terça-feira, 28 de abril de 2009
Quando chegará a nossa vez?
" Os municípios de Paços de Ferreira, Paredes, Valongo e Gondomar iniciaram ontem um projecto de requalificação ambiental do rio Ferreira, um dos mais poluídos do distrito do Porto.
...
O território inclui zonas classificadas na Rede Natura 2000, desde a nascente, em Paços de Ferreira, até à confluência com o rio Sousa, em Gondomar, mas também zonas muito industrializadas, sobretudo empresas de mobiliário. Os quatro presidentes de câmara- os sociais-democratas Pedro Pinto (Paços de Ferreira) Celso Ferreira (Paredes) e Fernando Melo (Valongo) e o independente Valentim Loureiro (Gondomar)-assinaram ontem, na freguesia de Ferreira, Paços de Ferreira, o protocolo. O objectivo principal da iniciativa, que é inspirada na recuperação ambiental do rio Leça, realizada pelo município de Valongo, passa pela reabilitação ambiental de toda a bacia do rio Ferreira, abrangendo 183 quilómetros quadrados, onde residem cerca de 150 mil pessoas".
(JN 24 de Abril 2009)
Mais pormenores aqui.
Perguntamos nós: para quando uma notícia semelhante, a propósito do nosso rio Tinto?
sábado, 25 de abril de 2009
quarta-feira, 22 de abril de 2009
Mais um desacato que não pode ficar impune
domingo, 19 de abril de 2009
Fomos cerca de meio milhar
Começámos por vestir a camisola. ..
Tivemos o apoio da Câmara Municipal de Gondomar, Lipor e Junta de Freguesia de Rio Tinto
O Paulo Silva, em nome do Move Rio Tinto, deu ínicio ao programa.
Em seguida, o Carlos Duarte leu uma mensagem inicial, de que daremos conta mais pormenorizada em futuro post.
O Engº Pedro Teiga, sempre presente nas nossas iniciativas, deu algumas indicações e orientou breves exercícios de relaxamento.
Foram entregues, aos representantes do Centro Social de Soutelo, os prémios relativos ao concurso de bonecos promovido no âmbito desta caminhada.
E começou a caminhada
Percorremos ruas da cidade, com várias gerações unidas por uma mesma causa.
Andámos pelas margens do nosso rio
Formámos uma extensa fila
Do concelho de Gondomar, passámos para o do Porto .
No, final, após cerca de uma hora e meia de caminhada, tínhamos a sensação do dever cumprido.
Teremos de caminhar mais vezes para exigir, não apenas palavras,mas acções, que despoluam o rio Tinto e requalifiquem as suas margens?
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Eu apoio a Terceira Caminhada
Para além de muitas outras individualidades, de modo implícito ou explícito, declararam já o seu apoio à Terceira Caminhada em Defesa do Rio Tinto :
Pedro Teiga
Joaquim Castro Neves - Vereador CMG
Fernando Leite - Administrador Delegado da Lipor
Fátima Silva
Lígia Bastos
Marco Martins- Presidente da J.F.Rio Tinto
Adelaide Sousa
Adérito Machado
Fina d´Armada
Albertina Vieira
Serafim Faria
Cristina Nogueira
João Silva
Paulo Teixeira de Sousa
João Moura
Joaquim Marinho
Nuno Fonseca
Rui Vaz de Carvalho
Lígia Guimarães
Diamantino Moreira
Ana Portugal
Filipa Silva
Marta Catarina Costa
Paulo Silva
Luiz Pinto
Carlos Duarte
Marta Macedo
Manuel Macedo
Eugénia Faria
António Moreira
Fernando Soares
Pimenta Dias
Martins Augusto
Anabela Vieira
Francisco Gomes
Odele Souza
Paula Raposo
Wind
Fatyly
Isabel Filipe
Francisco
João Monge
Addiragram
Fernando Vilarinho
João Crespo
Madalena Marinho
Cátia Teixeira
Belmiro Teixeira
Augusta Teixeira
Alfredo Correia
Paula Teixeira
Se também nos dá o seu apoio e ainda não consta desta lista, deixe, na caixa de comentários uma breve mensagem e o seu nome será adicionado.
quinta-feira, 16 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 23 (encerramento)
“ A melhor maneira de tratar questões ambientais é assegurar a participação, no nível apropriado, de todos os cidadãos interessados. [...] Os Estados devem facilitar e estimular a consciencialização e a participação pública, colocando a informação à disposição de todos”.
A cidadania será de novo activada através da Caminhada em Defesa do Rio Tinto tentando refrear a destruição de séculos de história e de recursos ambientais únicos. Acreditamos nos bons resultados desta acção e no dever de não desistir, apesar de um elevado nível de desconfiança que as (más) decisões continuam a gerar.
É certo que não teremos um rio despoluído e vivo enquanto não forem construídas as infra-estruturas de água e esgotos que garantam uma resposta e enquanto não houver um bom planeamento com o envolvimento e a participação das populações.
Esta conclusão é transversal a quase todas as opiniões recolhidas pelo Movimento e veiculadas no “blog”. Por várias formas, ficou cimentada a ideia de que a riqueza, a memória, a cultura e o potencial ambiental do vale do rio Tinto, só acontecerá, quando ocorrer acção concreta, para a despoluição e a classificação do mesmo como património natural e cultural.
Lamentamos muito, mas em vários níveis de decisão, não encontramos, a coerência e o consenso que estas opiniões transmitiram. Que se passa então?
De facto, fala-se de intenções e quase nada se tem conseguido. A pressão continua sobre o rio, prossegue um “ordenamento” de mau gosto e falta transparência a muitas resoluções. Infelizmente insiste-se, numa certa visão de “pilhagem” (espécie de direito instituído) e afectação de recursos com potencialidades ambientais e naturais, a uma certa “elite” económica e política. Elege-se a política do facto consumado e espera-se que o mesmo se imponha na realidade.
Para garantir a qualidade e o futuro ao rio e poder usufruir de todo o seu potencial natural, é necessária das autoridades, uma diferente gestão, melhores estratégias e determinação, captar os financiamentos e avançar no terreno. Não é admissível que as águas corram poluídas, não se consigam vencer os esgotos nefastos à vida e à utilização do rio Tinto e se continue a maltratar a paisagem.
Aos problemas responde-se com soluções.
No Domingo, através da nossa participação, do dever da defesa do ambiente e do direito ao nosso rio Tinto, vamos dar “um pequeno mas importante passo”. Quantos mais, formos mais força o rio terá!
O caminho é exigir de nós mesmos acções concretas, eventualmente mudando alguns hábitos. O caminho é exigir rigor e transparência a quem decide e que as escolhas e as prioridades sejam no interesse colectivo.
Gostaríamos muito de anunciar uma Caminhada para assinalar um rio despoluído, com margens cuidadas e naturalizadas. Gostaríamos de partilhar a real despoluição e reabilitação do rio, baseada em critérios de protecção e qualidade ambiental, em responsabilidade social e novas formas de decisão e envolvimento das pessoas. Gostaríamos de ver a aplicação dos simpáticos e belos planos encadernados e de estudos caríssimos, que não têm evitado o desordenamento e a perda de identidade do território.
Havemos de o conseguir, porque não vamos desistir de o conseguir.
Além do contacto com belos espaços naturalizados e desconhecidos da imensa maioria, que urge classificar como de interesse ambiental, a 3ª Caminhada servirá para reclamar medidas concretas, que:
- concluam a rede de esgotos, torne eficazes os sistemas de tratamento e garantam a reabilitação do rio, valorizem a memória, o património e a sua história;
- reconheçam aos cidadãos, (que não são um obstáculo) o direito fundamental de se pronunciarem em qualquer altura sobre os processos, cujas decisões, devem assentar em trabalho técnico sério e indiscutivelmente reconhecido;
- confiram um uso racional do território, para que seja plena e livremente adoptado pelos cidadãos como um bem público, cujos custos, ao serem suportados por todos,
a todos tragam benefícios.
Todos à
3.ª Caminhada em Defesa do Rio Tinto
Então, até Domingo!
terça-feira, 14 de abril de 2009
Terceira Caminhada- Depoimentos 22
Então porque o rio Tinto está poluído e porquê a decisão do entubamento?
Infelizmente, devido à fraca qualidade dos nossos políticos e governantes e à falta de educação ambiental das populações, os rios tornam-se progressivamente em paisagens cada vez mais degradadas. Com o crescimento das cidades, são descarregados todo o tipo de resíduos sólidos e esgotos, em proporções cada vez maiores , acompanhando o crescimento da cidade. Com o seu apetite voraz, a cidade vai ocupando as zonas ribeirinhas, eliminando toda a vegetação associada ao rio, até modificar completamente as suas margens com a introdução de paredes de betão. A degradação da qualidade da água será o mote para o entubamento total do rio e para a ocupação definitiva do seu espaço, fazendo-o desaparecer completamente do mapa da cidade.
O rio, ao invés de ser fonte natural de água (o componente mais importante do nosso planeta e sem o qual simplesmente não existira a vida) e fonte de vida (habitat para muitas espécies de animais, vegetais e outros microrganismos) passa simplesmente a ser um obstáculo a ser transposto.
O que fazer para ter um rio despoluído?
A tarefa de despoluição de um rio é possível por uma questão muito simples. O rio é um sistema dinâmico e cheio de vida e portanto com capacidade de se regenerar.
Em condições normais, os rios têm um elevado poder de depuração. Os microrganismos aeróbios, que se encontram normalmente na água, serão responsáveis pela biodegradação da matéria orgânica (principal constituinte dos esgotos). Para este efeito estes pequenos organismos necessitam utilizar o oxigénio que se encontra dissolvido na água. Quando se dá uma descarga excessiva de esgotos no rio, a concentração de matéria orgânica aumenta consideravelmente. Devido ao excesso de alimento disponível, os microrganismos aeróbios vão-se multiplicar e continuar a alimentar-se dessa matéria orgânica, provocando a diminuição acelerada do oxigénio dissolvido na água. Sem oxigénio, todos os outros seres vivos mais desenvolvidos, como os peixes, morrerão por asfixia.
Nota: Como exemplo, foco um caso noticiado de uma empresa de suinicultura que optou por livrar-se dos seus resíduos num rio próximo durante a noite. Como resultado, no dia seguinte pela manhã encontraram-se milhares de peixes mortos a boiar nas águas do rio, pondo a descoberto o crime ambiental cometido na noite anterior.
Depois dos seres vivos mais desenvolvidos já terem morrido por asfixia, até os próprios microrganismos aeróbios sofrerão com a ausência de oxigénio. Estes darão lugar aos microrganismos anaeróbios que não necessitam de oxigénio para se alimentarem da matéria orgânica presente na água. O particular destes microrganismos é o facto de ao degradarem a matéria orgânica produzirem sulfureto de hidrogénio que além de acidificar a água será responsável por um odor forte e desagradável, vulgarmente conhecido “cheiro a ovo podre”.
Nota: Existem ferramentas analíticas para determinar o nível de poluição das águas de um rio. A principal é a determinação de um parâmetro denominado carência bioquímica de oxigénio (CBO5) que dá-nos uma ideia do nível de poluição por comparação com valores de referencia. A CBO é definida como a quantidade de oxigénio dissolvido na água, que será consumida pelos microrganismos aeróbios ao degradarem a matéria orgânica.
Com efeito, é de extrema importância a identificação de todos os focos de poluição e a construção de um sistema de saneamento básico capaz, que permita a recolha e a condução das águas residuais, que antes iam desaguar no rio, para uma estação de tratamento de águas residuais (ETAR). Desta forma eliminamos pela raiz a parte mais importante do problema.
A alteração das margens dos rios é outro erro grave. Necessitamos dar ao rio espaço para se expandir, pois o rio passa por ciclos de cheias e secas em sintonia com as estações do ano. A substituição dos solos e da vegetação ribeirinha por paredes e leitos de betão ou até mesmo entubamento total do rio impede a infiltração da água nos solos, aumentando o caudal do rio e agravando ainda mais os problemas associados às cheias. Além disso, são nas zonas adjacentes ao rio que muita vida se desenvolve e um rio desprovido de vida animal e vegetal perde capacidade de auto-regeneração o que conduzirá à morte completa do rio, transformando-o definitivamente num grande tubo de esgoto.
O que ganhamos com um rio despoluído a passar pela nossa cidade?
É sinónimo de qualidade de vida para Rio Tinto, um rio despoluído em harmonia com zonas verdes que funcionem como corredor biológico para aves e outras espécies de animais, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar. Simultaneamente, ganhamos novas zonas de recreio, uma melhor paisagem e uma valorização sem precedentes para a nossa cidade.
Só temos a ganhar com a despoluição do rio! Por este motivo, convido-vos a associarem-se à caminhada pelo rio Tinto no próximo dia 19 de Abril. Vamos conhecer melhor o nosso rio e divulgar as enormes vantagens em obtermos UM RIO VIVO!
Rio Tinto, Abril 2009
Luiz Mesquita Pinto - MoveRioTinto
Investigador estudante de doutoramento em Química Orgânica
Actividades nas escolas
Escola E.B. 2.3 de Rio Tinto
Convidados:
AdDP (Projecto Mil Escolas) - Dr. João Roseira
Projecto Rios - Engº Pedro Teiga (a confirmar)
Movimento em Defesa do Rio Tinto
Avert - Dra. Aurora Vieira
Programa:
21h15 - Recepção
21h30 - Abertura (prof. Francisco Moreira e alunos do 6D)
21h35 - Dra. Aurora Vieira (Avert)
21h45 - Dr. João Roseira (AdDP e Projecto Mil Escolas)
22h00 - Alunos 6D e prof. Serafim Faria (Demonstração de Educação Física)
22h20 - MoveRio Tinto
22h35 - Engº Pedro Teiga (Projecto Rios)
22h50 - Alunos 6D (apresentação das actividades de AP)
23h00 - Alunos 6D (Momento Musical)
23h15 - Encerramento
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Terceira Caminhada- Depoimentos 21
Salvar o rio é possível
O Movimento em Defesa do Rio organiza a 3ª Caminhada pelo Rio Tinto no próximo dia 19 de Abril, com partida às 10 horas da praceta do Parque Nascente.
O rio Tinto voltará ao centro das atenções, porque continua (apesar de poluído e desprezado) a ser um símbolo mobilizador e catalisador da cidade de Rio Tinto, porque se trata de um recurso natural a preservar.
Sabemos da descaracterização da cidade nas últimas décadas, da perda da sua identidade, da sua transformação num enorme dormitório desorganizado sob o ponto de vista urbanístico e social. O saudável orgulho dos riotintenses, desapareceu soterrado por urbanizações desordenadas, o desrespeito pelos recursos naturais, a ausência de estruturação de espaços de fruição e utilidade pública e a falta infra-estruturas de apoio social e cultural.
Acredito porém, que chegou a altura de salvar o rio Tinto. E, numa época em que a auto-estima está em valores muito baixos, é necessário encontrar projectos mobilizadores que incutam esperança no futuro.
Salvar o rio, é recuperar a vontade desta terra se reafirmar, ter vida própria, distinta das demais e ciente dos valores históricos e ambientais que urge revitalizar. Salvar o rio, é realizar as soluções técnicas que o permitam, é garantir uma cobertura de esgotos a 100%. Salvar o rio, é solucionar os problemas causados pela ETAR de Rio Tinto (estação de tratamento de águas residuais) cuja qualidade tratamento é mais do que duvidosa. Salvar o rio, é estabelecer uma fiscalização séria e eficaz das ligações dos efluentes industriais. Salvar o rio, é desenvolver uma consciência de que todos somos parte da solução, fazendo as necessárias ligações dos esgotos domésticos às linhas de saneamento municipal. Salvar o rio, é estarmos despertos, é mantermos a exigência.
Em diversos momentos nas suas aparições públicas e nos domínios da imprensa, os poderes políticos e administrativos, têm rompido aqui e ali o seu encavacado silêncio sobre o rio Tinto jurando resultados práticos. Mas nos gabinetes (dos respectivos órgãos de poder) continuam a negar-se (até hoje) à sua concretização. E mais recentemente declararam de novo, atenção e mais disposição para resolver o problema.
Não me recordo de tamanha unanimidade e da vantagem que isso representa. Mas tal implicação tem de resultar em acção, em projectos no terreno. A falta de recursos financeiros não desculpa tudo: há que fazer opções e concluir uma eficaz rede de esgotos global, há que assumir esta campanha com todos os riotintenses.
São já muito significativos os passos dados pelo Movimento, escolas e outras entidades pela despoluição e reabilitação do rio e por uma modificação da atitude perante os graves problemas ambientais. As mentalidades mudam-se através de ideias e mensagens que motivem a acção.
Há mais de vinte séculos, os romanos, civilização culta e desenvolvida (que por estas bandas também edificaram) tinham o culto da água, desenvolveram as suas cidades com eficazes redes de esgotos e requintadas zonas balneares. Se voltassem, certamente ficariam surpreendidos com o desprezo e abandono a que fomos votando o rio Tinto a sua bacia hidrográfica.
Não há alternativa. Não é possível continuarmos a varrer o lixo para baixo do tapete. Do mesmo modo que não basta colocar um pouco de perfume; é sobretudo necessário tomar banho.
Daí que só uma elevada participação poderá activar a decisão em direcção à reabilitação do rio, valorização e requalificação do património natural e cultural.
Paulo Silva
Move Rio Tinto
domingo, 12 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 20
Na minha opinião, o Rio Tinto tem de ser despoluido pois é o ex-líbris da cidade. É a ele que a cidade deve o nome...e é muito triste que alguém nos pergunte a origem do nome da nossa cidade e não possa ver de onde ele surgiu.
Eu já não pude ver o Rio Tinto a correr em águas limpidas e com peixes, contudo gostava muito que as gerações futuras pudessem herdar um rio límpido, cheio de vida, perto do qual as familias tivessem oportunidade de usufruir de momentos de lazer. Momentos estes que não se poderão realizar junto a um rio poluído, que cheira mal e/ou está entubado...
Sei que este é um desejo que exige reunir muitos esforços, mas é precisamente por isso que se irá realizar a "3ª Caminhada pelo Rio", no qual os riotintenses têm de demonstrar o seu desejo por um rio despoluído. Está nas nossas mãos demonstrar ao poder politico aquilo que queremos, por isso contamos com cada riotintense na "3ª Caminhada pelo Rio"!
Marta Catarina Soares Costa - 21 anos,estudante.
sábado, 11 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 19
"Ainda me lembro dos tempos, em que os meus avós e pais contavam histórias sobre o Rio Tinto. Nele, tomavam banho, lavavam a roupa e brincavam com os peixes, perto da Levada...
Agora, vemos um rio triste, sujo e despovoado de crianças e adultos.
Gostava e espero que um dia, ainda seja possível reviver tempos passados.
Por isso, louvo e apoio as iniciativas do Movimento do Rio Tinto, na medida em que estas acções incentivam a comunidade, a respeitar e cuidar do Ambiente."
Filipa Silva - Coordenadora Pedagógica do Centro Social de Soutelo
sexta-feira, 10 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 18
Por ser mãe e educadora de infância o estado em que se encontra a água é para mim preocupante. Contudo, resolvo o problema em casa adoptando um filtro de água, mas imaginar as minhas filhas e os "meus meninos" do Centro Social de Soutelo a brincarem junto às margens de um rio poluído, faz-me tremer. Que exemplos nós, sociedade adulta, damos? Que práticas, nós, sociedade adulta, adoptamos? É necessário criarmos as nossas crianças dando exemplos de civismo (que se encontram em desuso!). Ao nos dirigirmos a um ecoponto ensinamos os nossos meninos a seriar materiais, a nomearem as cores e principalmente a sentirem que têm um papel útil socialmente. E no que respeita ao Rio Tinto? Quantos de nós conhecem o percurso do Rio? Quantos de nós já passámos pelo Rio sem o vermos? É necessário investir na despoluição do Rio, tentarmos assim manter a fauna e a flora típica destas margens. É importante podermos passar à beira Rio sem nos sentirmos ameaçados pelo cheiro e pelo lixo que lá se encontram.
Assim, vamos juntar-nos a esta iniciativa . Leve os filhos, sobrinhos e outras crianças consigo para também eles se sentirem úteis. Vamos fazer a diferença! Até dia 19.
Ana Portugal - Educadora de Infância (Centro Social de Soutelo)
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 17
As preocupações ambientais, na época, eram inexistentes embora, esporadicamente, surgissem resíduos das lavagens dos toneis de vinho e azeite provenientes das descargas efectuadas pelos armazéns que existiam junto à Estação da CP. Estas descargas tinham o inconveniente de impedir a utilização do rio para as lavagens, mas apenas durante alguns dias, o que era o suficiente para provocar a ira das lavadeiras.
Decorriam os anos 90, quando se congelaram as minhas memórias de um rio livre no leito que a Natureza lhe destinara, uma vez que, por iniciativa das autoridades municipais, o rio Tinto foi desviado e entubado, evaporando vários dos locais de encantamento na minha meninice.
Como quero, e creio que todos os meus conterrâneos querem, ver de novo o rio a correr livre e limpo, vou participar na 3ª Caminhada. Gostaria que esta fosse a última vez, pois poderia significar que quem decidiu pelo seu entubamento arrepiou caminho e desfez o que nunca deveria ter sido feito.
Diamantino Moreira - MoveRioTinto
quarta-feira, 8 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 16
terça-feira, 7 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 15
segunda-feira, 6 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 14
Qualquer Riotintense que ame a sua cidade e se identifique com os seus ícones, reconhece no rio Tinto a sua maior marca.
O rio faz parte da história e da identificação da cidade, une as freguesias por onde atravessa e marca na sua amplitude máxima o nome da freguesia mãe e o nome do futuro concelho de Rio Tinto.
Por estes motivos é fundamental e uma responsabilidade de todos, encetar esforços para que esta marca, esta identidade sobreviva, e seja um pólo de orgulho, identificação e de vida para esta cidade.
O aparecimento do Movimento em Defesa do Rio Tinto, não é mais do que o materializar da vontade que todos temos em proteger este rio e lutar contra os atentados que diariamente se fazem.
Temos por isso, que de uma vez por todas colocar de lado as nossas agendas pessoais, e lutar lado a lado pela requalificação deste nosso (único) ex-líbris e participar activamente em qualquer iniciativa que vise despoluir e requalificar quer o rio quer as suas margens de forma a conseguirmos uma cidade mais verde, mais pura e orgulhosa do seu rio que corre a céu aberto e despoluído.
Todos conhecemos os atentados que foram feitos ao rio Tinto e as justificações que foram dadas para isso. Todos sabemos as lutas que foram tidas para que isso fosse evitado e conhecemos as pessoas que sempre estiveram incluídas nelas, quer de um lado quer do outro. E agora, passados estes anos, sabemos que foi um erro, tudo o que foi feito, todas as justificações que foram apresentadas e sabemos, acima de tudo que viveríamos muito melhor se o nosso rio Tinto, corresse a céu aberto e despoluído.
Por isso, entenda-se de uma vez por todas que até este momento, muitas das iniciativas foram tempo perdido e que é preciso correr atrás deste prejuízo. Não há tempo para mais paragens, não há tempo para mais entubações, não há tempo para mais construções nas margens do rio, não há tempo para mais justificações.
Vamos apoiar o movimento em defesa do rio tinto e participar nestas iniciativas, porque estamos apoiar o nosso rio, a nossa cidade, a nossa identidade.
Que legado deixaríamos para o futuro se conseguíssemos requalificar as margens do rio Tinto, despoluir o rio, fazer crescer e nascer vida nas suas águas. Que orgulho teríamos do nosso trabalho, da nossa cidade. Que inveja faríamos a todas aquelas outras que por um qualquer motivo deixam poluir os seus cursos de água.
Vamos dar um sinal muito claro e muito directo a todos aqueles que, com responsabilidades directas ou indirectas, pensem por um qualquer momento que ser possível continuar a poluir o RIO TINTO.
Lutar pela despoluição do rio Tinto, pela requalificação das suas margens, não é uma opção ou uma escolha, é uma OBRIGAÇÃO de todo o cidadão e mais ainda de todo o Riotintense.
Nuno Fonseca
Presidente da Assembleia de Freguesia de Rio Tinto , eleito pelo PS
domingo, 5 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 13
Em tempos escrevi uma quadra em que dizia que a água mata a sede do corpo, mas não a da alma. Quase de seguida coloquei-me a dúvida de que, se se considerar que o ser humano é composto de matéria e espírito, ao matar a sede do corpo não estará, pelo menos, a mitigar alguma sede interior? … Passemos ao rio Tinto, património lendário ehistórico desta cidade com o mesmo nome.
A água é um ser vivo que dá vida à nossa vida e o lamento do poeta (no caso Francisco Rodrigues Lobo) bem o demonstra, ao lamentar o modo como o encontrou: “Formoso Tejo meu, quão diferente/e vejo e vi, me vês agora e viste/Turvo te vejo a ti, tu a mim viste,/Claro te vi eu já, tu a mim contente (..)”. Esta primeira quadra do soneto, adapta-se ao nosso rio e a alguns daqueles que o viram dantes e o vêem hoje.
É inegável que os atributos da água, para quem tem sensibilidade, inclui o da poesia, mais linda quando o cantar das suas águas limpidas é mais harmonioso que quando o não são. O Mundo existiria sem água e seus atributos?
A rega, a limpeza, a agricultura, a produção de energia eléctrica, os caminhos que colocou à nossa disposição para transportar pessoas e bens, as pistas de recreio, as práticas desportivas, o peixe da nossa alimentação!
É de lamentar que, em pleno século XXI, em que o esclarecimento e a informação têm meios para se difundir, dando mais e melhor acesso ao saber e a mais camadas sociais, proporcionando mais civismo e cultura, ocupem lugar secundário face ao desenfreado interesse económico a sobrepor-se a tudo e todos, sem ter em conta os males que pode provocar. Os povos primitivos, ao viverem conforme a Natureza tinham mais respeito, até veneração, pela água porque sentiam que sem ela não poderiam sobreviver.
A água é, talvez, o elemento mais precioso da Terra a que podemos recorrer. É essencial à vida humana e da natureza total, para além de servir as mais diversas necessidades como,por exemplo as atrás mencionadas. Sem água existiria a vida? E no entanto ainda há quem faça dos rios lixeiras e deles se servem como caixote do lixo.
Uma pessoa gsa cerca de 300 litros de água por dia. O ciclo começa a ser insuficiente para purificar naturalmente a água que o Homem polui! Todos devemos contribuir para a conservação da água pelos motivos atrás indicados. É de insistir que não há vida sem água, que é indispensável a todas as actividades humanas, é um património de todos nós e, como tal, devemos ter em conta o seu valor, preservá-lo e não destruí-lo.
A saúde pública exige qualidade à água (ou devia exigir) que, dada a sua cada vez maior escassez devido às progressivas alterações nocivas provocadas na Natureza, usá-la racionalmente é um dever e preservá-la é fundamental. Nunca é demais insistir.
Será sonho esperar que, um dia, as entidades publicas criarão, dentro dos seus quadros, elemento que seja capaz de prover a reclamações, queixas, exposições relativas à degradação do ambiente nesta caso particular da poluição aquífera? Não bastam os títulos de Ministério do Ambiente, Vereador do Ambiente, etc. Tenha-se em atenção a “ Carta Europeia da Água”.
A atitude comunitária destinada à preservação da qualidade da água, que afinal de todos é pertença, provavelmente diminuiria o número de atitudes não conformes com a natureza.
Bom. Sabe-se que a água não lava as más acções e, mesmo que lavasse, com ela tão impura e tão suja ainda se ficava mais sujo! E porquê? Porque os atentados que lhes fazemos, mais tarde ou mais cedo, voltar-se-ão contra nós.
O autor destas linhas deconfia que esta sua prosa tem vislumbres de “bem prega Frei Tomás”. Que fará se eu reproduzisse a investação que fiz, inspirada na “Carta Europeia da Água” que já mencionei, acerca da água e da vida, quando com ela concorri a um acontecimento (não uso evento, porque, para além de me cheirar a anglicismo, não existe tal palavrão) literário e do qual respiguei aqui uma pequena parte da minha prosa.
Joaquim Marinho - Economista
sábado, 4 de abril de 2009
Terceira Caminhada- Depoimentos 12
A estreita ligação histórica entre o rio Tinto e a nossa cidade e os mais de dez séculos de existência fazem com que todos nós nos tenhamos de mobilizar por esta causa.
Acredito que é possível ter um rio Tinto recuperado que funcione como um verdadeiro centro de lazer, que aliado a um conjunto de infra-estruturas anexas permita do mais idoso ao mais jovem, usufruir e orgulhar-se do mesmo.
João Moura -Presidente do PSD Rio Tinto
sexta-feira, 3 de abril de 2009
Terceira caminhada - Depoimentos 11
O Rio Tinto é como o próprio nome indica o ex-libris da nossa terra, por isso tudo o que possa chamar mais uma vez-já vai para aí na enésima- para as condições em que se encontra é sempre positivo.
O rio, e atrevo-me a dizer, a nossa cidade têm sido desprezados pelas sucessivas administrações da Câmara Municipal de Gondomar. Na minha opinião já só acredito que o(s) problema(s) terão hipóteses de resolução quando Rio Tinto for concelho.
Entretanto...tudo o que for possível fazer para ir minorando e chamar à atenção para a situação do rio tem obviamente todo o meu apoio.
Paulo Teixeira de Sousa - Eleito para a Assembleia de Freguesia de Rio Tinto pelo Bloco de Esquerda
quarta-feira, 1 de abril de 2009
Terceira Caminhada - Depoimentos 10
Podemos afirmar que o rio é de pequeno caudal e a sua bacia hidrográfica é reduzida mas quase toda ela faz parte duma área urbanizada e de uma razoável implantação industrial
Com estas caracteristicas é natural que, com certa regularidade, possam surgir cheias instantâneas capazes de fazer determinadas inundações nas zonas ribeirinhas. As águas pluviais entram muito rapidamente no seu leito e nunca se sabe, antecipadamente, se um dia poderá haver uma catástrofe, até pelo facto de o rio se encontrar entubado. De qualquer das formas façamos votos para que tal emergência não venha a suceder.
Próximo da sua nascente está instalada a LIPOR. Embora, actualmente, já não sejam em tanta quantidade os residuos a descarregar, alguns ainda têm a sua contribuição para esse fim, juntamente com os produtos residuais de algumas fábricas, alguns esgotos e todo o tipo de lixo doméstico que gravita nas suas margens.
Noutros tempos, ainda não muito distantes, o rio era dotado das caracteristicas normais de uma linha de água, onde era possível a criação de peixes, a lavagem de roupas, tomar banho, rega de terrenos de culturas sem prejudicar os frutos, etc.
O MRTC sempre lutou pela despoluição, limpeza das margens e desentubamento do rio. Este deveria ser adequado e utilizado pelos Riotintenses de forma a poder usufruir dum ambiente eficaz e saudável. Para este efeito deveriam ser construidas zonas de lazer, Parques Infantis e outras formas de ajudar a passar os tempos livres deste aglomerado populacional que aumenta de dia para dia.
Todos os rios, sem excepção, dão uma beleza especial e natural a todas as localidades por onde passam, não esquecendo que muito contribuem para melhorar o ambiente provocado pelo desenvolvimento das sociedades modernas.
O rio Tinto deu o nome à nossa cidade e alguém com responsabilidade na Autarquia fê-lo desaparecer para não se preocupar mais com os maus cheiros, limpeza, etc, não há dúvida que assim parece ser mais simples.
Vamos todos unir-nos, dar as mãos no sentido de enfrentar uma luta de forma a obrigar os responsáveis a concretizar o seu desentubamento e a sua despoluição, colocando-o no lugar que os Riotintenses merecem. Como se costuma dizer os erros pagam-se caros e este do entubamento do rio não foge à regra.
Deputado da Assembleia de Freguesia – RTC (Rio Tinto a Concelho)