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terça-feira, 15 de setembro de 2015

Resposta dos Serviços Municipalizados da Maia

No post anterior denunciávamos uma grave ocorrência poluidora do rio Tinto, por uma ribeira que vem do concelho da Maia.
Sem apontar uma data para a resolução deste grave problema, os Serviços Municipalizados de Eletricidade, Água e Saneamento da Maia (SMEASM) enviaram-nos uma resposta em que o seu responsável máximo “lamenta profundamente a situação” referindo ainda que “a falta de meios humanos, não técnicos, motivada pelo congelamento da admissão de pessoal para a Administração Pública está a colocar alguns serviços à beira do caos. É também o que está a acontecer com os Serviços Municipalizados da Maia”.
Acrescenta, entretanto:
"... as medidas que tomamos, foram as seguintes:
1. Vistoria da rede de saneamento na zona em questão, com prioridade sobre todas as outras;
2. Lançamento de uma “prestação de serviços” para que uma empresa externa acompanhe, com a periodicidade necessária, a situação a que aludiram."

O nosso Movimento continuará atento ao desenrolar da situação já que, como diz ainda o referido responsável, “o meio ambiente não se compadece com pedidos de desculpa”.

ATUALIZAÇÃO(17/9)

Confrontada com a situação a Câmara Municipal da Maia "sacode a água (neste caso suja...) do capote para os ombros dos SMEASM remetendo-se ao silêncio sobre a questão, como se não tivesse nenhuma responsabilidade.

domingo, 11 de agosto de 2013

Mas, apesar de tudo, ali ainda há vida...

Um destes dias, uma equipa do Movimento recolheu algumas imagens a juzante da ETAR do Meiral. Elas falam por si.
Mas, por mais incrível que pareça, apesar de uma ETAR que adiciona problemas em vez de os solucionar, apesar das descargas poluidoras, das ligações ilegais que despejam diretamente para o rio detritos diversos, ainda há muitas manifestações de vida no leito ribeirinho e suas margens. Patos selvagens e suas crias, galinhas de água, caracóis de água doce e até lagostins, são exemplos de seres que teimam em subsistir por ali.
Ou seja, o rio Tinto, perante tantas e tão graves malfeitorias, continua a resistir, obrigando-nos a não desistir de o ajudar a lutar por um futuro mais risonho.
E essa resistência deveria obrigar também os decisores políticos a assumirem compromissos em prol desse futuro. Mas, num tempo de campanha eleitoral, salvo muito raras e incipientes exceções, o silêncio dos candidatos, a propósito de soluções para os problemas do rio, é mais do que ensurdecedor. Como diria o humorista, eles falam, falam,   
( nas redes sociais, nos cartazes, nos panfletos), mas não os ouvimos dizer nada de verdadeiramente importante...

sexta-feira, 14 de junho de 2013

O Rio (ainda) é um esgoto...


É nosso dever não desistir, apesar da desconfiança que más decisões continuam a gerar.
Não avança o combate à poluição, nem às ligações ilegais!
Na “remodelação” da ETAR estão a ser consumidos 5 milhões; pouco vai mudar!
- E qual a previsão da eficiência da obra após a sua conclusão?
Enquanto a ARH Norte e Águas de Gondomar não se dignam responder a quem faz perguntas (e são... obstáculo), o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território informou e assinou um mau presságio: “Após a conclusão da remodelação, será avaliada a eficiência da ETAR e a necessidade da implementação de medidas adicionais.” Logo se há de ver...
Identificaram os problemas? Estão apostados em vencer os esgotos nefastos à vida e à utilização do rio Tinto pelo menos como água de recreio?
Os responsáveis políticos que há anos coxeiam sobre a ETAR recusam conhecer o problema, muitos menos estudá-lo e, ainda menos, empenhar-se numa solução. O ruidoso credo que se recomeça a ouvir revela que nada mudou; a ignorância possuiu-os.
É intolerável que a nível local e municipal, não se esteja a acompanhar, a exigir informação, nem as garantias mínimas de resultados do investimento. Numa espécie de conjura silenciosa de autarcas, responsáveis da ARH, da Aguas do Porto, do Parque Oriental da cidade do Porto e das autoridades de saúde pública, todos gestores da causa pública, calam. E o rio Tinto continua vitimado!
O rio (ainda) é um esgoto. 
O estuário do Douro e as praias são um dejectório de contaminação.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Banhos perigosos no Douro devido aos níveis de poluição

Com o título em epígrafe, publicava o Jornal de Notícias na sua edição do passado domingo, 17 de Julho, um artigo em que se dava conta dos alertas do hidrobiólogo Adriano Bordalo e Sá.
De acordo com aquele investigador do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, 53% da Península Ibérica está a drenar para o território português através do rio Douro. A poluição tem como origem a agricultura espanhola e os esgotos urbanos portugueses.
"Quando o Douro entra em Portugal apresenta-se muito poluído de nitratos e fosfatos provenientes da actividade agrícola intensiva nomeadamente em 500 mil hectares de regadio em Espanha. Mas, na parte portuguesa, o principal problema é a poluição fecal, já que, ao contrário do que determinam as directivas europeias, muitas das nossas povoações continuam a drenar as suas águas residuais para o rio Douro ou através dos afluentes".
Mais adiante a notícia aponta mais um dado:à medida que nos deslocamos desde a entrada das águas em Portugal para a foz do rio, a poluição por esgotos vai aumentando progressivamente.A principal preocupação continua a residir junto ao estuário, onde está concentrado o grosso da população.

Aliás, já em Junho de 2006, Adriano Bordalo e Sá tinha divulgado, no acto de constituição do Movimento na JF Rio Tinto, parte das conclusões da 1ª Fase de Avaliação da Qualidade da Água no Estuário do Douro,projecto de investigação em que colaborou, aí constando, preto no branco, que:
1) a qualidade da água é influenciada pelo caudal e regime de marés;
2) o estuário apresenta um nível de contaminação fecal elevado;  
3) a contaminação é maior no estuário médio e inferior, ou seja, do Freixo para a barra.

Adiantava um número de prevalência de coliformes fecais assustador: cerca de duzentas vezes superior ao admíssivel legalmente.
Os níveis de contaminação fecal na água foram, no estuário médio e inferior, e continuam a estar bastante acima do que se pode permitir para águas balneares, piorando em direcção à foz. De salientar o facto de se manter sem resolução a poluição do rio Tinto, com a drenagem do efluente da ETAR de Rio Tinto no rio e a jusante desta, com sucessivas descargas de esgoto, confirmando que um dos principais problemas de poluição do estuário continua a estar ligado a essas descargas, oriundas de linhas de água que substituem o saneamento básico e o tratamento adequado dos esgotos urbanos.

Estas preocupantes notícias comprovam a necessidade de continuarmos a nossa luta em prol da resolução eficaz dos problemas que a incúria, a inacção, o desinteresse de variados responsáveis, vão mantendo, interferindo, gravosamente, na qualidade do nosso património natural e na qualidade de vida dos cidadãos.

notícia completa (clicar sobre a imagem para a aumentar)