sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Ainda que ilusioriamente inelutável

Neste espaço, para além de notícias, apelos, desabafos, ecos das actividades do MoveRioTinto, há também lugar para darmos à estampa, colaborações diversas que nos cheguem, directa ou indirectamente relacionadas com o nosso rio ou com a defesa do ambiente em geral.

Neste contexto, divulgamos hoje um texto poético da autoria de Carlos Duarte Magalhães:

Ainda que ilusoriamente inelutável
Não te deixaremos cair no esquecimento.
Sim rio Tinto, o esquecimento!
Esse mal, “o maior mal do mundo”...
Por ti...
Combateremos contra a forma decadente que te impõem,
Não apenas de faz-de-conta, mas visivelmente hipócrita.
Por ti,
Denunciaremos os invisíveis duplos e cúmplices dos actos
Que te menosprezam e agridem, e te escondem.
Por ti...
Empregaremos o espírito e a ousadia de te enaltecer
Por ti
Arriscaremos desfazer o cepticismo, o cinismo
E o bom-senso político-cultural, que de ti nos tem afastado
E permitem, que sejas um escudo útil.
De escudos lembras-te tu
E melhor que ninguém!
E dos homens que, empunhando-os caíram
E te mancharam com o seu sangue.
E tu, rio Tinto,
Continuaste a correr lavando a dor e de cabeça erguida,
Foste fonte de vida e pão dos homens que te adoptaram.
Por ti, rio Tinto,
Estaremos contigo!
Por ti perguntamos,
Quando se dispõe a turba, a multidão que te fere,
A abrir-te a porta do “bunker” em que te querem meter?


Carlos Duarte Magalhães

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Mais ecos

Continuamos a divulgar ecos que a iniciativa do Movimento em Defesa do Rio Tinto junto do DIAP motivou.
Hoje referimos a crónica do ambientalista Bernardino Guimarães, publicada no Jornal de Notícias, no passado dia 10.
Transcrevemos a parte inicial deste texto:
"A denúncia de graves atentados contra o rio Tinto na construção da linha de metro de Gondomar, apresentada por cidadãos agrupados no Movimento em Defesa desse rio, revelou novos casos de insensibilidade ambiental. O entubamento de rios e ribeiros não é prática que se possa considerar defensável. Necessário é, pelo contrário, renaturalizar os cursos de água e suas margens, tornar esses «corredores ecológicos» por excelência, acessíveis ao pleno usufruto público, cumprindo as suas funções naturais.O que se passa, pelos vistos, no rio Tinto parece recuperar atitudes e processos errados, comprovadamente lesivos do património natural e do próprio bem-estar das populações.Mais doloroso é ainda constatar isso, tratando-se das obras de construção de mais um eixo essencial na expansão do Metro do Porto, indispensável e de inegáveis efeitos positivos, sociais e ambientais. Razão que deveria acrescer ao cuidado com que são olhadas e tratadas as realidades do meio que é afectado pelo novo traçado. Responsabilidade maior para uma empresa que pretende resultados excelentes em termos de boas práticas ambientais."

Pode ler o texto completo aqui.

Para além das felicitações ao autor, pelo excelente e oportuno texto, o nosso Movimento agradece mais esta demonstração de solidariedade do ambientalista.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quem estará “confundido”?

A iniciativa do Movimento em Defesa do rio Tinto junto do DIAP e de outras instituições, teve ecos em diversos órgãos de comunicação, conforme já aqui referimos. Hoje, acrescentamos à lista, o jornal Vivacidade, publicado no Concelho de Gondomar.
Este jornal dedica uma página completa ao assunto, num artigo para o qual mobilizou a participação de diversas entidades. Entre elas, o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto que, citado pelo Vivacidade, afirma:
" Não há qualquer entubamento…" e "… conseguimos alterar o projecto inicial de construção da Linha do Metro que previa entubar o rio entre a Lourinha e a Campainha".
Mais adiante, o autarca diz não entender a posição do Movimento em Defesa do Rio Tinto:
"Admito que seja apenas confusão por verem agora, durante a obra, o leito desviado".
E, ainda:
"… desde que cheguei à Junta, no final de 2005, sempre fiz tudo para minimizar os impactos negativos da vinda do Metro, como, por exemplo, evitar que se entube mais o rio Tinto".
Estas declarações do Presidente da Junta, deixam-nos estupefactos.
Com efeito, afirmar que não há qualquer novo entubamento, quando a própria empresa Metro do Porto admite:
"A substituição da ponte das Perlinhas, imposta pela Comissão de Avaliação Ambiental, obriga ao entubamento de cerca de 60 metros do rio, informou a Metro do Porto. ". (Ver notícia do JN )
O Senhor Presidente da Junta nega as evidências que qualquer cidadão poderá constatar "in loco". Aproveitando para fazer passar a imagem de que é alguém influente e decisivo, que se move com grande à-vontade nos bastidores da obra.
Mas denegrir a imagem do nosso Movimento é algo com que não nos conformaremos.

Será que, quando a Metro admite o entubamento de um troço do rio, está, também confusa? Será que o que vemos na zona das Perlinhas, e que a imagem seguinte novamente comprova, é pura ilusão de óptica?

foto Move Rio TintoQuem estará, afinal, confundido?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Visita guiada às obras do Parque Oriental do Porto

A Campo Aberto – Associação de Defesa do Ambiente organizou no dia 8 de Novembro uma visita ao Parque Oriental do Porto, guiada pelo Prof. Sidónio Pardal, arquitecto paisagista e autor do Parque da Cidade do Porto.
Este projecto será uma enorme mais-valia para revitalizar a região oriental da cidade do Porto. Rio Tinto faz fronteira com a referida zona e, em muito, beneficiará com a criação deste espaço.
Como todos sabemos, a poluição não respeita fronteiras naturais ou administrativas. Para que esse projecto atinja toda a sua plenitude a despoluição do rio Tinto é, verdadeiramente, fundamental.
Na visita, ouvimos o Prof. Sidónio Pardal referir-se às intervenções que vão ser efectuadas nas margens do rio Tinto de modo a torná-lo muito mais visível e fundamental no cenário do Parque Oriental (alargamento de margens e criação de desníveis no leito de cheia). Claro que tudo isso só será viável com a despoluição, efectiva, do rio Tinto. Ninguém defenderá a construção de um Parque atravessado por um esgoto a céu aberto.
Muito há a fazer para que o rio Tinto atinja a qualidade desejada. Temos um longo caminho pela frente e esperamos que seja agora que as Câmaras Municipais, dos concelhos atravessados pelo rio Tinto, metam mãos à obra.

foto MoveRioTinto

foto MoveRioTinto
foto MoveRioTinto

domingo, 8 de novembro de 2009

Mais um crime contra o rio

Descargas ilegais no rio Tinto pintam de branco água na marina do Freixo

As águas da marina do Freixo, no Porto, voltaram a pintar-se de branco na noite do domingo. As descargas ilegais no rio Tinto sucedem-se e a poluição desagua no Douro, matando peixes e danificando os cascos das embarcações. A direcção da marina tem alertado as autoridades para a ilegalidade, contudo nada se alterou.
É contra este e outros atentados contra o rio que dá nome à nossa terra que continuaremos a existir e, porventura, a incomodar aqueles que, por inacção ou silêncio, são coniventes com os desmandos.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Intervenção no Porto Canal

Para além dos órgãos de comunicação que referimos no post anterior, também o Porto Canal fez uma reportagem sobre as questões relacionadas com as obras do Metro e sua interacção com o rio Tinto.
Aqui apresentamos a intervenção do Movimento em Defesa do Rio Tinto, que passou no Telediário dquela estação, no dia 5 de Novembro passado.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Ecos

Relativamente à exposição que o nosso Movimento remeteu ao DIAP e outras entidades, registámos, com agrado, as referências que órgãos de comunicação fizeram ao assunto nas suas páginas.
Nomeadamente, o Jornal de Notícias, publicou uma página inteira (ler aqui) e também o Público tratou extensamente a questão (ver texto aqui).
Entretanto, outros órgãos de comunicação social manifestaram interesse em aprofundar o sentido desta nossa iniciativa.
Pelos ecos que estamos a recolher, sentimos que a nossa actuação continua a fazer todo o sentido. Porque, para além de sensibilizar uma mais vasta audiência para as graves questões ambientais que se detectam em torno do nosso rio, esta actuação obrigou a Metro do Porto a vir a terreno apresentar "justificações" e "explicações" a que, durante meses e meses, se furtou, apesar das inistências do nosso Movimento no sentido de nos ser concedida uma reunião para obtermos, da fonte original, respostas para as muitas inquietações que a obra nos foi suscitando.
Não iremos, por agora, comentar essas "justificações". Realçaremos, entretanto, que a Metro confirma, para já, o entubamento de mais "sessenta metros" do rio.