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domingo, 7 de fevereiro de 2010

Visita Campo Aberto-MDRT

Conforme o anunciado, nesta manhã de domingo, alguns elementos do nosso Movimento e da Associação de Defesa do Ambiente Campo Aberto, participaram numa visita a uma parte do rio Tinto. Estivemos nas zonas onde decorrem as obras de construção da nova linha do Metro, bem como no local onde "desagua" o entubamento que há anos "escondeu" o rio dos nossos olhares.
Foi possível verificar, "in loco" algumas evidentes conflitualidades entre este traçado do Metro e o bem natural cuja integridade e requalificação empenhadamente defendemos.



Também pudemos constatar, uma vez mais, os danos que as cheias de final de Dezembro provocaram, designadamente junto do Centro de Saúde de Rio Tinto os quais, passado mais de mês e meio, continuam por reparar.
Entre os elementos das duas organizações, foram trocadas informações e pontos de vista, estabelecendo-se algumas perspectivas de colaboração futura, dadas as afinidades de base que as norteiam.
Neste inicativa esteve presente o ambientalista Paulo Moura que, dias antes, tinha sido violentamente agredido, quando se insurgia contra o abate de algumas árvores, designadamente um carvalho secular, nas obras de terraplanagem de um loteamento que se está a construir junto do antigo mercado de Rio Tinto( e que a imagem ao lado reporta) (ver notícia no JN). A este cidadão, que sofreu fisicamente pelo facto de manifestar uma atitude  de defesa dos recursos naturais que são património colectivo, manifesta o Movimento em Defesa do Rio Tinto a sua solidariedade, repudia as agressões de que foi alvo e exige que se averiguem eventuais responsabilidades por mais esta delapidação de uma peça do património ambiental.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ainda que ilusioriamente inelutável

Neste espaço, para além de notícias, apelos, desabafos, ecos das actividades do MoveRioTinto, há também lugar para darmos à estampa, colaborações diversas que nos cheguem, directa ou indirectamente relacionadas com o nosso rio ou com a defesa do ambiente em geral.

Neste contexto, divulgamos hoje um texto poético da autoria de Carlos Duarte Magalhães:

Ainda que ilusoriamente inelutável
Não te deixaremos cair no esquecimento.
Sim rio Tinto, o esquecimento!
Esse mal, “o maior mal do mundo”...
Por ti...
Combateremos contra a forma decadente que te impõem,
Não apenas de faz-de-conta, mas visivelmente hipócrita.
Por ti,
Denunciaremos os invisíveis duplos e cúmplices dos actos
Que te menosprezam e agridem, e te escondem.
Por ti...
Empregaremos o espírito e a ousadia de te enaltecer
Por ti
Arriscaremos desfazer o cepticismo, o cinismo
E o bom-senso político-cultural, que de ti nos tem afastado
E permitem, que sejas um escudo útil.
De escudos lembras-te tu
E melhor que ninguém!
E dos homens que, empunhando-os caíram
E te mancharam com o seu sangue.
E tu, rio Tinto,
Continuaste a correr lavando a dor e de cabeça erguida,
Foste fonte de vida e pão dos homens que te adoptaram.
Por ti, rio Tinto,
Estaremos contigo!
Por ti perguntamos,
Quando se dispõe a turba, a multidão que te fere,
A abrir-te a porta do “bunker” em que te querem meter?


Carlos Duarte Magalhães