domingo, 28 de fevereiro de 2010

Reuniões com Deputados

O Movimento em Defesa do rio Tinto, dirigiu um apelo aos deputados eleitos pelo distrito do Porto, para a inclusão no próximo Orçamento de Estado, de iniciativas e meios financeiros que façam avançar a despoluição e requalificação do rio Tinto, bem como o seu usufruto pelas populações de Valongo, Gondomar e Porto.
Com excepção do CDS (por impedimento do senhor deputado contactado), fizemos aos senhores deputados uma resenha dos problemas do rio Tinto, de propostas para a sua resolução e da relevância que o rio  tem e do papel que deve vir a ter no reordenamento dos espaços físicos da cidade e na qualidade de vida das pessoas.
De todos recebemos afirmações de interesse e de disponibilidade para aprofundar o estudo das soluções e promover uma iniciativa, que, ao juntar todas as forças politicas, elegesse o rio Tinto como foco principal de atenção.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Projectos Futuros

O tempo vai passando, as cheias já passaram e a recuperação não sai das intenções.

Na comunicação social, ainda que por vezes discordantes, vão surgindo notas sobre a adjudicação de estudos e projectos a técnicos e instituições acima de qualquer suspeita. Temos de acreditar que esses estudos vão ter utilidade, vão permitir conclusões e os projectos a surgir, brevemente no terreno, vão ser suportados nesses estudos.

A Câmara Municipal de Gondomar divulgou a apresentação de uma pré-candidatura para recuperação do rio Tinto ao Fundo de Protecção dos Recursos Hídricos. Fazemos votos para o seu sucesso, ainda que conscientes de que os montantes disponíveis no referido programa serão muito escassos para tudo o que há para fazer na bacia hidrográfica do rio Tinto.

Na nossa memória está a ausência, por parte da Câmara de Gondomar, mas também das de Valongo e do Porto, de candidaturas às anteriores edições do QREN e às significativas verbas nele disponíveis. Esse programa sim, deveria ter sido aproveitado para a reabilitação do rio Tinto. Investimentos com orçamentos à volta dos 100 000 euros não vão mudar o rio Tinto, mas queremos acreditar que podem ser o início de um projecto de requalificação de um rio icónico para a cidade de Rio Tinto e para a sua população.

Novas oportunidades não podem voltar a ser desperdiçadas. As cheias do passado Dezembro deram visibilidade ao rio Tinto, mas também mostraram as suas enormes vulnerabilidades e os seus problemas.

De uma vez por todas, os poderes municipais devem apresentar e pôr em pratica uma estratégia de recuperação do rio Tinto, começando a encurtar o longo caminho que falta percorrer.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Adopção de um troço do rio

Integrada na " I Semana do Ambiente" promovida pela Universidade Fernando Pessoa, realizou-se, no passado dia 12 de Fevereiro, a "Adopção Oficial de um troço do Rio Tinto". Este troço, localiza-se na problemática zona do Meiral, junto da ETAR de Rio Tinto, a que aqui já tantas vezes aludimos, por ser, não uma solução, mas sim um problema face à necessidade de despoluição do rio.
Concomitantemente com a cerimónia de adopção propriamente dita, foram colhidas amostras de água para análise e foi realizada uma caminhada junto das margens do rio.
Para além de docentes e estudantes da Universidade, estiveram presentes elementos do nosso Movimento, que saúda vivamente mais esta iniciativa que demonstra que o círculo de amigos do rio está a aumentar e a ser cada vez mais actuante.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

É preciso intervir rápida, profunda e consistentemente

Passados já bastantes dias sobre as nefastas consequências das cheias no rio Tinto de finais de Dezembro são ainda visíveis os danos delas resultantes.
Designadamente junto ao Centro de Saúde, na zona da Levada, a força das águas, a que se adicionaram detritos vários e, muito em particular, grandes tubagens provenientes das obras do Metro, trazidas de milhares de metros de distância, romperam as malhas de protecção que uma artificialização das margens colocou nesse local há alguns anos.
Ali, em pleno leito de cheia do rio, foi também implantado um emissário de saneamento, que ia desaguar na "famosa" ETAR do Meiral, o que, a nosso ver, representa mais um erro de planeamento que mais tarde ou mais cedo, iria causar nais malefícios ao rio.O que, de facto, aconteceu, pois, agora, esse emissário, atingido pelos efeitos atrás descritos, está, pura e simplesmente, a drenar para o rio. Como se vê nas imagens.


Também ali se pode ver um outro emissário, este de águas pluviais, que igualmente foi danificado, encontrando-se no estado que a seguir se documenta.
Pelo que tem sido noticiado, foi encomendado um estudo para que, naquela zona, se procedam às necessárias obras de reparação.
A oportunidade pode ser aproveitada para se corrigirem erros que ali foram sucessivamente  cometidos.
Esperamos, vivamente, que não haja a tentação de, com a justificação da falta de recursos, se proceder  a meros "remendos" que nada de fundo resolverão.
E é preciso, também, que a pretexto de se estudar a melhor solução, não se adiem as intervenções para " as calendas gregas".
É que já estamos quase com dois meses passados sobre os acontecimentos.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Reunião com a ARH

“Os rios são para usufruir, não para serem entubados e têm o nosso apoio. Tudo o que pudermos desentubar, vamos desentubar”. (afirmação do presidente Prof. António Guerreiro de Brito)
Um rio limpo e renaturalizado no centro da cidade foi um dos temas em análise na reunião pedida pelo Movimento à Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH N), no passado dia 1 de Fevereiro.
Apresentámos ao seu presidente (Prof. António Guerreiro de Brito) e a um responsável técnico (Engº Pimenta Machado) o alargado leque de problemas associados à recuperação deste recurso hídrico e à requalificação ecológica de todo o sistema fluvial: a falta de saneamento e as ligações ilegais, a ETAR de Rio Tinto, os licenciamentos em leito de cheia e a protecção dos espaços ribeirinhos, a requalificação e valorização das margens, a renaturalização e conservação dos ecossistemas.
Depois da devastação provocada pelas últimas cheias serão necessárias intervenções urgentes. Para além de outras acções pontuais, neste âmbito merece-nos especial destaque a recuperação do emissário de águas residuais que se encontra destruído em pleno leito do rio Tinto. A ARH N mostrou ter um conhecimento efectivo destes problemas estando a trabalhar para contribuir para a sua resolução.
Foram também abordadas as formas de financiamento e apoios para a concretização de projectos de recuperação do rio.
Ainda que algumas das questões colocadas, não dependam directa ou exclusivamente da ARH N, os seus responsáveis mostraram interesse e disponibilidade para promover, com o envolvimento dos municípios o tão falado, mas nunca concretizado, projecto de reabilitação do rio Tinto.
O presidente da ARH N elogiou quer os objectivos (que seriam subscritos pela ARH N) quer a participação e a cidadania incentivada pelo Movimento, fazendo votos para que o trabalho de esclarecimento e exigência de um rio limpo prossiga.
À ARH N cabe a competência plena sobre a gestão dos rios e a qualidade da água, para além do papel essencial no planeamento e valorização dos recursos hídricos. As limitações em recursos humanos e financeiros não podem impedir que os desafios colocados ao rio Tinto sejam vencidos por todos nós (ARH N, autarquias e comunidade).
Continuaremos empenhados em participar em todo o processo de requalificação, atentos quanto ao envolvimento e papel dos interessados e receptivos a um novo encontro daqui a seis meses para fazer o ponto da situação.

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Visita Campo Aberto-MDRT

Conforme o anunciado, nesta manhã de domingo, alguns elementos do nosso Movimento e da Associação de Defesa do Ambiente Campo Aberto, participaram numa visita a uma parte do rio Tinto. Estivemos nas zonas onde decorrem as obras de construção da nova linha do Metro, bem como no local onde "desagua" o entubamento que há anos "escondeu" o rio dos nossos olhares.
Foi possível verificar, "in loco" algumas evidentes conflitualidades entre este traçado do Metro e o bem natural cuja integridade e requalificação empenhadamente defendemos.



Também pudemos constatar, uma vez mais, os danos que as cheias de final de Dezembro provocaram, designadamente junto do Centro de Saúde de Rio Tinto os quais, passado mais de mês e meio, continuam por reparar.
Entre os elementos das duas organizações, foram trocadas informações e pontos de vista, estabelecendo-se algumas perspectivas de colaboração futura, dadas as afinidades de base que as norteiam.
Neste inicativa esteve presente o ambientalista Paulo Moura que, dias antes, tinha sido violentamente agredido, quando se insurgia contra o abate de algumas árvores, designadamente um carvalho secular, nas obras de terraplanagem de um loteamento que se está a construir junto do antigo mercado de Rio Tinto( e que a imagem ao lado reporta) (ver notícia no JN). A este cidadão, que sofreu fisicamente pelo facto de manifestar uma atitude  de defesa dos recursos naturais que são património colectivo, manifesta o Movimento em Defesa do Rio Tinto a sua solidariedade, repudia as agressões de que foi alvo e exige que se averiguem eventuais responsabilidades por mais esta delapidação de uma peça do património ambiental.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

A Campo Aberto e o Movimento em Defesa do Rio Tinto, estarão amanhã a partir das 10.30h em visita ao rio Tinto.

Após uma semana em que o rio Tinto foi tema diário nas noticias, por boas e más razões e de várias diligências realizadas pelo Movimento junto de entidades do Estado e dos Partidos Politicos, ambas as organizações divulgarão as suas posições sobre o actual estado do rio Tinto e sobre as medidas necessárias à sua requalificação.

Quantos mais formos, mais força daremos ao rio Tinto!
Divulgue e Apareça!

O Movimento em Defesa do Rio Tinto

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Apelo

O Movimento em Defesa do rio Tinto, apela aos deputados eleitos pelo distrito do Porto, a que equacionem a inclusão no próximo OE, de iniciativas e meios financeiros que concretizem a despoluição e requalificação do rio Tinto, bem como seu usufruto pelas populações de Valongo, Gondomar e Porto.
Nesse sentido foram pedidas reuniões com todos os Partidos Politicos com representação na AR para fazer um apelo, sensibilizar e articular respostas imediatas aos problemas concretos decorrentes das incidências da actividade humana e de recentes decisões criticas de ordenamento do território, que continuam a asfixiar o Rio Tinto.
Depois de anos a fio sem intervenções de despoluição e de requalificação desta importante linha de água e da implantação de um imprudente traçado do Metro de superficie em pleno leito de cheia, que no seu conjunto apontam para a desvalorização do Rio Tinto, causando-lhe mais pressão, urgem medidas que apontem para a imediata conclusão do saneamento básico em falta ao longo de todo o rio (Valongo, Gondomar e Porto), a eliminação de milhares de ligações ilegais para o rio, uma solução para a ETAR de Rio Tinto, a requalificação e renaturalização deste curso de água e o seu usufruto pela população.
As diversas entidades municipais têm-se revelado incapazes de resolver este grave atentado ambiental e o silêncio de diversas estruturas do Estado a quem compete licenciar, fiscalizar a fazer gestão dos recursos ambientais mostra que elas não têm cumprido as suas atribuições, ajudando à consolidação de uma perspectiva de um Rio Tinto perdido.
O Rio Tinto, que atravessa um meio urbano densamente povoado, deve ser uma mais-valia e não um problema.
Para acabar com o esquecimento e degradação do Rio Tinto, há que mobilizar toda a população todas as vontades e todos os meios tecnicos e financeiros para muito brevemente obtermos a qualidade superficial das águas que permitam o seu pleno usufruto.
Para além de ser nosso um sonho e um direito. É um dever de todos nós.

O Movimento em Defesa do Rio Tinto