hidrográfica do Douro (PGRH do Douro), "premeiam" o rio Tinto como o afluente do Douro com piores níveis de contaminação (biológica, físico-químico, químico e hidromorfológica). O rio Tinto chega mesmo a ser referido como a única massa de água de toda a região classificada com o estado final de “Mau”.No relatório do PGRH do Douro é ainda possível “descobrir” que além de um estado ecológico “Mau”, resultado de incumprimento dos níveis de elementos como o oxigénio dissolvido, o azoto e o fósforo, o rio Tinto apresenta um estado químico “Insuficiente” por incumprimento dos níveis de Níquel.
Mas será isto realmente uma surpresa?
Não! Infelizmente, tal como o Movimento em Defesa do rio Tinto (MOVE Rio Tinto) tem alertado, o que a ARH do Norte agora tornou público há muito que é comprovado por quem conhece o rio Tinto.
Os níveis de poluição deste rio são elevados e para isso muito contribui o ineficaz tratamento do saneamento doméstico, realizado numa ETAR obsoleta e incapaz de dar resposta à densidade populacional da freguesia, e o quase nulo tratamento de efluentes agrícolas e industriais.
Mas o PGRH do Douro não denuncia só os problemas: o seu objectivo é também apontar caminhos de futuro e priorizar investimentos de forma a que em 2015, tal como preconizado pela Directiva Quadro da Água, se atinja o bom estado ecológico e químico de todas as massas de água da região hidrográfica.
Que medidas estão pensadas para o rio Tinto para em 2015 termos um rio que não seja o pior de toda a Região Hidrográfica do Douro?
Para começar, e para espanto do MOVE Rio Tinto, 2015 ainda não será o ano do ressurgimento do rio Tinto: segundo o PGRH do Douro, este rio só em 2027 terá uma classificação de “Bom” ao nível biológico e químico.
Mas ainda mais curioso é o caminho apresentado para essa reabilitação que, para a ARH do Norte, à semelhança de outras entidades com responsabilidades ao nível da gestão dos recursos hídricos e do saneamento da freguesia, como é o caso da Câmara Municipal de Gondomar e da empresa Águas de Gondomar, SA., passa pela reabilitação da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Rio Tinto.
Há muito que o MOVE Rio Tinto se tem insurgido contra esta solução, considerando que não alterará o problema de fundo de uma ETAR que entrou em funcionamento em 1997 e que, oito anos depois da conclusão da sua construção, estava subdimensionada sendo a sua tecnologia considerada já obsoleta.
A Câmara Municipal de Gondomar, a Águas de Gondomar, SA e agora a própria ARH do Norte teimam em afirmar que a recuperação da referida ETAR é a solução para o rio Tinto. Um investimento superior a 4 milhões de Euros está previsto para “remendar” algo que é considerado obsoleto há mais de dez anos!
E para maior espanto de todos, pela informação a que o MOVE Rio Tinto teve acesso a obra prevista, e já em processo de concurso público, não vai trazer nenhuma alteração radical na instalação. Teremos assim a continuação de uma ETAR de tratamento secundário, que emitirá um efluente que impedirá que a água do rio Tinto seja sequer utilizada como água de rega.
O MOVE Rio Tinto considera que o rio Tinto merece mais do que uns meros remendos na ETAR actual!
Estamos perante um problema ambiental de dimensão inconcebível, face ao conjunto de conhecimentos científicos e técnicos conhecidos.
Estamos perante mais um bom exemplo da tremenda incapacidade que os responsáveis políticos e técnicos têm para enfrentar problemas deste tipo.
O PGRH do Douro é uma nova oportunidade de mudança da triste realidade que tem sido a gestão da bacia hidrográfica do rio Tinto. Mas, para isso, exigem-se mais do que mudanças cosméticas para apaziguar as consciências pesadas dos decisores políticos. É necessário mais e melhor e, acima de tudo, é necessário parar de desperdiçar recursos.

domingo, 12 de setembro de 2010

Um primeiro passo?

Depois de alguns anos a tentar colocar a requalificação do rio Tinto na agenda política, os primeiros frutos surgem. No passado dia 7 de Setembro foi assinado um protocolo de um conjunto de acções com o objectivo de reabilitar o rio Tinto. O investimento total desta obra é de cerca de 305 mil euros. O valor protocolado envolve, em partes idênticas, a Câmara Municipal de Gondomar, a empresa “Águas de Gondomar” e a Administração da Região Hidrográfica do Norte. O sinal positivo está relacionado com a envolvência de vários parceiros nesta iniciativa. A requalificação do rio Tinto é um problema complexo que necessita obrigatoriamente de encontrar fontes de financiamento diversas. O aspecto negativo relaciona-se com a escassez do investimento. O montante global envolvido só poderá ser visto como um primeiro e ténue passo no caminho da recuperação do rio Tinto. Por vezes o primeiro passo é o mais difícil. Esperamos que haja vontade política e meios financeiros para continuar esta cruzada.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Reunião com a ARH

“Os rios são para usufruir, não para serem entubados e têm o nosso apoio. Tudo o que pudermos desentubar, vamos desentubar”. (afirmação do presidente Prof. António Guerreiro de Brito)
Um rio limpo e renaturalizado no centro da cidade foi um dos temas em análise na reunião pedida pelo Movimento à Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH N), no passado dia 1 de Fevereiro.
Apresentámos ao seu presidente (Prof. António Guerreiro de Brito) e a um responsável técnico (Engº Pimenta Machado) o alargado leque de problemas associados à recuperação deste recurso hídrico e à requalificação ecológica de todo o sistema fluvial: a falta de saneamento e as ligações ilegais, a ETAR de Rio Tinto, os licenciamentos em leito de cheia e a protecção dos espaços ribeirinhos, a requalificação e valorização das margens, a renaturalização e conservação dos ecossistemas.
Depois da devastação provocada pelas últimas cheias serão necessárias intervenções urgentes. Para além de outras acções pontuais, neste âmbito merece-nos especial destaque a recuperação do emissário de águas residuais que se encontra destruído em pleno leito do rio Tinto. A ARH N mostrou ter um conhecimento efectivo destes problemas estando a trabalhar para contribuir para a sua resolução.
Foram também abordadas as formas de financiamento e apoios para a concretização de projectos de recuperação do rio.
Ainda que algumas das questões colocadas, não dependam directa ou exclusivamente da ARH N, os seus responsáveis mostraram interesse e disponibilidade para promover, com o envolvimento dos municípios o tão falado, mas nunca concretizado, projecto de reabilitação do rio Tinto.
O presidente da ARH N elogiou quer os objectivos (que seriam subscritos pela ARH N) quer a participação e a cidadania incentivada pelo Movimento, fazendo votos para que o trabalho de esclarecimento e exigência de um rio limpo prossiga.
À ARH N cabe a competência plena sobre a gestão dos rios e a qualidade da água, para além do papel essencial no planeamento e valorização dos recursos hídricos. As limitações em recursos humanos e financeiros não podem impedir que os desafios colocados ao rio Tinto sejam vencidos por todos nós (ARH N, autarquias e comunidade).
Continuaremos empenhados em participar em todo o processo de requalificação, atentos quanto ao envolvimento e papel dos interessados e receptivos a um novo encontro daqui a seis meses para fazer o ponto da situação.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Reunião com a ARH

O Movimento em Defesa do rio Tinto, vai ser recebido na segunda-feira, dia 1 de Fevereiro, pelo presidente da Administração da Região Hidrográfica do Norte, I.P. (ARH do Norte, I.P.).

Esta reunião foi por nós solicitada, com o propósito de dar a conhecer o Movimento e os seus objectivos, de identificar problemas, de tomar conhecimento das medidas e respectiva calendarização com vista à reabilitação do rio Tinto e de todo o seu sistema hídrico.
A reunião será ainda aproveitada, para encetar uma futura cooperação em acções a articular no domínio da educação ambiental e sensibilização para a importância da  defesa do nosso rio.
Oportunamente serão divulgadas mais notícias sobre os resultados desta reunião.