segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Esgotos devem ter tratamento terciário

No passado dia 20, o jornal PÚBLICO dava à estampa uma importante notícia sobre um estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA).
De acordo com o estudo, águas residuais urbanas tratadas nas respectivas estações podem disseminar bactérias multirresistentes a antibióticos que não são eliminadas no tratamento secundário que é feito.
Segundo explicou Alexandra Moura, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro, em Portugal só uma minoria das estações faz o tratamento terciário.
É o caso da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Freixo, no Porto, que já tem processos de ozonação e aplicação de lâmpadas de raios ultra-violeta.
Para ler o texto completo da notícia, pode clicar aqui.
Esta investigação acentua as razões pelas quais temos vindo a manifestar a nossa oposição à anunciada remodelação da ETAR do Meiral (que, actualmente, nem sequer um tratamento secundário de jeito efectua), sugerindo, em alternativa, a ligação do colector de esgotos que neste momento para lá encaminha os detritos, precisamente à ETAR do Freixo.
Perante esta sugestão, temos esbarrado com indiferenças e "passa-culpas" que não conseguimos compreender.
Mas ninguém, até hoje, conseguiu afirmar-nos que as nossas razões não são pertinentes. Então, se os técnicos comprovam a justeza dessas recomendações, por que é que os decisores políticos (e outros) não agem?

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Um parecer que nos dá razão

Noticiámos aqui a decisão da Câmara Municipal de Gondomar em aprovar um denominado Plano de pormenor do Centro  Cívico de Rio Tinto. Pronunciámo-nos contra esta decisão.
Recentemente, tivemos conhecimento do parecer da CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) sobre este Plano que, no essencial , o reprova.
Verificamos, assim, que temos razão quando nos opomos à “revolução imobiliária” que se projecta  para o Centro Cívico de Rio Tinto
Da leitura do citado parecer conclui-se, em primeiro lugar, que este Plano de Pormenor foi elaborado de modo apressado e inconsistente, desrespeitando a cada passo normas legais de entre as quais se destacam a pretensão da dispensa de avaliação ambiental, a reclassificação da utilização dos solos, o aumento significativo do índice de utilização e cérceas face ao previsto no PDM e a omissão dos resultados de participação pública o que não se pode aceitar por parte de um órgão autárquico com responsabilidades na gestão de espaços públicos, ainda para mais, como observa a CCDR-N “(…) prejudicando a CMG em favor de parcelas privadas”. Neste sentido, e para não irmos mais longe, poderemos falar em incompetência
O Movimento em Defesa do Rio Tinto, desde que tomou conhecimento deste Plano tem desenvolvido um conjunto de acções que visam a consciencialização da opinião pública para os graves prejuízos que resultariam, para a nossa cidade da sua concretização no terreno. O parecer da CCDR-N vem fortalecer a justeza das nossas posições.
E apresentamos alternativas capazes de valorizarem o Centro Cívico, no sentido de permitirem um usufruto saudável de espaços que não poderão ser invadidos por mais e mais betão.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Diligências junto da Águas de Gondomar e Câmara Municipal de Gondomar.

Conforme aqui referimos, uma delegação do Movimento em Defesa do Rio Tinto, fez hoje entrega de um documento sobre a ETAR do Meiral e de amostras de água do rio, na Empresa Águas de Gondomar e na Câmara Municipal de Gondomar.

Na Águas de Gondomar, a delegação foi recebida, no átrio, inicialmente por uma secretária da Administração e posteriormente por um outro elemento dos quadros da empresa.
Foi-nos dito que não seríamos recebidos pela Administração porque não estava prevista nenhuma reunião formal. No entanto o documento de que éramos portadores era recebido enquanto ficava assente que o Movimento iria solicitar uma reunião com os dirigentes superiores da empresa. As amostras de água, recolhidas antes e depois da ETAR foram igualmente recebidas.
Seguidamente, estivemos na Câmara Municipal, onde fomos recebidos, no salão nobre, pelo Presidente e Vice-Presidente.
O Presidente, em tom afável e cordial, começou por afirmar o seu desconhecimento das questões de ordem técnica que envolvem o funcionamento da ETAR, mas, após algumas explicações que lhe foram fornecidas pelo Movimento e de visualizar as amostras de água, disse compreender as nossas preocupações. Inclusivamente admitiu a eventualidade de que se possa, como nós próprios temos acentuado, gastar dinheiro inutilmente, numa altura em que o país está mergulhado numa grave crise económica.
No entanto, os dois autarcas presentes, remeteram as questões para a responsabilidade da Águas de Gondomar, empresa que se comprometeram a sensibilizar no sentido de serem concretizadas as melhores soluções, tendo em conta que o processo conducente à remodelação da ETAR já se encontra em fase adiantada.
De salientar a presença da Porto Canal e da RioTintoTV que cobriram o acontecimento (no interior da Águas de Gondomar não foram autorizados a colher imagens).

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Na próxima quarta-feira, em Gondomar

Como referimos no post anterior, na próxima quarta-feira, pelas 17 horas, uma delegação do Movimento em Defesa do Rio Tinto, estará na Câmara Municipal de Gondomar e na Empresa Águas de Gondomar, para fazer entrega de um documento que expressa  razões que cremos serem de toda a relevância no sentido de nos opormos ao dispêndio de verbas consideráveis, numa remodelação da ETAR de Rio Tinto, que, a nosso ver, será de todo ineficaz.
Como também dissemos, faremos acompanhar o documento de amostras de água recolhida antes e depois da ETAR, que ilustram bem os danos que este equipamento está a causar ao rio.
Esperamos, com esta acção, sensibilizar os decisores para uma alteração de rota que possa trazer soluções viáveis e eficazes que possam contribuir para a efectiva melhoria da qualidade do nosso rio. 

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Entrega de um documento sobre a ETAR do Meiral

Conforme temos frequentemente referido, a ETAR do Meiral, faz parte do problema da poluição do Rio Tinto em vez de fazer parte da solução. Aliás, estamos mesmo convencidos de que este equipamento jamais poderá ter um funcionamento adequado às características do rio. Por isso mesmo, discordamos frontalmente do vultuoso investimento programado para obras de remedeio desta ETAR, que vai ser, literalmente, dinheiro deitado por água abaixo.
Nesse sentido, e porque não desiste de procurar trazer à realidade os responsáveis e decisores que ainda estão a tempo de corrigir estes erros fulcrais, o Movimento em Defesa do Rio Tinto irá entregar-lhes um documento traduzindo as suas preocupações e  sugestões sobre esta matéria. Ao mesmo tempo, para comprovar, uma vez mais, a gravidade do problema, acompanhará o documento de amostras de água recolhida na rio, antes e depois da ETAR. Mesmo à vista desarmada, as diferenças na qualidade dessas águas, falam por si.
Esta entrega, à Empresa Águas de Gondomar e à Câmara Municipal de Gondomar. ocorrerá no próximo dia 15 de Fevereiro, pelas 17 horas.