segunda-feira, 29 de abril de 2013

Que se passou?

Em novembro de 2012 foram plantadas mais de duas dezenas de salgueiros e amieiros nas margens da ribeira da Castanheira junto ao ex-mercado de Rio Tinto.
Há dias, passando pelo local, alguns elementos do nosso Movimento constataram que, em mais um ato de gestão ambiental no mínimo absurdo, uma boa parte delas foi devastada a eito.
Sobre tão insólito acontecimento, enviámos ao Vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar um pedido de esclarecimento. Ficamos a aguardar a resposta, já que ainda mais importante do que plantar mais e mais árvores, talvez seja cuidar das existentes, pelas histórias que contam, pelas  memórias e as sombras que amparam.


Assinada pela Drª Iva Rodrigues Ferreira, da Divisão de Vida e Saúde Ambiental, da Câmara Municipal de Gondomar, recebemos a resposta que se segue.

Ex.mo Senhor,
Na sequência do solicitado, informo V. Exa que:
A 24 de Novembro de 2012, no âmbito da comemoração do Dia da Floresta Autóctone, o Pelouro de Ambiente promoveu uma ação de plantação de árvores na margem direita da ribeira da castanheira, junto ao terreno da antiga Feira de Rio Tinto, integrado no projeto Futuro 100.000 árvores na área Metropolitana do Porto, na qual participaram alguns elementos do Movimento que representa.
Relembrar que, este projeto encetado pelo CrePorto- Centro Regional de Excelência do Porto, pretende atingir até 2015, 100.000 árvores autóctones plantadas na Área Metropolitana do Porto, em áreas ardidas ou que necessitam de conversão, e margens ribeirinhas, com vista ao sequestro de carbono, promovendo a melhoria da qualidade do ar e da biodiversidade, no sentido de aproximar as pessoas da terra e fomentar a sua participação, tendo a Câmara Municipal de Gondomar plantado até à data 2837 árvores em todo o concelho.
Neste âmbito, as espécies arbóreas e arbustivas plantadas, são espécies autóctones da flora portuguesa, seleccionadas em função do solo e local da plantação, sendo a maioria das árvores fornecida através do Floresta Comum (Condomínio da Terra/Quercus), e como tal, de pequeno porte. No caso, foram plantadas 20 sabugueiros, e não salgueiros e amieiros, conforme referido na sua exposição.
Integrado nas funções adstritas ao Pelouro de Ambiente, são desenvolvidas em todo o concelho ações de limpeza das linhas de água, com o objetivo de remover seletivamente o material vegetal seco e pendido sobre o leito, especialmente depois de um Inverno rigoroso como o último e remover os resíduos urbanos que são acumulados no leito, impedindo o normal escoamento do curso de água. Foi o que aconteceu na ribeira da castanheira no início do mês de Abril último, tendo a intervenção sido previamente programada e acompanhada tecnicamente e gerida diariamente sob a responsabilidade do Encarregado Operacional. Nesta intervenção, foram removidos 820 kg de resíduos verdes e 5000 Kg de residuos urbanos, vulgo lixo.
Relativamente às árvores plantadas, previamente à intervenção, foram removidas os sabugueiros que sobreviveram, para maturação em viveiro até à próxima época de plantação, e efetuada a manutenção das perenes, nomeadamente algumas nogueiras ai existentes, considerando-se lamentável a exposição do Movimento de Defesa de Rio Tinto, um mês após a intervenção.
Realça-se que, tratou-se de uma intervenção curativa, que visou as boas práticas em matéria de limpeza de margens ribeirinhas e que melhorou este troço da ribeira da Castanheira, procurando minimizar os impactes negativos que ocorrem nas linhas de água.   

5 comentários:

Isabel MC Ribeiro disse...

Mas estes "tipos" são malucos ou quê?
Ainda que a natureza faça das suas e leve algumas arvorezitas (como o rio Tinto fez com algumas das árvores que plantámos nas suas margens, em Azevedo, quando as chuvadas aumentaram o seu nível de água), ainda vá!. Agora desaparecer com árvores por gestão ambiental? ..... ridículo!

Isabel Ribeiro

Isabel MC Ribeiro disse...

Mas estes "tipos" são malucos ou quê?
Ainda que a natureza faça das suas e leve algumas arvorezitas (como o rio Tinto fez com algumas das árvores que plantámos nas suas margens, em Azevedo, quando as chuvadas aumentaram o seu nível de água), ainda vá!. Agora desaparecer com árvores por gestão ambiental? ..... ridículo!

Isabel Ribeiro

Anónimo disse...

O que interessa é o que fica na fotografia para ganhar votos.

Anónimo disse...

Uma actuação curiosa. Apela-se à plantação de árvores, mas antes que cresçam, há que cortá-las.
Com tanta agudeza e engenho o sr. Castro Neves só pode mandar que se louve os seus braços direitos entendidos em cortes e laparotos qb.

Anónimo disse...

E que bela resposta!
Primeiro plantam e depois retiram-nas!
E assim vamos brincando à protecção do ambiente, à plantação de espécies autóctones, à limpeza de rios e à participação das pessoas.

Que belos políticos e ajudantes de políticos temos!