Este é o título de uma notícia publicada no passado sábado no JN.
Em resumo, ali se reportava que a Empresa Águas de Gondomar foi condenada a pagar uma multa de 12 mil euros por ter sido responsável pela descarga de sete milhões de litros (diários) de efluentes não tratados no rio Tinto, vindos da ETAR que está sob a sua alçada, situação que ocorreu no final de 2013. A decisão foi tomada pela secção criminal do Tribunal de Gondomar
O nosso Movimento, oportunamente, alertou para mais este atentado, designadamente neste blog. Pode ler o post aqui.
Ainda de acordo com a notícia, os juízes referem que a empresa estava obrigada a comunicar à ARH Norte o início da ocorrência num prazo máximo de 24 horas mas só o fez passados seis dias e isto dada a cobertura mediática que, na sequência do nosso alerta, então ocorreu.
Esgoto a drenar diretamente para o rio (28-12-2013)
A Águas de Gondomar ainda tentou defender o indefensável, afirmando que houve um impacto nulo no ambiente...Mas a sentença contraria esse "argumento" dizendo que análises efectuadas seis dias depois do início da descarga provam o contrário. Ou seja, o rio foi mesmo poluído por quem tinha o dever de proteger e melhorar o ecossistema aquático que o rio constitui.
Ainda recentemente o diretor geral da AdG em entrevista dada a uma publicação de Gondomar afirmava que a ETAR de Rio Tinto funcionava da melhor maneira nada havendo de errado a apontar-lhe. Mesmo depois de ali terem sido gastos 4,5 milhões de euros que continuamos a dizer que foram dinheiro inutilmente desperdiçado.
Mas esta condenação e o facto de ter sido recentemente aprovado um projeto para construir um intersetor que conduzirá os efluentes vindos da ETAR diretamente para o rio Douro desmentem categoricamente aquelas afirmações. Que de tão surreais levam a interrogarmo-nos sobre as mais íntimas razões que as determinam. Deixamos aos nosso leitores uma possível resposta...
É por estas e por outras que o nosso Movimento é incómodo para alguma gente. Por não nos calarmos. Por não pactuarmos com desmandos e impunidades.
Reafirmamos que aquilo que nos move não é nenhuma agenda secreta ou qualquer interesse inconfessável, como, em desespero de causa, há quem teime em nos atribuir.. Pela defesa do rio Tinto como parte integrante e indissociável da cidade que amamos, faremos tudo o que estiver ao nosso alcance.Sempre com factos e opiniões tecnicamente fundamentadas, Mesmo que isso acarrete o risco de sermos vilipendiados por quem se sente atingido.
Esta sentença que aqui referimos dá-nos mais força para continuarmos a nossa luta. A FORÇA DA RAZÃO.
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domingo, 13 de março de 2016
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Um exemplo aqui tão perto
É hoje inaugurado o Parque da Devesa em Famalicão, concretização de um projeto que partiu da iniciativa da respetiva Câmara Municipal, com a participação de parceiros locais e financiamentos de verbas comunitárias. Trata-se de um espaço verde público de 23 hectares dotado de diversos equipamentos entre os quais se destacam um anfiteatro natural com 3000 lugares sentados, um moinho reconstruído e a chamada Casa do Território que acolherá os serviços educativos de apoio à interpretação do Parque.
Por motivos óbvios merece o nosso particular enlevo o facto do Parque da Devesa ser atravessado pelo rio Pelhe, um curso de água que esteve escondido do olhar dos famalicenses e que sofreu uma profunda requalificação e despoluição, tendo ganho, com esta intervenção, um lago artificial e várias cascatas.
Esta notícia vem demonstrar que é possível, em vez de investir em mais betão, em vez de ignorar as riquezas naturais que as localidades possuem, em vez de destruir ou atacar o património natural, apostar na criação de espaços postos ao serviços da comunidade e que melhoram decisivamente a qualidade de vida dos cidadãos.
Não são, pois, utópicos os apelos que o nosso Movimento tem lançado no sentido da reabilitação do nosso rio, da recuperação de peças importantes do nosso património construído, da construção de um parque natural no centro cívico de Rio Tinto, prolongando a Quinta das Freiras, tornada um pólo centralizador de uma nova visão para este local que poderia e deveria ser um emblema verde da cidade.
Assim haja vontade política e verdadeira vontade de servir as populações e as "utopias" passam a ser realidade.
Seria bastante útil que a Câmara Municipal de Gondomar pudesse ler com atenção esta notícia e refletir sobre a sua própria inatividade na área ambiental.
Para conhecer mais pormenores deste parque, clique aqui.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Esgotos devem ter tratamento terciário
No passado dia 20, o jornal PÚBLICO dava à estampa uma importante notícia sobre um estudo desenvolvido por uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA).
De acordo com o estudo, águas residuais urbanas tratadas nas respectivas estações podem disseminar bactérias multirresistentes a antibióticos que não são eliminadas no tratamento secundário que é feito.
Segundo explicou Alexandra Moura, do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) da Universidade de Aveiro, em Portugal só uma minoria das estações faz o tratamento terciário.
É o caso da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) do Freixo, no Porto, que já tem processos de ozonação e aplicação de lâmpadas de raios ultra-violeta.
Para ler o texto completo da notícia, pode clicar aqui.
Esta investigação acentua as razões pelas quais temos vindo a manifestar a nossa oposição à anunciada remodelação da ETAR do Meiral (que, actualmente, nem sequer um tratamento secundário de jeito efectua), sugerindo, em alternativa, a ligação do colector de esgotos que neste momento para lá encaminha os detritos, precisamente à ETAR do Freixo.
Perante esta sugestão, temos esbarrado com indiferenças e "passa-culpas" que não conseguimos compreender.
Mas ninguém, até hoje, conseguiu afirmar-nos que as nossas razões não são pertinentes. Então, se os técnicos comprovam a justeza dessas recomendações, por que é que os decisores políticos (e outros) não agem?
quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
5ª CAMINHADA PELO RIO TINTO
As Caminhadas Pelo Rio Tinto têm sido pontos altos da luta por um rio mais limpo, menos agredido, disponível para usufruto saudável das populações.
Ao longo das quatro edições que já contabilizamos, vários milhares de pessoas deram voz a esta luta, que tem de continuar a ser empenhada, persistente, tenaz.
No ano passado, por razões conjunturais, não realizámos esta iniciativa.A ela voltamos em 2012. Assim, marque desde já na sua agenda o dia 25 de Março para estar presente na 5ª Caminhada Pelo Rio Tinto. Mais pormenores sobre este evento serão dados oportunamente.
domingo, 11 de dezembro de 2011
Prevista uma Manhattan para o antigo Mercado
Na sua edição de hoje, o Jornal de Notícias insere uma extensa reportagem, sugestivamente intitulada " Prevista uma Manhattan para o antigo mercado" em que se aborda a intenção já aqui amplamente denunciada, de se construirem, no Centro Cívico de Rio Tinto, quatro torres de 11 andares.Transcrevemos:
"A Câmara Municipal de Gondomar aprovou, em Abril, uma proposta para o Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto, que permite construir, no terreno do antigo mercado e para onde estava previsto o novo Fórum Municipal, quatro torres de 11 andares. Autarca nega.
O documento, a que o JN teve acesso, foi aprovado pela maioria presidida pelo major Valentim Loureiro, contou com os votos contra do PS e abstenção dos dois vereadores do PSD. Nele consta a proposta, da autoria do vice-presidente da Câmara, José Luís Oliveira, de entregar o terreno para a construção de quatro prédios de 11 andares cada um, a fazer lembrar uma espécie de Manahattan."
E mais adiante:
"Contactado pelo JN, o vice-presidente da Câmara nega qualquer edificação: "Está a decorrer a realização do Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto, por uma empresa estranha à Câmara e só dentro de um ano ou mais é que saberemos o que para ali será proposto" assegurou José Luís Oliveira, que apelida de "velhos do Restelo" quem "anda por aí a inventar mentiras dessas "."
Realçamos, com muito agrado, esta notícia que dá voz a justas preocupações dos riotintenses.
Mas, ao mesmo tempo, não podemos deixar de ficar estarrecidos de espanto pela forma como o vice-presidente da Câmara quer "tapar o sol com a peneira". E fá-lo de modo tão contraditório que é traído pela sua própria linguagem. Assim, já é conhecido o uso da expressão "velhos do Restelo" a propósito daqueles que se opõem à edificação de projectos que ofendem princípios de defesa do ambiente. Então, nestas palavras do edil está subentendido que há quem se esteja a opor ao "progresso" leia-se "progresso imobiliário". A história de episódios ocorridos por esse país mostra aliás que,quando se trata de abater sobreiros, ou ocupar solos com outra vocação, ou ignorar leitos de cheia, ou passar por cima de reservas ecológicas, ou ... para implantar mais umas toneladas de betão, quem não concorda será sempre apelidado de "velho do Restelo" em nome de uma pseudo-modernidade que é, ela sim, retrógrada, inconveniente e dispensável.
E quem anda por aí a inventar mentiras?
Será mentira que a Câmara de Gondomar reuniu a 7 de Abril e aprovou uma proposta sobre o Centro Cívico de Rio Tinto?
Será mentira que nessa mesma reunião se registou uma declaração de voto dos vereadores socialistas que se insurgiam contra a edificação de "um espaço destinado a edifício de RC+11 andares"?
Será mentira o que as actas da reunião da Câmara reportam?
Será o JN mentiroso?
Será a nós, Movimento em Defesa de Rio Tinto que o autarca se quer referir como "velhos do Restelo" e "mentirosos"?
Pela nossa parte, não nos incomodamos com este tipo de afirmações, no mínimo pouco convenientes e que parecem deixar transparecer a irritação de quem não gosta de ver publicitados propósitos sobre os quais gostaria que se registasse o menor ruído possível.
Mas, pode crer que, seguros de estarmos a defender a integridade patrimonial e ambiental da cidade que amamos, não calaremos a nossa voz de denúncia e indignação.
Nota- a reportagem do JN (os nossos parabéns ao importante órgão de informação) é ilustrada por uma sugestiva imagem obtida nos terrenos do antigo mercado, em que se vêem as duas placas ali colocadas pelo nosso Movimento. Mas, por concidência, foi também apanhada uma publicidade de um circo em que se destaca, em letras garrafais, a palavra "piranhas". Ora, sabendo-se da voracidade destes animais, não deixa de ser irónica a coincidência... É que há por aí outras voracidades...
"A Câmara Municipal de Gondomar aprovou, em Abril, uma proposta para o Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto, que permite construir, no terreno do antigo mercado e para onde estava previsto o novo Fórum Municipal, quatro torres de 11 andares. Autarca nega.
O documento, a que o JN teve acesso, foi aprovado pela maioria presidida pelo major Valentim Loureiro, contou com os votos contra do PS e abstenção dos dois vereadores do PSD. Nele consta a proposta, da autoria do vice-presidente da Câmara, José Luís Oliveira, de entregar o terreno para a construção de quatro prédios de 11 andares cada um, a fazer lembrar uma espécie de Manahattan."
E mais adiante:
"Contactado pelo JN, o vice-presidente da Câmara nega qualquer edificação: "Está a decorrer a realização do Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto, por uma empresa estranha à Câmara e só dentro de um ano ou mais é que saberemos o que para ali será proposto" assegurou José Luís Oliveira, que apelida de "velhos do Restelo" quem "anda por aí a inventar mentiras dessas "."
Realçamos, com muito agrado, esta notícia que dá voz a justas preocupações dos riotintenses.
Mas, ao mesmo tempo, não podemos deixar de ficar estarrecidos de espanto pela forma como o vice-presidente da Câmara quer "tapar o sol com a peneira". E fá-lo de modo tão contraditório que é traído pela sua própria linguagem. Assim, já é conhecido o uso da expressão "velhos do Restelo" a propósito daqueles que se opõem à edificação de projectos que ofendem princípios de defesa do ambiente. Então, nestas palavras do edil está subentendido que há quem se esteja a opor ao "progresso" leia-se "progresso imobiliário". A história de episódios ocorridos por esse país mostra aliás que,quando se trata de abater sobreiros, ou ocupar solos com outra vocação, ou ignorar leitos de cheia, ou passar por cima de reservas ecológicas, ou ... para implantar mais umas toneladas de betão, quem não concorda será sempre apelidado de "velho do Restelo" em nome de uma pseudo-modernidade que é, ela sim, retrógrada, inconveniente e dispensável.
E quem anda por aí a inventar mentiras?
Será mentira que a Câmara de Gondomar reuniu a 7 de Abril e aprovou uma proposta sobre o Centro Cívico de Rio Tinto?
Será mentira que nessa mesma reunião se registou uma declaração de voto dos vereadores socialistas que se insurgiam contra a edificação de "um espaço destinado a edifício de RC+11 andares"?
Será mentira o que as actas da reunião da Câmara reportam?
Será o JN mentiroso?
Será a nós, Movimento em Defesa de Rio Tinto que o autarca se quer referir como "velhos do Restelo" e "mentirosos"?
Pela nossa parte, não nos incomodamos com este tipo de afirmações, no mínimo pouco convenientes e que parecem deixar transparecer a irritação de quem não gosta de ver publicitados propósitos sobre os quais gostaria que se registasse o menor ruído possível.
Mas, pode crer que, seguros de estarmos a defender a integridade patrimonial e ambiental da cidade que amamos, não calaremos a nossa voz de denúncia e indignação.
Nota- a reportagem do JN (os nossos parabéns ao importante órgão de informação) é ilustrada por uma sugestiva imagem obtida nos terrenos do antigo mercado, em que se vêem as duas placas ali colocadas pelo nosso Movimento. Mas, por concidência, foi também apanhada uma publicidade de um circo em que se destaca, em letras garrafais, a palavra "piranhas". Ora, sabendo-se da voracidade destes animais, não deixa de ser irónica a coincidência... É que há por aí outras voracidades...
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