sábado, 30 de junho de 2012

Ficámos a conhecer melhor a Ribeira da Castanheira

Depois do adiamento aqui referido, hoje o tempo esteve mais favorável e pudemos caminhar perto da Ribeira da Castanheira, o que permitiu, a muitos dos cerca de 30 participantes, conhecer aspetos para si inéditos desta importante peça da bacia do rio Tinto.No início da Caminhada, o Paulo Silva situou os objetivos desta iniciativa.
Começámos por parar nas margens da ribeira, nos terrenos do antigo mercado, que neste dia começava a estar ocupado por equipamentos de diversão destinados às próximas festividades de Rio Tinto. E logo ali um exemplo de como as linhas de água são por muitos consideradas como condutas de despejos.
Mais adiante, junto do que resta de um belo moinho outrora alimentado pelas águas da Ribeira, parámos junto das obras que já referimos e que se destinam ao atravessamento inferior da linha férrea por uma nova via de acesso à chamada rotunda do Parque Nascente. A ribeira e esse moinho ficam sufocadas pelas enormes montanhas de betão que ali estão a ser erguidas.
Fomos caminhando para montante da ribeira, cujo caudal ia diminuindo e as margens estreitando.
Atravessámos campos onde ainda se observa uma atividade agrícola significativa e que importa incentivar e preservar.

Pudémos mesmo observar uma pequena plantação de manjericos, bem própria quadra dos Santos
Populares que atravessámos
Aqui e ali, restam vestígios de equipamentos relacionados com o usufruto da ribeira , como este antigo lavadouro
este antigo moinho

ou esta represa
De realçar que as águas da ribeira mais próximas da nascente apresentam um agradável  aspeto límpido.
A caminhada terminou no local onde as águas da Ribeira da Castanheira deixam de se ver num emaranhado de vegetação. Mais adiante andarão  sob casas e estradas que por ali foram surgindo.
Com mais esta atividade do Movimento em Defesa do Rio Tinto julgamos ter contribuido para um melhor conhecimento deste importante recurso hídrico, condição essencial para que nos empenhemos na sua defesa e na sua preservação.

2 comentários:

Carlos Duarte Magalhães disse...

Podia lá ser, a natureza a conjurar com a multidão de plantas, os fios de água a recuperar, a passarada alegre, a trautear. Não podia ser.
Ali, a estupidez dos fdp e putrefactos soberanos que assentam na CMG, há muito decidiu uma parede sem fendas por onde resvala um olhar perdido.
Como é possível?

Dia após dia desaba um mundo de identidade.
Hoje, constrói-se a estrada da vergonha! Hoje, cai a quinta do Perdigão! Hoje, brota uma cidade para gente que mais parece morta.

É possível mudar esta realidade sem pronunciar a palavra?
Hoje, apenas tenho na minha cabeça um NÃO!

Isabel MC Ribeiro disse...

Tenho pena de não ter dado para ir hoje conhecer a ribeira da Castanheira convosco.
Mas nem tudo pode/deve estar perdido; enquanto houverem pessoas que suspirem por uma linha de água e "chateiem" as grandes e poderosas entidades, temos de ter a esperança de que as mentalidades vão mudar e que o património natural e o bem-estar das pessoas tem de ter mais valor que os interesses financeiros. Força Carlos; continuem com a vossa luta.

Isabel Ribeiro