terça-feira, 28 de agosto de 2012

Projeto de Impacto e Recuperação da Paisagem para a Zona da Levada

O curso de  arquitetura paisagista da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto estudou, durante mais de um ano e meio, as amplas características do território da bacia hidrográfica do Rio Tinto e do Rio Torto.
Um desses grupos de futuros arquitetos enviou-nos recentemente um estudo e uma proposta elaborados para uma  intervenção denominada  Projeto de Impacto e Recuperaçao da Paisagem para a zona da Levada. O desfecho é uma recuperação para o rio Tinto e a ribeira da Castanheira, no sentido de transformar este local num parque público junto ao metro, acrescentando as soluções técnicas necessárias para tornar as linhas de água mais saudáveis e mais aprazíveis e de fruição para habitantes e visitantes do rio Tinto.
Do Estudo Prévio resulta um determinado conceito e uma proposta audaciosa que transcende e questiona  as soluções “tradicionais”... e a finalidade daqueles espaços. Por si só o projecto provoca, relança uma ideia e decifra uma realidade totalmente nova. E mais, a urgência apontada responsabiliza-nos a assumir definitivamente que ou se corrige a situação atual ou teremos a destruição irreversível de áreas naturais sensíveis.
Não é possível transformar a realidade sem ter a plena consciência dos atos e das possibilidades futuras a que este projecto nos incita, o qual traduz  expectativas de inquéritos realizados junto da comunidade, que apontam  para a existência de um Parque Urbano (de resto consignado no PDM), em harmonia com o rio Tinto, no centro da cidade.
Da parte do jovem grupo de futuros arquitetos foi endereçada ao Movimento a mensagem: “Significaria muito para nós podermos ajudar-vos, agora que o trabalho foi realizado e não teremos problema nenhum em reformular espaços com a vossa participação. Contem com a nossa disponibilidade para traçar o objectivo de requalificar a Levada!”
Da parte da população, parece não restarem dúvidas sobre o que há a fazer. Da nossa parte um grande bem hajam, o nosso apoio e incentivo e os nossos parabéns.
Agora…, estarão as entidades de decisão politica e administrativa abertas a uma extraordinária transformação daquele espaço considerando e valorizando o rio Tinto?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Despoluir o rio Tinto e elegê-lo como “âncora” e elemento natural que dará nova vida ao território: um Corredor Verde desde Quinta das Freiras até à Foz

Em 2006, o Movimento defendia “o aproveitamento e recuperação de elementos patrimoniais ligados ao rio, como por exemplo o Moinho da Vitória na Levada e o aglomerado ribeirinho junto ao Horto de Vila Cova criando um Centro de Interpretação Ambiental, no qual os mais jovens pudessem aprender a história e compreender a cultura”. Logo a seguir no âmbito do projecto 50 Espaços Verdes proposto pela associação ambiental Campo Aberto, foi identificada uma considerável área a juzante da Quinta das Freiras (em Rio Tinto), como área em perigo e a proteger, ou seja, a importante zona de confluência do rio Tinto e da ribeira da Castanheira, de paisagem verde e rural com significado e com vários elementos patrimoniais e para a qual havia diversas propostas. A bacia do rio Tinto integra ainda o Parque Oriental da cidade do Porto.
À margem destas ideias, a CMG insiste em dar máxima capacidade construtiva a muitos dos espaços verdes e zonas  sensíveis de alagamento junto ao rio e ribeiras. Por isso, é a chegada a altura de promover, com todas as entidades gestoras e as populações, uma ligação através de um corredor verde, desde a zona contígua à Quinta das Freiras até ao Parque Oriental e à foz dos rios Tinto/Torto. As margens do rio ainda "escondem" enormes potencialidades, que obrigam a considerar a criação de um verdadeiro espaço de recreio e lazer intermunicipal unido pelo rio Tinto.
O Movimento em Defesa do Rio Tinto continuará comprometido na promoção e na mobilização para melhorar o ambiente, a biodiversidade e garantir o futuro do rio Tinto.
Mais informações : http://www.50espacos.campoaberto.org/espacos/lista/fichas/gondomar/rio_tinto/13/delimitacao.html

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Agosto... E depois?

Agosto é o mês anunciado para a conclusão das obras da intervenção na ETAR do rio Tinto.Assim o disse o Governo, através do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Acrescentando que "após a conclusão da remodelação será avaliada a eficiência da ETAR e a implementação de eventuais medidas adicionais." Ou seja, depois da obra feita é que se saberá se foi bem feita...
Agosto está aqui. No fim do mês ver-se-à, então, se a remodelação foi "eficiente". Para nós, a eficiência terá de ser avaliada, entre outros parâmetros, pela decisiva melhoria da qualidade dos efluentes lançados a juzante da ETAR, no rio Tinto. Até agora, nenhuma boa novidade a registar.
Depois de Agosto? Veremos...