terça-feira, 7 de setembro de 2010

A ribeira não agradece

Já aqui tínhamos dado conta das obras, da responsabilidade da Metro do Porto, que se desenvolviam na junção da ribeira da Castanheira com o rio Tinto  no terminal do malfadado entubamento.
Referimos, então, que a política de mais e mais betão em vez de desejáveis operações de renaturalização de cursos de água, parece continuar a dominar a mente de técnicos insensíveis às questões ambientais.
A foto seguinte documenta o resultado final dessas obras.

Dirão alguns (esses tais e mais alguns outros...) que ficou mais bonito, mais moderno, mais seguro.
Mas, seguramente, a ribeira não agradece esta nova vestimenta. Preferia que roupagens mais naturais, mais livres, afinal, as de origem, lhe fossem oferecidas.
Entretanto, ali, logo a seguir, após um triste remendo para disfarçar as mazelas de um emissário de esgotos danificado, tudo continua desoladoramente na mesma. Ou seja, depois das cheias de Dezembro do ano passado, continuam os amontoados de destroços sem que se tivessem iniciado as prometidas obras de remediação dos estragos. E, já agora, onde está o também prometido estudo que anunciaram para "muito breve" para orientar as tais obras de reconstrução?
Estamos a caminhar para o aniversário das cheias. E parece que ninguém aprendeu a lição. Parece que se está à espera de mais danos, mais prejuízos.
Mas nós não esquecemos as promessas, estamos e continuaremos a estar atentos.
O silêncio e a indiferença significaria pactuar com a vergonha da inacção dos responsáveis.

1 comentário:

Anónimo disse...

Responsáveis??? É o lorpa desse povão que crê em ignorantes e oportunistas.
O "grande desenvolvimento" que o metro vai permitir... será mesmo para as contas bancárias de uns poucos. Como é que os politicos ignorantes se iam opôr a esses interesses?
Ainda falam da latina-america! Um nojo, aqui, mesmo à mão!