Relativamente à exposição que o nosso Movimento remeteu ao DIAP e outras entidades, registámos, com agrado, as referências que órgãos de comunicação fizeram ao assunto nas suas páginas.
Nomeadamente, o Jornal de Notícias, publicou uma página inteira (ler aqui) e também o Público tratou extensamente a questão (ver texto aqui).
Entretanto, outros órgãos de comunicação social manifestaram interesse em aprofundar o sentido desta nossa iniciativa.
Pelos ecos que estamos a recolher, sentimos que a nossa actuação continua a fazer todo o sentido. Porque, para além de sensibilizar uma mais vasta audiência para as graves questões ambientais que se detectam em torno do nosso rio, esta actuação obrigou a Metro do Porto a vir a terreno apresentar "justificações" e "explicações" a que, durante meses e meses, se furtou, apesar das inistências do nosso Movimento no sentido de nos ser concedida uma reunião para obtermos, da fonte original, respostas para as muitas inquietações que a obra nos foi suscitando.
Não iremos, por agora, comentar essas "justificações". Realçaremos, entretanto, que a Metro confirma, para já, o entubamento de mais "sessenta metros" do rio.
9 comentários:
O Movimento alertou, tentou e podíamos ter evitado, esta agressão aos recursos ambientais.
Não quizeram! porque há erros básicos que fazem ninho na cabeça de muita gente que está à frente dos destinos de Gondomar e de Rio Tinto.
Estiveram calados e continuam silenciosos, ao verem decidir e a construir esta obra em pleno leito de cheia escondendo o rio Tinto.
É certo que a vinda do metro é uma obra muito positiva.
Mas não queiram ver e dar a ver apenas luz, onde pairam sombras, tristes sombras.
Reafirmo: Deem um passo em frente e assumam a defesa dos interesses colectivos e do direito de convivência, que as populações querem ter com o rio, que nos deu vida, nos dá nome e nos compete defender.
A verdade é que a Metro do Porto tem razão quando afirma que está cumprir escrupulosamente o disposto do resumo não tecnico do RECAPE do projecto execução relativa a esta obra, o qual pode ser consultado por toda gente. Pessoalmente, conheço o volume tecnico, por razões profissionais. Mas, basta constatar pelo volume não tecnico, - que é de leitura facil mesmo para um leigo em matéria de engenharia - para se perceber que no terreno estão em curso trabalhos com vista em implementar as recomendações emanadas no dito relatório aprovado pela Comissão de Avaliação responsável por esta DIA.
Ora sendo assim, tenho absoluta certeza de que o Movimento de Defesa do Rio Tinto leu e avaliou em tempo oportuno este relatório, que repito, é de consulta pública. Se o leu, e na altura nada fez, não pode agora alegar que desconhecia o que por aí vinha, mesmo dando de barato o autismo da Metro do Porto e Camara de Gondomar. Se não concordavam, deveriam ter actuado no imediato, e contra quem aprovou o relatório, não contra quem pediu a sua aprovação.
Vir agora, a meio da empreitada, colocar tudo em causa, revelando até pouca sensatez, como demonstra o ultimo parágrafo deste post, onde destaca o entubamento de 60 metros do rio, como querendo transparecer como algo que venha a ser definitivo, quando na realidade se trata de uma situação transitória enquanto se realiza a obra, é uma atitude no mínino demagoga, tentando passar um atestado de ignorância a todas as pessoas que acompanham este caso.
E nem sequer neste meu comentário abordo as evidentes vantagens dos trabalhos de alargamento do caudal do rio, para o curso fluvial em si, mas tambem para as habitações circundantes. Problemas reais das pessoas que nelas habitam, mas que certamente os Srs. do Movimento em Defesa do Rio Tinto estão-se marimbando.
Caro Nelson Carvalho.
Vemos, com muito agrado, que é uma pessoa que se interessa pela temática do rio Tinto em geral e em particular com o conflito entre o traçado da linha de metro e o referido rio.
Para nós, todas as opiniões são salutares e, por isso, gostaríamos muito que se disponibilizasse a vir conversar connosco.
Fica aqui o convite público, porque não disponho do seu contacto pessoal.
Certamente terá possibilidade de nos demonstrar, de viva voz, quais os nossos erros de análise.
Espero que, como cidadão interventivo e actuante, aceite o meu convite. Pode-nos contactar via e-mail (move.riotinto@gmail.com).
Aproveito para tornar público que em várias ocasiões tentámos obter informações e esclarecimentos da própria Metro mas, infelizmente, todas as tentativas foram infrutíferas.
Caros,
aqui fica o link onde todos os interessados podem ler o RECAP
http://www2.apambiente.pt/IPAMB_DPP/docs/RNT960.pdf
Realmente não encontro em parte alguma a referência a novos entubamentos do Rio Tinto... encontro várias referências a regularização de caudal mas quanto a mim isso não é sinónimo de entubamento.
Um esclarecimento adicional para Nelson Carvalho.
Como demonstra um largo conhecimento da matéria em causa, já deverá ter constatado que, na zona onde se econtrava o pontão das Perlinhas (junto à antiga estação dos CTT) há uma estrutura de betão já implantada, sob a qual está a correr o rio (extensão de cerca de sessenta metros que a própria empresa Metro do Porto admite serem um entubamento definitivo).
Anteriormente, o rio corria ali a céu aberto. Assim, sinceramente, não se vê onde está a demagogia na nossa denuncia.
Depois deste último comentário, acho que o presidente não bate bem da bola. Porra o homenzinho anda a precisar de ólicos...
Alguém me consegue explicar porque ele afirma no Vivacidades que "não fazer sentido a acusação" do Movimento.
Marco Martins é bom a aliviar para canto, tratar com "bojardas" assuntos importantes e dar o dito por não dito.
Grantiu-me o Move, que o presidente tinha afirmado em 2007 após a "analise" (???) do projecto na Metro "que nem mais um cm de entubamento, de contrário, não estaria de acordo".
Dar o dito por não dito é coisa trivial com politicos destes, mais dificil será dar o feito (o entubamento) por desfeito.
O nosso rio "afunda-se", e soluções que não foram defendidas por quem se esperava, podiam trazer mais vantagens todos.
E o silêncio dos partidos: ouvem-no?
E aquela do Valentim: ainda não entrei em cena... Pois não, não te convém!
Mi gód, estamos entregues à bicharada....
Parabéns ao Movimento
António Moreira,
Existe, de facto, um viaduto na zona que refere, mas este não acompanha nem metade do leito do rio, nem o cobre em toda a sua extensão. Ver link abaixo sobre a planta parcelar do projecto da linha na zona, onde se constata isso mesmo que refiro;
http://img39.imageshack.us/i/lourinha07.jpg/
No RECAPE, é referido na página 18, a existência deste viaduto, bem como acrescenta recomendações no sentido de haver uma regularização do leito principal do rio neste troço. Isto foi aprovado pela Comissão de Avaliação da DIA. E, pelo que observo no terreno, é o que está a ser levado a cabo.
Assim sendo, não compreendo as acusações do Movimento de Defesa do Rio Tinto de haver, e passo a citar-vos; "desconformidade entre a Declaração de Impacte Ambiental e a execução da obra". Aliás, pelo que sei, quem sugeriu a aplicação destas medidas nesta zona foi a própria Agência Portuguesa do Ambiente, que faz o acompanhamento da empreitada, como é do vosso conhecimento. Acho que, a meu ver, no que concerne à legalidade do licenciamento da obra, e conformidade no actual cumprimento do projecto no terreno, poucas duvidas restam.
Nelson Carvalho,
Compreenda que as razões da nossa existência são a defesa do rio, realçando a sua despoluição e a regularização do leito de cheia, como forma de minimizar os impactos da sua irresponsável ocupação ao longo de anos.
Não nos referimos ao “viaduto” mas a um entubamento a jusante da rua das Perlinhas, que a tal planta parcelar, essa ou outra que seja pública, não prevê. E quanto à obra a montante dessa rua temos dúvidas da chamada “regularização” do leito.
Regularizar pode querer dizer muita coisa, até entubar, não é verdade?
Mas sendo verdade que tudo corre nos conformes, porque não abre a Metro “o jogo” tranquilizando os que legitimamente tem dúvidas, desrespeita o direito legal à informação e foge ao princípio da administração aberta?
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