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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Apelo

O Movimento em Defesa do rio Tinto, apela aos deputados eleitos pelo distrito do Porto, a que equacionem a inclusão no próximo OE, de iniciativas e meios financeiros que concretizem a despoluição e requalificação do rio Tinto, bem como seu usufruto pelas populações de Valongo, Gondomar e Porto.
Nesse sentido foram pedidas reuniões com todos os Partidos Politicos com representação na AR para fazer um apelo, sensibilizar e articular respostas imediatas aos problemas concretos decorrentes das incidências da actividade humana e de recentes decisões criticas de ordenamento do território, que continuam a asfixiar o Rio Tinto.
Depois de anos a fio sem intervenções de despoluição e de requalificação desta importante linha de água e da implantação de um imprudente traçado do Metro de superficie em pleno leito de cheia, que no seu conjunto apontam para a desvalorização do Rio Tinto, causando-lhe mais pressão, urgem medidas que apontem para a imediata conclusão do saneamento básico em falta ao longo de todo o rio (Valongo, Gondomar e Porto), a eliminação de milhares de ligações ilegais para o rio, uma solução para a ETAR de Rio Tinto, a requalificação e renaturalização deste curso de água e o seu usufruto pela população.
As diversas entidades municipais têm-se revelado incapazes de resolver este grave atentado ambiental e o silêncio de diversas estruturas do Estado a quem compete licenciar, fiscalizar a fazer gestão dos recursos ambientais mostra que elas não têm cumprido as suas atribuições, ajudando à consolidação de uma perspectiva de um Rio Tinto perdido.
O Rio Tinto, que atravessa um meio urbano densamente povoado, deve ser uma mais-valia e não um problema.
Para acabar com o esquecimento e degradação do Rio Tinto, há que mobilizar toda a população todas as vontades e todos os meios tecnicos e financeiros para muito brevemente obtermos a qualidade superficial das águas que permitam o seu pleno usufruto.
Para além de ser nosso um sonho e um direito. É um dever de todos nós.

O Movimento em Defesa do Rio Tinto

sábado, 3 de outubro de 2009

Obras do metro- se outros calam, falemos nós 3

A “Linha Dragão-Venda Nova” não será Verde, mas Negra!
Obras do Metro roubam centenas de metros de rio à cidade de Rio Tinto

As obras para a construção da linha de Metro, importante equipamento que servirá uma parte de Rio Tinto, prosseguem, designadamente em zonas que têm muito a ver com o nosso rio.
Para além da total rejeição de propostas do Movimento e da recusa em nos responder ou receber, quer a Administração da Metro quer o presidente da CMG têm de ser responsabilizados pelos danos desastrosos e irreversíveis causados ao rio Tinto, ao património natural e cultural.
A razão cabia-nos, quando defendemos que a cidade de Rio Tinto, em especial os autarcas da Junta e da Assembleia de Freguesia de Rio Tinto, tinha que acompanhar a execução de uma obra tão pesada, que ia certamente conflituar com o rio. De facto, pelas provas dadas pelos responsáveis da CMG (entidade licenciadora da obra), na (des)protecção e desprezo dos escassos recursos disponíveis, temíamos o pior. E esse pior está a acontecer.
Os que na altura confiaram e depositaram nas boas mãos da Metro e dos responsáveis da CMG a condução do processo, negando ou ignorando várias soluções apresentadas pelo Movimento, são co-responsáveis:
- pela não concretização de uma reabertura na infra-estrutura do "célebre entubamento" para trazer o rio à convivência da cidade, junto da Quinta das Freiras;
- pelo entubamento de mais umas centenas de metros do rio Tinto, entre a rua da Lourinha e a Esc. Básica 2,3 nº 2 de Rio Tinto;
- pela destruição de pelo menos um moinho centenário;
- pelo delineamento de políticas e prioridades que não são do interesse da cidade, do ambiente e da nossa liberdade e qualidade de vida.
Como afirmou Abraham Lincoln, “ficar em silêncio quando deveriam protestar faz parte dos homens cobardes”. A rectidão exige que se fale de um desastroso e injusto erro cometido contra o rio Tinto e os Riotintenses, denunciando os poderosos interesses instituídos que colidem com a vida de uma cidade de futuro, que pressupõe, antes de mais, a existência de um ambiente e um ordenamento do espaço para todos, em consonância com as memórias e o património local.
Precisamos de acordar e assegurar a nossa liberdade de escolha, garantindo um papel apropriado na gestão dos interesses públicos.
O Movimento em Defesa do Rio Tinto vai prosseguir, através de todos os meios ao seu alcance, com a denúncia do recurso à mentira, à ilusão e à manipulação, como forma de colocar obstáculos aos desejos de mudança e bem-estar.
Estar atento e não calar o que outros cobardemente silenciam, mais do que um direito é um dever de consciência e de cidadania.

Rio Tinto, 2009-10-03
O Movimento em Defesa do Rio Tinto