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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Reunião com a Câmara Municipal de Gondomar

A nosso pedido,realizou-se no passado dia 21 uma reunião com o Vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), João Fernando Moreira e com o seu assessor Eng.º Gilberto Fernandes e seis representantes do nosso Movimento. Esteve ainda presente o Vereador Joaquim Barbosa.
Após breve apresentação do Movimento aos recém-empossados, tornamos claro que os limites legais para a rejeição do efluente no rio Tinto ainda que supostamente cumpridos – coisa que reafirmamos não se verificar há anos – são incompatíveis com aquele meio hídrico, usos e qualidade da água que desejamos.
Das cerca de duas horas de informações, caraterização do problema e de clarificação de posições destacamos:
- A disponibilidade da CMG para prestar os esclarecimentos quanto à evolução e acompanhamento das soluções.
- A complexidade de um problema e a premência de conhecer, reunir informação e relatórios técnicos acerca da intervenção realizada pela empresa Aguas de Gondomar (AdG).
- A constituição de uma nova comissão de acompanhamento / fiscalização da ETAR com representantes qualificados da AdG e CMG.
- A qualificação em comum da situação como grave e de resolução urgente, devido às características do meio hídrico e de descarga no rio Tinto.
- Informações da reunião entre CMG e dirigentes da APA ARH-N para avaliar situação e encontrar soluções, apresentação da proposta de construção de emissário para rejeição do efluente no estuário do Douro após tratamento na ETAR do Meiral ou, sendo viável, do Freixo. Verifica-se acordo em delegar no diretor regional da APA Engº Pimenta Machado as diligências para articular com as diversas entidades a concretização desta solução e o seu financiamento.
- Com a conclusão das obras de remodelação prevista para finais de fevereiro, disponibilidade para uma visita às instalações da ETAR com a explicação da intervenção ocorrida.
Debruçamo-nos ainda sobre as condições do meio hídrico rio Tinto e fatores que devem limitar as decisões, defendendo que não faz sentido invocar uma licença e uma má lei que não quer saber do meio hídrico de descarga e capacidade de diluição, como justificação. A lei prevê limites mais apertados verificadas condições especificas. O caudal do rio, a existência de um parque urbano e as legitimas expectativas sobre a valorização ambiental do território, legitimam mais exigência e melhoria de eficiência do sistema para viabilizar a renaturalização do rio e proporcionar utilização das águas sem os perigos para a saúde pública.
Estamos organizados para participar, ser informados e ouvidos sobre os projetos e iniciativas ou sobre decisões a tomar. Colocamo-nos ao dispor para ampliar o compromisso de todos com os problemas ambientais, com ações efetivas de informação e sensibilização.
A nossa identidade foi construída pelas pessoas e uma noção de interesses da comunidade. Não queremos decidir. Queremos chamar a atenção para práticas de gestão que garantam efetiva democracia nos procedimentos de gestão e decisão, ao contrário de anos de exercício de poder de recusa de informação e decisões erráticas de gestão da água e do território.