Continuamos a divulgar ecos que a iniciativa do Movimento em Defesa do Rio Tinto junto do DIAP motivou.
Hoje referimos a crónica do ambientalista Bernardino Guimarães, publicada no Jornal de Notícias, no passado dia 10.
Transcrevemos a parte inicial deste texto:
"A denúncia de graves atentados contra o rio Tinto na construção da linha de metro de Gondomar, apresentada por cidadãos agrupados no Movimento em Defesa desse rio, revelou novos casos de insensibilidade ambiental. O entubamento de rios e ribeiros não é prática que se possa considerar defensável. Necessário é, pelo contrário, renaturalizar os cursos de água e suas margens, tornar esses «corredores ecológicos» por excelência, acessíveis ao pleno usufruto público, cumprindo as suas funções naturais.O que se passa, pelos vistos, no rio Tinto parece recuperar atitudes e processos errados, comprovadamente lesivos do património natural e do próprio bem-estar das populações.Mais doloroso é ainda constatar isso, tratando-se das obras de construção de mais um eixo essencial na expansão do Metro do Porto, indispensável e de inegáveis efeitos positivos, sociais e ambientais. Razão que deveria acrescer ao cuidado com que são olhadas e tratadas as realidades do meio que é afectado pelo novo traçado. Responsabilidade maior para uma empresa que pretende resultados excelentes em termos de boas práticas ambientais."
Pode ler o texto completo aqui.
Para além das felicitações ao autor, pelo excelente e oportuno texto, o nosso Movimento agradece mais esta demonstração de solidariedade do ambientalista.
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segunda-feira, 16 de novembro de 2009
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Ecos
Relativamente à exposição que o nosso Movimento remeteu ao DIAP e outras entidades, registámos, com agrado, as referências que órgãos de comunicação fizeram ao assunto nas suas páginas.
Nomeadamente, o Jornal de Notícias, publicou uma página inteira (ler aqui) e também o Público tratou extensamente a questão (ver texto aqui).
Entretanto, outros órgãos de comunicação social manifestaram interesse em aprofundar o sentido desta nossa iniciativa.
Pelos ecos que estamos a recolher, sentimos que a nossa actuação continua a fazer todo o sentido. Porque, para além de sensibilizar uma mais vasta audiência para as graves questões ambientais que se detectam em torno do nosso rio, esta actuação obrigou a Metro do Porto a vir a terreno apresentar "justificações" e "explicações" a que, durante meses e meses, se furtou, apesar das inistências do nosso Movimento no sentido de nos ser concedida uma reunião para obtermos, da fonte original, respostas para as muitas inquietações que a obra nos foi suscitando.
Não iremos, por agora, comentar essas "justificações". Realçaremos, entretanto, que a Metro confirma, para já, o entubamento de mais "sessenta metros" do rio.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
O Movimento em defesa do rio Tinto recorre ao DIAP
Desde o início do processo de construção da linha de Metro entre o Estádio do Dragão e a Venda Nova, que o Movimento em Defesa do Rio Tinto manifestou um conjunto de preocupações que tinham a ver com o traçado deste indispensável equipamento no que se refere à coexistência, o mais harmoniosa possível, com o rio.
À medida que fomos tendo conhecimento do desenvolvimento do empreendimento, designadamente na fase de projecto e já depois do início das obras no terreno, as preocupações foram aumentando.
Em conformidade, fomos adiantando sugestões, fomos procurando esclarecer dúvidas, tentámos sensibilizar os decisores para a necessidade de, atempadamente, se evitarem colisões desnecessáras ou mesmo ambientalmente erradas.
Solicitámos reuniões à Administração da Empresa Metro do Porto e à própria Câmara Municipal de Gondomar que nunca vieram a ser concedidas.
Na fase em que as obras estão, já não restam dúvidas de que, ao invés do que, em dada altura se fez crer, as obras da nova linha, estão a agravar claramente os atentados à integridade do rio, designadamente promovendo o entubamento de mais umas largas dezenas de metros.
Esta é a gota de água que faz transbordar a nossa indignação. Assim, esgotadas todas as possibilidades de sermos esclarecidos sobre as razões daquilo que consideramos serem desmandos operados sobre um bem natural decisivo na história e património da cidade, decidiu o Movimento avançar para a intervenção junto das autoridades judiciais.
Deste modo, acaba de remeter ao D.I.A.P. (Departamento de Investigação e Acção Penal) do Ministério Público, um pedido de averiguação sobre a legalidade de todo o processo relativo ao traçado do metro em Rio Tinto, nomeadamente, quanto às zonas RAN e REN e grave mutilação da integridade do bem natural e público que é o rio Tinto. Também sugerimos que se averigue a legalidade do novo entubamento e a desconformidade entre a declaração de impacto ambiental e a execução da obra, com a eliminação de várias dezenas de metros do leito natural do rio.
E porque não nos vamos conformar, assistindo impavidamente, aos novos atentados que o nosso já tão sacrificado rio continua a sofrer, decidimos também enviar exposições de teor semelhante à Agência Europeia do Ambiente, INSTITUTO DA ÁGUA, I. P., (INAG, I.P.) e ARH Norte (Administração da Região Hidrográfica do Norte).
Não aceitando a chamada "política do facto consumado", passamos, pois, a uma nova fase da luta em defesa do nosso rio, razão de ser deste Movimento que nasceu do exercício dos direitos de cidadania de que um largo conjunto de cidadãos não abdica.
Como temos vindo a dizer,
Se outros calam, falemos nós!
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