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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

ETAR do Meiral a funcionar sem licença de descarga

Dois anos depois, mais uns milhões gastos e uma gestão incapaz do processo de remodelação da ETAR, a empresa Águas de Gondomar nega o óbvio já que a estação do Meiral continua a ser um foco brutal de poluição, por não tratar as águas residuais de origem doméstica da cidade de Rio Tinto, em condições aceitáveis de as drenar no meio hídrico: rio Tinto.
Ainda que o efluente estivesse dentro dos valores admitidos pelo Decreto-Lei n.º 236/98, de 1 de Agosto de 1998, aquela ETAR faz do rio um esgoto! A Lei é um problema que deve ser revisto com urgência. Mas, mesmo assim, para que serve uma Lei se não é cumprida? 

A ETAR está a descarregar o esgoto sem o devido tratamento!
A APA (ex-ARH-N) não renovou a licença. A AdG está, pois, em situação de ilegalidade. Perante este facto,que vão fazer as entidades públicas, o SEPNA da GNR, o Ministério do Ambiente, as Câmaras Municipais de Gondomar e do Porto, as autoridades de saúde pública? 
A simples inspecção visual, não deixa margem para dúvidas. As análises não espelham a realidade. As entidades fiscalizadoras não agem. Faltam meios e um sentido de maior exigência do interesse público.
Podem negar conhecimentos científicos e técnicos disponíveis. Podem reduzir a zero argumentos pensados e razoáveis que nenhuma pessoa inteligente deve ignorar. Podem gastar o dinheiro de todos sem que se exija o reporte dos ganhos reais obtidos. Podem conviver tranquilos com um efluente “carregado” a correr livremente num parque verde, o Parque Oriental. Não podem negar a realidade: A ETAR de Rio Tinto é um problema ambiental grave!
Quando se discutem aplicações de fundos comunitários, uma solução pode minimizar os impactes e é urgente: ampliar a ETAR do Freixo, ou construir um emissário que conduza o efluente rigorosamente tratado no estuário do Douro.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

ETAR mais uma vez

Pelo menos desde o dia 28 de Dezembro que a ETAR do Meiral esteve parada, drenando diretamente para o rio Tinto o esgoto (sem tratamento) de cerca de 45 000 habitantes da cidade. Em cada 24 horas cerca de sete milhões de litros foram descarregados no rio, em direção ao estuário do Douro e às praias marítimas.
A empresa Aguas de Gondomar, não cumpre a concessão, as denominadas entidades reguladoras ignoram e as de saúde pública parecem em estado vegetativo. 
O nosso Movimento denunciou a grave situação a diversas entidades e aos órgãos de comunicação social encontrando nestes um bom acolhimento, traduzido em reportagens televisivas e notícias em jornais.
A Câmara de Gondomar surge a afirmar que a empresa Águas de Gondomar lhe reportou a ocorrência de uma avaria que hoje (segunda-feira) estaria resolvida estando agendada uma reunião entre as duas entidades para analisarem algumas questões relacionadas com o funcionamento da ETAR. Mas acontece que este tipo de situações está longe de ser um facto isolado.
Como estes "acidentes" se vão repetindo, afinal, ao longo dos tempos e porque este equipamento, como tantas vezes temos afirmado, é mais problema do que solução, esperamos, vivamente, que a edilidade gondomarense tome medidas concretas e eficazes para que se possa defender o rio destas tão lamentáveis agressões.
Continuaremos atentos e atuantes.
Esgoto a drenar diretamente para o rio (28-12-2013)
ÚLTIMA HORA
A agência Portuguesa do Ambiente abriu um processo de contra-ordenação contra a empresa Águas de Gondomar por causa de uma descarga de esgotos não tratados no rio Tinto, nos últimos dias de 2013.
Ler mais desenvolvimentos aqui
http://www.publico.pt/local/noticia/gondomar-e-porto-vao-estudar-alternativas-a-etar-de-rio-tinto-1618333 
 ATUALIZAÇÃO EM 7-01-2014
Sobre este assunto poderá, ainda, visualizar uma reportagem da RTP, que regista, designadamente, uma intervenção do nosso companheiro Paulo Silva, clicando no link seguinte:

http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=707937&tm=8&layout=122&visual=61

domingo, 1 de dezembro de 2013

Parque Oriental parou no rio Tinto

Na sua edição de hoje, o Jornal de Notícias a propósito dos 20 anos do Parque da Cidade do Porto, publica um texto sugestivamente titulado “ Parque Oriental parou no rio Tinto”.
Nele é citado Sidónio Pardal, arquiteto que projetou estes parques :”O Parque Oriental não pode prosseguir enquanto não for despoluído o rio Tinto”.
No referido texto refere-se “o parque está no Porto e a poluição sai de Gondomar, o que dá ao problema dimensão intermunicipal”.
São depois referenciados os problemas que a ETAR de Rio Tinto acarreta para o rio. Designadamente, como tantas vezes temos alertado, dela se diz:”é um paradoxo;o rio está muito mais poluído a jusante do que a montante”.
Entretanto, registam-se as declarações do atual Presidente da Câmara Municipal de Gondomar segundo o qual lhe parece mais adequado, para resolver o problema da ETAR, “prolongar o emissário até à ETAR do Freixo(Porto) que tem capacidade para tal”. Esta é a solução que, desde há muito, o nosso Movimento tem repetidamente defendido, ou não possuindo a ETAR do Freixo capacidade para tal, o seu prolongamento até ao estuário do Douro. Aliás, a reportagem é ilustrada por uma foto em que o autarca observa o estado lamentável do rio junto da ETAR do Meiral, em iniciativa promovida pelo MoVe Rio Tinto e onde, mais uma vez, manifestámos, perante diversos candidatos às eleições autárquicas, as nossas posições sobre a problemática da poluição do nosso rio.
Esta notícia vem confirmar a justeza das nossas denúncias, mas, ao mesmo tempo, constitui um registo que responsabiliza, para memória futura, os decisores rsponsáveis que, tendo conhecimento dos dados do problema, podem e devem agir no sentido da sua resolução.

domingo, 11 de agosto de 2013

Mas, apesar de tudo, ali ainda há vida...

Um destes dias, uma equipa do Movimento recolheu algumas imagens a juzante da ETAR do Meiral. Elas falam por si.
Mas, por mais incrível que pareça, apesar de uma ETAR que adiciona problemas em vez de os solucionar, apesar das descargas poluidoras, das ligações ilegais que despejam diretamente para o rio detritos diversos, ainda há muitas manifestações de vida no leito ribeirinho e suas margens. Patos selvagens e suas crias, galinhas de água, caracóis de água doce e até lagostins, são exemplos de seres que teimam em subsistir por ali.
Ou seja, o rio Tinto, perante tantas e tão graves malfeitorias, continua a resistir, obrigando-nos a não desistir de o ajudar a lutar por um futuro mais risonho.
E essa resistência deveria obrigar também os decisores políticos a assumirem compromissos em prol desse futuro. Mas, num tempo de campanha eleitoral, salvo muito raras e incipientes exceções, o silêncio dos candidatos, a propósito de soluções para os problemas do rio, é mais do que ensurdecedor. Como diria o humorista, eles falam, falam,   
( nas redes sociais, nos cartazes, nos panfletos), mas não os ouvimos dizer nada de verdadeiramente importante...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Rio (ainda) é um esgoto...


É nosso dever não desistir, apesar da desconfiança que más decisões continuam a gerar.
Não avança o combate à poluição, nem às ligações ilegais!
Na “remodelação” da ETAR estão a ser consumidos 5 milhões; pouco vai mudar!
- E qual a previsão da eficiência da obra após a sua conclusão?
Enquanto a ARH Norte e Águas de Gondomar não se dignam responder a quem faz perguntas (e são... obstáculo), o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território informou e assinou um mau presságio: “Após a conclusão da remodelação, será avaliada a eficiência da ETAR e a necessidade da implementação de medidas adicionais.” Logo se há de ver...
Identificaram os problemas? Estão apostados em vencer os esgotos nefastos à vida e à utilização do rio Tinto pelo menos como água de recreio?
Os responsáveis políticos que há anos coxeiam sobre a ETAR recusam conhecer o problema, muitos menos estudá-lo e, ainda menos, empenhar-se numa solução. O ruidoso credo que se recomeça a ouvir revela que nada mudou; a ignorância possuiu-os.
É intolerável que a nível local e municipal, não se esteja a acompanhar, a exigir informação, nem as garantias mínimas de resultados do investimento. Numa espécie de conjura silenciosa de autarcas, responsáveis da ARH, da Aguas do Porto, do Parque Oriental da cidade do Porto e das autoridades de saúde pública, todos gestores da causa pública, calam. E o rio Tinto continua vitimado!
O rio (ainda) é um esgoto. 
O estuário do Douro e as praias são um dejectório de contaminação.

domingo, 20 de janeiro de 2013

ETAR do Meiral - as obras e o previsível colapso do emissário de esgotos

A conclusão da chamada remodelação da ETAR do Meiral em Rio Tinto prometeu-se para final de Agosto de 2012. Estamos a iniciar 2013 e algumas questões se colocam: as obras já terminaram ? E se terminaram, com que resultados? De que modo foram gastos os dinheiros previstos para a intervenção? É que a observação do estado das águas do rio, a juzante daquela estação, não mostra qualquer alteração significativa. O aspeto nauseabundo permanece. Perguntas que desejaríamos ver respondidas pelas entidades responsáveis, designadamente pela comissão de acompanhamento das obras que, ao que parece, a CMG criou.
Entretanto, passando pela zona, demos conta de um problema que exige medidas urgentes. Com efeito, junto da denominada "Baixa da Ponte", o emissário de esgotos que se dirige para a ETAR está a colapsar em grande medida como consequência de uma intervenção popular anónima que, apesar de bem intencionada, artificializou irremediavelmente aquele espaço.A remoção de vegetação e a introdução de materiais inadequados apressou a erosão das margens e o emissário ameaça ruina, o que, a acontecer irá atentar ainda mais contra a já tão degradada saúde do rio.
Aliás, esta intervenção realizada com bons propósitos, devia ter merecido  cuidado, acompanhamento técnico e ambiental por parte dos serviços da CMG, da Junta e mesmo da ARH Norte.
Em 15 de Maio de 2010, promovemos a limpeza daquele espaço cheio de vida. O emissário encontrava-se oculto por debaixo do solo e da vegetação que o compactava e nos arbustos pudemos ver ninhos de passarada (estávamos em plena primavera). Naquela zona estavam identificadas galinhas de água. Agora, depois da intervenção anónima a que atrás aludimos, aquele espaço está mais asseado e higienizado, mas ambiental e vivencialmente muito mais pobre.

A avançada degradação da estrutura em que assenta o emissário dos esgotos da cidade implica a sua inadiável estabilização.
Vamos estar muito atentos ao evoluir da preocupante situação.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Agosto... E depois?

Agosto é o mês anunciado para a conclusão das obras da intervenção na ETAR do rio Tinto.Assim o disse o Governo, através do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Acrescentando que "após a conclusão da remodelação será avaliada a eficiência da ETAR e a implementação de eventuais medidas adicionais." Ou seja, depois da obra feita é que se saberá se foi bem feita...
Agosto está aqui. No fim do mês ver-se-à, então, se a remodelação foi "eficiente". Para nós, a eficiência terá de ser avaliada, entre outros parâmetros, pela decisiva melhoria da qualidade dos efluentes lançados a juzante da ETAR, no rio Tinto. Até agora, nenhuma boa novidade a registar.
Depois de Agosto? Veremos...

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Esgotos devem ter tratamento terciário

No passado dia 20, o jornal PÚBLICO dava à estampa uma importante notícia sobre um estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA).
De acordo com o estudo, águas residuais urbanas tratadas nas respectivas estações podem disseminar bactérias multirresistentes a antibióticos que não são eliminadas no tratamento secundário que é feito.
Segundo explicou Alexandra Moura, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro, em Portugal só uma minoria das estações faz o tratamento terciário.
É o caso da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Freixo, no Porto, que já tem processos de ozonação e aplicação de lâmpadas de raios ultra-violeta.
Para ler o texto completo da notícia, pode clicar aqui.
Esta investigação acentua as razões pelas quais temos vindo a manifestar a nossa oposição à anunciada remodelação da ETAR do Meiral (que, actualmente, nem sequer um tratamento secundário de jeito efectua), sugerindo, em alternativa, a ligação do colector de esgotos que neste momento para lá encaminha os detritos, precisamente à ETAR do Freixo.
Perante esta sugestão, temos esbarrado com indiferenças e "passa-culpas" que não conseguimos compreender.
Mas ninguém, até hoje, conseguiu afirmar-nos que as nossas razões não são pertinentes. Então, se os técnicos comprovam a justeza dessas recomendações, por que é que os decisores políticos (e outros) não agem?

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Diligências junto da Águas de Gondomar e Câmara Municipal de Gondomar.

Conforme aqui referimos, uma delegação do Movimento em Defesa do Rio Tinto, fez hoje entrega de um documento sobre a ETAR do Meiral e de amostras de água do rio, na Empresa Águas de Gondomar e na Câmara Municipal de Gondomar.

Na Águas de Gondomar, a delegação foi recebida, no átrio, inicialmente por uma secretária da Administração e posteriormente por um outro elemento dos quadros da empresa.
Foi-nos dito que não seríamos recebidos pela Administração porque não estava prevista nenhuma reunião formal. No entanto o documento de que éramos portadores era recebido enquanto ficava assente que o Movimento iria solicitar uma reunião com os dirigentes superiores da empresa. As amostras de água, recolhidas antes e depois da ETAR foram igualmente recebidas.
Seguidamente, estivemos na Câmara Municipal, onde fomos recebidos, no salão nobre, pelo Presidente e Vice-Presidente.
O Presidente, em tom afável e cordial, começou por afirmar o seu desconhecimento das questões de ordem técnica que envolvem o funcionamento da ETAR, mas, após algumas explicações que lhe foram fornecidas pelo Movimento e de visualizar as amostras de água, disse compreender as nossas preocupações. Inclusivamente admitiu a eventualidade de que se possa, como nós próprios temos acentuado, gastar dinheiro inutilmente, numa altura em que o país está mergulhado numa grave crise económica.
No entanto, os dois autarcas presentes, remeteram as questões para a responsabilidade da Águas de Gondomar, empresa que se comprometeram a sensibilizar no sentido de serem concretizadas as melhores soluções, tendo em conta que o processo conducente à remodelação da ETAR já se encontra em fase adiantada.
De salientar a presença da Porto Canal e da RioTintoTV que cobriram o acontecimento (no interior da Águas de Gondomar não foram autorizados a colher imagens).

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Na próxima quarta-feira, em Gondomar

Como referimos no post anterior, na próxima quarta-feira, pelas 17 horas, uma delegação do Movimento em Defesa do Rio Tinto, estará na Câmara Municipal de Gondomar e na Empresa Águas de Gondomar, para fazer entrega de um documento que expressa  razões que cremos serem de toda a relevância no sentido de nos opormos ao dispêndio de verbas consideráveis, numa remodelação da ETAR de Rio Tinto, que, a nosso ver, será de todo ineficaz.
Como também dissemos, faremos acompanhar o documento de amostras de água recolhida antes e depois da ETAR, que ilustram bem os danos que este equipamento está a causar ao rio.
Esperamos, com esta acção, sensibilizar os decisores para uma alteração de rota que possa trazer soluções viáveis e eficazes que possam contribuir para a efectiva melhoria da qualidade do nosso rio. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Entrega de um documento sobre a ETAR do Meiral

Conforme temos frequentemente referido, a ETAR do Meiral, faz parte do problema da poluição do Rio Tinto em vez de fazer parte da solução. Aliás, estamos mesmo convencidos de que este equipamento jamais poderá ter um funcionamento adequado às características do rio. Por isso mesmo, discordamos frontalmente do vultuoso investimento programado para obras de remedeio desta ETAR, que vai ser, literalmente, dinheiro deitado por água abaixo.
Nesse sentido, e porque não desiste de procurar trazer à realidade os responsáveis e decisores que ainda estão a tempo de corrigir estes erros fulcrais, o Movimento em Defesa do Rio Tinto irá entregar-lhes um documento traduzindo as suas preocupações e  sugestões sobre esta matéria. Ao mesmo tempo, para comprovar, uma vez mais, a gravidade do problema, acompanhará o documento de amostras de água recolhida na rio, antes e depois da ETAR. Mesmo à vista desarmada, as diferenças na qualidade dessas águas, falam por si.
Esta entrega, à Empresa Águas de Gondomar e à Câmara Municipal de Gondomar. ocorrerá no próximo dia 15 de Fevereiro, pelas 17 horas.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Mais um capítulo

A questão da ETAR de Rio Tinto,está a assemelhar-se a uma novela de mau enredo, de que se vão desenrolando sucessivos capítulos que parecem eternizar-se, sem que se adivinhe um desfecho feliz.Como temos amplamente referido, decorre um concurso público para obras de remodelação deste equipamento, as quais consideramos  um mero "remendo" que não alterará significativamente a problemática de poluição que a ETAR agrava.
Neste contexto, o nosso Movimento levou a cabo, no passado sábado, acções que têm a ver com esta situação.
Assim, de manhã, foram recolhidas amostras das águas, antes e depois das descargas que a estação efectua no rio Tinto.
A foto seguinte apresenta essas amostras, sendo a mais à esquerda referente a água colhida antes da primeira descarga e, depois, as que foram sucessivamente recolhidas a juzante, até à zona de Pego Negro.
Pela simples análise visual das embalagens, claramente se constata que após a primeira descarga da ETAR, a qualidade da água piora drasticamente.
Porque consideramos que a prevista remodelação da estação vai constituir um desperdício de recursos sem utilidade, o Movimento em Defesa do Rio Tinto continuará a denunciar esta acção como ineficaz e, assim, na tarde de sábado, colocámos uma faixa, na zona da Igreja, alertando os cidadãos para este facto.
Estamos ainda a tempo de obstar a que este erro se concretize e se possam encaminhar os 5 milhões de euros para acções mais eficazes. Pela nossa parte, para além de continuarmos a erguer a nossa voz, estamos disponíveis para dialogar com os decisores, pois temos propostas alternativas que poderão contribuir para soluções que invertam a situação de poluição que continua a afectar o nosso rio.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Ainda e sempre a ETAR do Meiral

Numa altura em que decorre o concurso público para "remendar" a ETAR do Meiral, não deixe de visionar este vídeo.

Fica a perplexidade em todos nós: a pouco mais de 1500 mts, constrói-se, e bem, o Parque Oriental da cidade do Porto. Pelo meio passa o rio Tinto.
Esta é daquelas obras com dinheiros públicos em que se tem a sensação de que há qualquer coisa de errado. As justificações dos empossados, ou melhor a falta delas, relacionam-se com decisões que são totalmente exteriores ao rio e à sua função. E isto não é bom prenúncio quando estão em causa fundos públicos, do QREN e se vão empurrar para o futuro problemas graves de qualidade da água e de saúde pública.
A CMG e a empresa Águas de Gondomar, a CMP e a empresa Águas do Porto, a ARH e a Junta Metropolitana do Porto, não devem entender-se e fazer melhor? O que obsta a uma boa solução para o rio Tinto, para a melhoria das águas do estuário do Douro e das praias oceânicas? O Ministério do Ambiente vai consentir um gasto de cerca de 5 milhões de euros de dinheiros públicos que não resolve o problema?

domingo, 18 de dezembro de 2011

Dinheiro por água abaixo?

Segundo aviso publicado no Diário da República nº 239 (II série) de 15 de Dezembro, a ADG- Águas de Gondomar S.A. anuncia a abertura de concurso público para Empreitada de Concepção/Construção da Remodelação da ETAR de Rio Tinto. O preço base para este concurso é de 4 750 000  euros.
Como já reiteradamente aqui temos referido, o nosso Movimento manifesta-se contrário a este projecto de remodelação da ETAR, por considerar que ela não vai resolver os problemas de fundo que a afectam. Essencialmente, a questão tem a ver com o facto de esta estação estar desadequada ao contexto em que se insere, ou seja, integrada num rio cujo caudal, na maior parte do ano, é diminuto, o que faz com que os efluentes à saída da ETAR contribuam para o aumento da contaminação do rio, o que é contraditório com a função que supostamente lhe seria cometida.
Por isso, consideramos que este concurso representa um erro que, a concretizar-se, iria conduzir a uma delapidação inglória de significativos meios financeiros.
Estaremos ainda a tempo de contribuir para que os responsáveis emendem a mão e travem este erro?
Achamos que sim, desde que nos mobilizemos no sentido de fazermos ouvir a nossa voz colectiva.
Remendar esta ETAR é, literalmente, mandar dinheiro por água abaixo!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A ETAR que continua a ser um problema

Conforme o Movimento em Defesa do Rio Tinto amplamente tem denunciado, a ETAR de Rio Tinto, em vez de constituir uma solução positiva no que se refere à despoluição deste recurso hídrico, assume-se, paradoxalmente, como uma agravante que aumenta a contaminação das águas.
Esta estação, obsoleta e totalmente desadequada ao contexto em que se insere, apenas retira detritos sólidos dos esgotos que para ela são canalizados. Depois destas operações, o que sobra é lançado no rio. E o que sobra é tão mau que por simples observação visual se conclui que as águas a juzante da ETAR estão manifestamente mais contaminadas do que a montante.
Esta é uma situação que tarda em ser resolvida porque já está, há muito, detectada. Por isso, o nosso Movimento, vai insistir, junto das entidades responsáveis,no alerta para a premência da resolução deste grave problema. Assim, no próximo dia 2 de Novembro , pelas 17 horas, entregaremos, na Câmara Municipal de Gondomar e,logo depois, na empresa Águas de Gondomar,à rua 5 de Outubro também em Gondomar, um documento que reporta, uma vez mais a problemática referente à ETAR de Rio Tinto. E, para que ela fique fisicamente ilustrada, faremos acompanhar o referido documento de recipientes contendo água do rio, rercolhida antes e depois da estação. No dia seguinte, igualmente pelas 17 horas, estaremos na sede da ARH (Administração da Região Hidrográfica do Norte) à Rua Formosa 254 no Porto, para promover acção similar.
Pretendemos, deste modo, contribuir construtivamente para inverter a situação de abandono a que o rio que dá nome à nossa cidade tem sido votado.

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segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma ETAR que é mais um problema e os silêncios que intrigam...

No passado dia 24, o Jornal de Notícias reportava um estudo de Adriano Bordalo e Sá, hidrobiológo do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar (ICBAS).
“Temos entre 200 a 500 vezes mais contaminação fecal do que a que nos permitiria ter bandeira azul na barra do Douro”, afiança o cientista.Essa poluição tem a principal origem nas descargas de águas residuais domésticas do milhão de pessoas cujas casas drenam, oficialmente ou não, para o estuário do Douro.
Mais adiante:
E como está o Douro poluído por esgotos se os concelhos que confinam com o estuário (Porto, Gaia e Gondomar) possuem redes de saneamento básico e estações de tratamento de águas residuais (ETAR)? Por várias razões, refere o hidrobiólogo. Há, de facto, oito estações, mas poucas têm tratamento terciário dos esgotos (capacidade para desinfectar o efluente).

“A legislação prevê a qualidade física e química do efluente libertado pelas ETAR, mas não a qualidade microbiológica”, explica o cientista. Ou seja, mesmo passando pelas ETAR, esta água à qual se dá o título reconfortante de “tratada” vai carregada de bactérias e de vírus. Por outro lado, acrescenta, “as ETAR também são parte do problema, porque algumas não funcionam, como a de Rio Tinto, ou funcionam com grandes deficiências”.
A isto, junta-se a poluição arrastada por muitas das 92 linhas de água – desde rios como o Tinto ou o Sousa até ribeiros encanados que não se vêem – que drenam para o estuário. Destas, 52 estão em Gaia, 30 em Gondomar e 10 no Porto, os três concelhos banhados pelo troço final do Douro.
(sublinhado nosso)
Esta notícia vem reforçar aquilo que o Movimento já, por diversas vezes denunciou. Designadamente, que a ETAR do Meiral, em vez de contribuir para a despoluição do rio Tinto, está, pelo contrário, a agravar a sua contaminação. Esta é uma conclusão que começa a ser reconhecida por alguns responsáveis. Que, no entanto, nada fazem, de concreto, para mudar esta triste realidade. Ou, então, "sacodem a água (suja) do capote" para outros ombros.
Será, entretanto oportuno recordar que o Movimento em Defesa do Rio Tinto dirigiu  pedidos de reunião, solicitados a 25 de Junho (já fez um mês), à Câmara Municipal de Gondomar e à ARH (Administração da Região Hidrográfica do Norte) para a apresentação da posição do Movimento no sentido de desactivar a ETAR do Meiral e dirigir o efluente de Rio Tinto para a ETAR do Freixo. Até hoje, sem resposta.Porquê?