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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ETAR mais uma vez

Pelo menos desde o dia 28 de Dezembro que a ETAR do Meiral esteve parada, drenando diretamente para o rio Tinto o esgoto (sem tratamento) de cerca de 45 000 habitantes da cidade. Em cada 24 horas cerca de sete milhões de litros foram descarregados no rio, em direção ao estuário do Douro e às praias marítimas.
A empresa Aguas de Gondomar, não cumpre a concessão, as denominadas entidades reguladoras ignoram e as de saúde pública parecem em estado vegetativo. 
O nosso Movimento denunciou a grave situação a diversas entidades e aos órgãos de comunicação social encontrando nestes um bom acolhimento, traduzido em reportagens televisivas e notícias em jornais.
A Câmara de Gondomar surge a afirmar que a empresa Águas de Gondomar lhe reportou a ocorrência de uma avaria que hoje (segunda-feira) estaria resolvida estando agendada uma reunião entre as duas entidades para analisarem algumas questões relacionadas com o funcionamento da ETAR. Mas acontece que este tipo de situações está longe de ser um facto isolado.
Como estes "acidentes" se vão repetindo, afinal, ao longo dos tempos e porque este equipamento, como tantas vezes temos afirmado, é mais problema do que solução, esperamos, vivamente, que a edilidade gondomarense tome medidas concretas e eficazes para que se possa defender o rio destas tão lamentáveis agressões.
Continuaremos atentos e atuantes.
Esgoto a drenar diretamente para o rio (28-12-2013)
ÚLTIMA HORA
A agência Portuguesa do Ambiente abriu um processo de contra-ordenação contra a empresa Águas de Gondomar por causa de uma descarga de esgotos não tratados no rio Tinto, nos últimos dias de 2013.
Ler mais desenvolvimentos aqui
http://www.publico.pt/local/noticia/gondomar-e-porto-vao-estudar-alternativas-a-etar-de-rio-tinto-1618333 
 ATUALIZAÇÃO EM 7-01-2014
Sobre este assunto poderá, ainda, visualizar uma reportagem da RTP, que regista, designadamente, uma intervenção do nosso companheiro Paulo Silva, clicando no link seguinte:

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=707937&tm=8&layout=122&visual=61

segunda-feira, 29 de abril de 2013

Que se passou?

Em novembro de 2012 foram plantadas mais de duas dezenas de salgueiros e amieiros nas margens da ribeira da Castanheira junto ao ex-mercado de Rio Tinto.
Há dias, passando pelo local, alguns elementos do nosso Movimento constataram que, em mais um ato de gestão ambiental no mínimo absurdo, uma boa parte delas foi devastada a eito.
Sobre tão insólito acontecimento, enviámos ao Vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar um pedido de esclarecimento. Ficamos a aguardar a resposta, já que ainda mais importante do que plantar mais e mais árvores, talvez seja cuidar das existentes, pelas histórias que contam, pelas  memórias e as sombras que amparam.


Assinada pela Drª Iva Rodrigues Ferreira, da Divisão de Vida e Saúde Ambiental, da Câmara Municipal de Gondomar, recebemos a resposta que se segue.

Ex.mo Senhor,
Na sequência do solicitado, informo V. Exa que:
A 24 de Novembro de 2012, no âmbito da comemoração do Dia da Floresta Autóctone, o Pelouro de Ambiente promoveu uma ação de plantação de árvores na margem direita da ribeira da castanheira, junto ao terreno da antiga Feira de Rio Tinto, integrado no projeto Futuro 100.000 árvores na área Metropolitana do Porto, na qual participaram alguns elementos do Movimento que representa.
Relembrar que, este projeto encetado pelo CrePorto- Centro Regional de Excelência do Porto, pretende atingir até 2015, 100.000 árvores autóctones plantadas na Área Metropolitana do Porto, em áreas ardidas ou que necessitam de conversão, e margens ribeirinhas, com vista ao sequestro de carbono, promovendo a melhoria da qualidade do ar e da biodiversidade, no sentido de aproximar as pessoas da terra e fomentar a sua participação, tendo a Câmara Municipal de Gondomar plantado até à data 2837 árvores em todo o concelho.
Neste âmbito, as espécies arbóreas e arbustivas plantadas, são espécies autóctones da flora portuguesa, seleccionadas em função do solo e local da plantação, sendo a maioria das árvores fornecida através do Floresta Comum (Condomínio da Terra/Quercus), e como tal, de pequeno porte. No caso, foram plantadas 20 sabugueiros, e não salgueiros e amieiros, conforme referido na sua exposição.
Integrado nas funções adstritas ao Pelouro de Ambiente, são desenvolvidas em todo o concelho ações de limpeza das linhas de água, com o objetivo de remover seletivamente o material vegetal seco e pendido sobre o leito, especialmente depois de um Inverno rigoroso como o último e remover os resíduos urbanos que são acumulados no leito, impedindo o normal escoamento do curso de água. Foi o que aconteceu na ribeira da castanheira no início do mês de Abril último, tendo a intervenção sido previamente programada e acompanhada tecnicamente e gerida diariamente sob a responsabilidade do Encarregado Operacional. Nesta intervenção, foram removidos 820 kg de resíduos verdes e 5000 Kg de residuos urbanos, vulgo lixo.
Relativamente às árvores plantadas, previamente à intervenção, foram removidas os sabugueiros que sobreviveram, para maturação em viveiro até à próxima época de plantação, e efetuada a manutenção das perenes, nomeadamente algumas nogueiras ai existentes, considerando-se lamentável a exposição do Movimento de Defesa de Rio Tinto, um mês após a intervenção.
Realça-se que, tratou-se de uma intervenção curativa, que visou as boas práticas em matéria de limpeza de margens ribeirinhas e que melhorou este troço da ribeira da Castanheira, procurando minimizar os impactes negativos que ocorrem nas linhas de água.   

sexta-feira, 26 de março de 2010

A destruição prossegue, apesar das boas palavras

Continuamos a assistir a atitudes de desprezo e negligência pelo nosso rio.
Mais um exemplo deste atropelo ao rio Tinto, pode ser observado na zona entre a Rua da Lourinha e a zona do Paço (junto à E.B. 2.3 de Rio Tinto nº 2).
Quando tomou conhecimento do Relatório de Conformidade Ambiental do Projecto de Execução (RECAP), o Movimento quis saber o que entendiam a Metro e as entidades licenciadoras da obra por "desenvolvimento de algumas soluções de projecto de regularização do rio Tinto"," contribuindo adicionalmente para a melhoria da situação actual no que respeita ao risco de cheias".
Nunca a Metro se dignou a receber-nos, apesar de dois pedidos formais de reunião, porque terá entendido qua a melhor forma de fugir às respostas é não admitir perguntas incómodas. Está à vista de todos os que queiram ver o que quem decidiu esta obra entende por "regularizar o rio".
Para a CMG, a Metro, as entidades dependentes do Ministério do Ambiente e a CDDRN, regularizar o rio entre a Rua da Lourinha e a Zona do Paço em Baguim do Monte, é construir muros de gabiões por tudo o que são linhas de água; regularizar é arrasar os muros construídos, há centenas de anos, em pedra e substituí-los por mais muros de gabiões; regularizar é destruir árvores que consolidavam as margens e serviram de abrigo e alimento à biodiversidade antes existente; regularizar, é arrasar moinhos e outras construções de interesse patrimonial.
(in Bojetim nº 3 do Move Rio Tinto (Março 2010)

sábado, 6 de março de 2010

A impunidade continua...

Até parece que a impunidade e o desleixo não têm remédio.
Conforme já inúmeras vezes aqui temos referido, a construção em leitos de cheia é impedida por lei (nada se pode edificar, no mínimo, até dez metros de distância das margens de um rio) e é causadora de muitos danos, conforme se tem comprovado pelas consequências de intempéries que têm sido amplamente noticiadas.
No entando, parece que não se está a aprender com os avisos que as águas enviam a quem teria a obrigação de combater desvarios ambientais.
As presentes imagens, recolhidas há breves dias, mostram mais um exemplo dessa irresponsabilidade. Sobre uma das margens do nosso rio e sobre um muro que nunca deveria ter sido ali construído, estão a ser colocadas mais umas fiadas de tijolos. Ou seja, amplia-se um erro e uma ilegalidade.
Perguntamos, então: quem permite a continuação destes desmandos? Quem autoriza estas edificações? Ou, se ninguém as autorizou, quem fiscaliza a inobservância das leis?
Quem fecha os olhos, é conivente!