segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Dois anos depois, problemas revisitados

Já passaram dois anos sobre as cheias no rio Tinto que provocaram avultados prejuízos, de vária ordem.
Na zona do Centro de Saúde, esses danos estiveram mais de ano e meio à espera de serem reparados.
Dizia-se que se aguardavam  estudos para se fazer a reparação da melhor forma possível.
Entretanto, feitas as obras, que orçaram em mais de 300 mil euros, verificamos, com muita preocupação, que regressam sinais de degradação. Ou seja, ou as obras foram deficientemente planeadas, mal executadas ou mal fiscalizadas. Ou isto tudo junto.
Com efeito, para além de terem sido colocados novos gabiões nas margens, ter sido atapetado o leito do rio com pedregulhos, foram despejados, encosta abaixo, camiões de terra que deslizou pela acção da gravidade. Sem outra compactação que não a provocada por alguma vegetação espontânea que cresceu num ou noutro local, era previsível que a erosão pelas águas das chuvas iria fazer aluir, gradualmente, essa encosta, o que iria provocar, consequentemente, o abatimento de passeios e da via, regressando, deste modo, os danos que as obras deveriam ter corrigido.
E é isso que está a acontecer. Aliás, no local já foram, de novo, colocadas grades, para alertar dos perigos de se transitar nessas zonas de novo degradadas. As imagens que se seguem são bem esclarecedoras da forma como dinheiros públicos são deficientemente aplicados.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Dinheiro por água abaixo?

Segundo aviso publicado no Diário da República nº 239 (II série) de 15 de Dezembro, a ADG- Águas de Gondomar S.A. anuncia a abertura de concurso público para Empreitada de Concepção/Construção da Remodelação da ETAR de Rio Tinto. O preço base para este concurso é de 4 750 000  euros.
Como já reiteradamente aqui temos referido, o nosso Movimento manifesta-se contrário a este projecto de remodelação da ETAR, por considerar que ela não vai resolver os problemas de fundo que a afectam. Essencialmente, a questão tem a ver com o facto de esta estação estar desadequada ao contexto em que se insere, ou seja, integrada num rio cujo caudal, na maior parte do ano, é diminuto, o que faz com que os efluentes à saída da ETAR contribuam para o aumento da contaminação do rio, o que é contraditório com a função que supostamente lhe seria cometida.
Por isso, consideramos que este concurso representa um erro que, a concretizar-se, iria conduzir a uma delapidação inglória de significativos meios financeiros.
Estaremos ainda a tempo de contribuir para que os responsáveis emendem a mão e travem este erro?
Achamos que sim, desde que nos mobilizemos no sentido de fazermos ouvir a nossa voz colectiva.
Remendar esta ETAR é, literalmente, mandar dinheiro por água abaixo!

domingo, 11 de dezembro de 2011

Prevista uma Manhattan para o antigo Mercado

Na sua edição de hoje, o Jornal de Notícias insere uma extensa reportagem, sugestivamente intitulada " Prevista uma Manhattan para o antigo mercado" em que se aborda a intenção já aqui amplamente denunciada, de se construirem, no Centro Cívico de Rio Tinto, quatro torres de 11 andares.Transcrevemos:
"A Câmara Municipal de Gondomar aprovou, em Abril, uma proposta para o Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto, que permite construir, no terreno do antigo mercado e para onde estava previsto o novo Fórum Municipal, quatro torres de 11 andares. Autarca nega.
O documento, a que o JN teve acesso, foi aprovado pela maioria presidida pelo major Valentim Loureiro, contou com os votos contra do PS e abstenção dos dois vereadores do PSD. Nele consta a proposta, da autoria do vice-presidente da Câmara, José Luís Oliveira, de entregar o terreno para a construção de quatro prédios de 11 andares cada um, a fazer lembrar uma espécie de Manahattan."
E mais adiante:
"Contactado pelo JN, o vice-presidente da Câmara nega qualquer edificação: "Está a decorrer a realização do Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto, por uma empresa estranha à Câmara e só dentro de um ano ou mais é que saberemos o que para ali será proposto" assegurou José Luís Oliveira, que apelida de "velhos do Restelo" quem "anda por aí a inventar mentiras dessas "."
Realçamos, com muito agrado, esta notícia que dá voz a justas preocupações dos riotintenses.
Mas, ao mesmo tempo, não podemos deixar de ficar estarrecidos de espanto pela forma como o vice-presidente da Câmara quer "tapar o sol com a peneira". E fá-lo de modo tão contraditório que é traído pela sua própria linguagem. Assim, já é conhecido o uso da expressão "velhos do Restelo" a propósito daqueles que se opõem à edificação de projectos que ofendem princípios de defesa do ambiente. Então, nestas palavras do edil está subentendido que há quem se esteja a opor ao "progresso" leia-se "progresso imobiliário". A história de episódios ocorridos por esse país mostra aliás que,quando se trata de abater sobreiros, ou ocupar solos com outra vocação, ou ignorar leitos de cheia, ou passar por cima de reservas ecológicas, ou ... para implantar mais umas toneladas de betão, quem não concorda será sempre apelidado de "velho do Restelo" em nome de uma pseudo-modernidade que é, ela sim, retrógrada, inconveniente e dispensável.
E quem anda por aí a inventar mentiras?
Será mentira que a Câmara de Gondomar reuniu a 7 de Abril e aprovou uma proposta sobre o Centro Cívico de Rio Tinto?
Será mentira que nessa mesma reunião se registou uma declaração de voto dos vereadores socialistas que se insurgiam contra a edificação de "um espaço destinado a edifício de RC+11 andares"?
Será mentira o que as actas da reunião da Câmara reportam?
Será o JN mentiroso?
Será a nós, Movimento em Defesa de Rio Tinto que o autarca se quer referir como "velhos do Restelo" e "mentirosos"?
Pela nossa parte, não nos incomodamos com este tipo de afirmações, no mínimo pouco convenientes e que parecem deixar transparecer a irritação de quem não gosta de ver publicitados propósitos sobre os quais gostaria que se registasse o menor ruído possível.
Mas, pode crer que, seguros de estarmos a defender a integridade patrimonial e ambiental da cidade que amamos, não calaremos a nossa voz de denúncia e indignação.
Nota- a reportagem do JN (os nossos parabéns ao importante órgão de informação) é ilustrada por uma sugestiva imagem obtida nos terrenos do antigo mercado, em que se vêem as duas placas ali colocadas pelo nosso Movimento. Mas, por concidência, foi também apanhada uma publicidade de um circo em que se destaca, em letras garrafais, a palavra "piranhas". Ora, sabendo-se da voracidade destes animais, não deixa de ser irónica a coincidência... É que há por aí outras voracidades...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Abaixo-assinado de moradores da Levada

Vai fazer dois anos sobre a cheias no rio Tinto que, entre os diversos danos, provocaram a destruição da ponte junto do moinho da Vitória que era utilizada por muitos moradores da zona e não só.
Durante  muito tempo, criou-se ali a expectativa de que, durante o processo de reconstrução a operar na zona do Centro de Saúde, haveria de ser construído um pontão que viesse repor, de algum modo, a situação anterior.
Como tal não aconteceu, um grupo de riorintenses decidiu lançar um abaixo-assinado, dirigido ao Presidente da Câmara e com cópia ao Presidente da Junta, dando conta dos transtornos provocados pela ausência dessa ligação e solicitando que se avance para a implementação desse equipamento.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

As torres do nosso descontentamento 2

Na sequência da actividade iniciada no passado fim de semana, o nosso Movimento colocou hoje mais duas placas, na zona do antigo mercado, denunciando o projecto de ali serem construidas quatro torres de onze andares cada. De registar que, enquanto estávamos a colocar as placas, uma anónima cidadã que por ali passava insurgiu-se expontaneamente, alto e bom som:
- Torres aqui? Nem pensar!

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

As torres do nosso descontentamento

Conforme já aqui reportámos, a Câmara Municipal de Gondomar aprovou um Plano de Pormenor do Centro Cívico de Rio Tinto que, entre outras medidas, prevê a construção de quatro torres de onze andares  cada, nos terrenos do antigo Mercado Municipal.
Já nos pronunciámos contra esta decisão que julgamos ser mais um atentado, a somar a outros, contra o equlíbrio desta zona tão emblemática da nossa cidade.
Com efeito, aumentar a capacidade habitacional deste Centro de forma tão abrupta, seria um erro de consequências futuras irreparáveis. Ou seja, aquilo que poderia ser um verdadeiro Centro Cívico, com equipamentos e naturalidade postas ao dispor dos riotintenses, ficaria mais e mais distante, em favor de ávidos interesses imobiliários.
A não ser impedida a concretização destes planos,a ocupação e destruição das zonas de alagamento, da vegetação e da biodiversidade existente, pela maior densidade populacional, com o consequente aumento do número de veículos, trazendo consigo a poluição sonora e do ar, a degradação ambiental, descaracterizariam decisivamente toda aquela zona e por consequência, liquidariam sem retorno, todo o potencial ambiental e patrimonial do rio Tinto e da ribeira da Castanheira, símbolos vivos da nossa cidade.
Está nas nossas mãos erguer, perante estas ameaças, um muro de indignação que seja um obstáculo que impeça a realização de mais este atropelo.
Por nossa parte, não nos remeteremos ao silêncio.
Neste fim de semana, colocámos junto dos referidos terrenos, uma faixa que alerta os que por ali passam, para algo que, estando a tentar correr "no silêncio dos deuses" terá de ser divulgado para que possa encontrar , por parte da população (já que as entidades responsáveis, tais como a ARH e CCDRN parecem "encolher os ombros") a devida resistência.

domingo, 20 de novembro de 2011

Muitas interrogações

Caminhamos para o segundo aniversário das cheias no rio Tinto causadoras de avultados danos, que reportámos neste blog, designadamente nestes posts:
http://moveriotinto.blogspot.com/2009/12/o-rio-tambem-se-zanga.html
http://moveriotinto.blogspot.com/2009/12/isto-faz-doer-o-coracao-de-quem-ama-o.html
http://moveriotinto.blogspot.com/2010/01/e-agora.html
http://moveriotinto.blogspot.com/2010/01/tudo-continua-na-mesma.html
Ao longo do tempo fomos assistindo a indecisões e protelamentos, no que se refere à correcção desses danos.
Depois de muito tempo, junto do Centro de Saúde, foram realizadas algumas obras, no valor total de mais de 300 mil euros.
No entanto,no decorrer das mesmas, fomos constatando factos que nos suscitaram interrogações e perplexidades.
Com efeito, fomos vendo, para além da implantação dos habituais muros da gabiões na margem esquerda, o atapetamento do leito do rio com grandes pedras, crescendo de tamanho e densidade até ao local onde se erguia a antiga e emblemática Levada da Vitória.
Por outro lado, nesse mesmo local onde permaneceu, durante largas dezenas de anos, a represa (ícone do nosso Movimento) que, entre várias funções, continha as águas para, designadamente alimentar os moinhos e que era assim
construiu-se um "arremedo de levada", com um inestético amontoado de pedras ligadas por argamassa, ficando o rio a correr, junto da base, por um orifício de pequenas dimensões.
Como dissemos, as interrogações que nos assaltaram foram diversas. Que estudos foram feitos para conduzirem a estas soluções? Que justificações de ordem técnica se adiantam para se implementarem estas obras? Será que tudo isto que foi feito funcionará quando o caudal do rio aumentar?
O que é certo é que, passado pouco tempo sobre a conclusão das obras, umas chuvadas mais fortes vieram pôr em causa estas soluções.
Com efeito, as pedras no no leito do rio, não travaram a força das águas, a "nova levada" não resistiu e desmoronou-se em parte.
Entretanto, os taludes junto à artéria fronteira ao Centro de Saúde, começam a dar sinais de decomposição, com a erosão a levar as terras encosta abaixo, até ao rio.
Mas há um dado fundamental a não esquecer: a bem visível aceleração das águas à saída do triste entubamento  a que se somaram  dispendiosas intervenções posteriores de todo questionáveis e que desnaturalizaram absurdamente o nosso rio, o que pode explicar muitas das fragilidades desta zona.

Mais recentemente a tal "levada"  foi reparada, estando agora o rio a correr por cima da parede. Será que, desta vez se vai aguentar?

Perante todos estes factos, há que obter respostas que esclareçam as razões que continuam a presidir às soluções de engenharia que são adoptadas nas intervenções que são feitas no rio.
O rio bem vai enviando as suas mensagens, faz ouvir a sua voz. Será que está a ser devidamente entendido?
Que fale quem é responsável por estas intervenções.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

III Encontro Nacional do Projecto Rios


19 de Novembro 2011 Leiria

Para mais informações, designadamente Programa e Ficha de Inscrição aceder a



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

RIO TINTO - contributo das linhas d'água para a biodiversidade

No passado dia 28 de outubro na Exponor, foram apresentadas as conclusões resultantes do projecto "RIO TINTO - contributo das linhas d'água para a biodiversidade" desenvolvido por alunos da Escola Secundária de Rio Tinto, com a orientação dos professores Natália Ferreira, Márcia Pacheco e Miguel Viveiros e apoiado pela fundação Ilidio de Pinho, no âmbito do Programa Ciência na Escola.
No desenvolvimento deste projecto foram, designadamente, efectuadas análises às águas do rio Tinto.
Aqui deixamos uma palavra de louvor a estes alunos e a estas professoras que demonstram estar atentos e acarinhar a ideia de conhecer mais profundamente o ambiente próximo, primeiro passo no sentido da sua preservação e requalificação.
Assim se mostra que nas escolas existe trabalho muito positivo em torno das questões ambientais, facto que o Movimento em Defesa do Rio Tinto muito enaltece, sabendo que é de importância fundamental depositar nas novas gerações as sementes de um mundo melhor e mais limpo que todos devemos querer ver concretizado.

sábado, 5 de novembro de 2011

Visita aos moinhos

Conforme estava anunciado, realizou-se hoje uma visita ao que resta de alguns dos moinhos que funcionaram, em tempos, no rio Tinto.
A concentração fez-se junto da Casa da Juventude na Quinta das Freiras. Reunimos cerca de meia centena de participantes.
A primeira paragem aconteceu junto das ruinas de um belo moinho, anexo à Ribeira da Castanheira,junto da linha ferroviária, que poderá estar perto do bicentenário.

Logo adiante, vimos os restos de uma azenha que ali permitia, em tempos, a rega de terrenos de cultivo.
Mas esta peça do património associado ao rio está seriamente ameaçada. Para lá do estado de abandono presente, a continuar a deposição de entulhos ali no final de uma estrada inacabada que pretende ligar uma rotunda da Estrada Nova ao Parque Nascente, o que resta da azenha será sepultado.
Dali, fomos para a zona da Levada, passando junto da nova linha do Metro. Segundo memórias de participantes menos jovens, ali houve também um moinho.
Parámos por alguns minutos, junto do Moinho da Vitória (assim denominado por ser esse o nome de uma antiga moleira e também de uma sua filha, que ali habitaram).

O Senhor António, que vive actualmente neste moinho, recordou tempos idos, em que havia por ali "11 mós" que moiam milho e centeio.
Ao todo, naquela zona, teriam trabalhado cerca de 7 engenhos.
Referiu-se também às recentes obras que foram efectuadas na sequência das cheias de 2009 e que conduziram à construção de um arremedo de levada, junto da sua pequena horta, que, nos últimos dias, por acção de chuvas mais fortes está a desmoronar-se. "Eu bem os avisei", diz, indignado este habitante, velho conhecer do rio. (havemos de voltar a este triste assunto).
A caminho do final da visita, ainda nos deparámos com mais uma avaria no colector que conduz esgotos para a malfadada ETAR de Rio Tinto , situação que estava a ser alvo de intervenção de uma brigada da Águas de Gondomar.Uma motobomba retirava efluentes da conduta e vertia-os no rio.

O final desta acção decorreu junto de um antigo núcleo habitacional ribeirinho, hoje de todo abandonado e degradado, onde o Arquitecto Mário Mesquita teceu algumas pertinentes considerações acerca dos modelos de cidade que pretendemos e que devem incluir o património natural, posto ao serviço dos cidadãos.
Declarou-se contrário à "musealização" do rio e referiu a necessidade de se ouvirem as pessoas, num processo colectivo de discussão com vista à obtenção das melhores soluções de ordenamento dos territórios.
No final de mais esta acção, Carlos Duarte e Fernando Garrido, em nome do Movimento em Defesa do Rio Tinto que a promoveu, teceram algumas considerações, designadamente em torno de uma proposta entretanto ali surgida, de se constituir um grupo de trabalho que proceda à inventariação do património municipal.
Depois de se agradecer a presença dos amigos do rio que participaram na visita, foram referidas outras iniciativas que estão em curso.
Até breve!

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Visita aos moinhos


Vamos visitar peças do património associado ao rio que dá nome à cidade de Rio Tinto que urge recuperar para que uma parte importante da nossa memória colectiva não se perca definitivamente


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Acções adiadas e Visita aos moinhos

Por imprevistos de última hora, relacionados com razões de ordem técnica e organizacional, as acções relacionadas com a ETAR de Rio Tinto, previstas para os próximos dias 2 e 3, ficam adiadas para data a comunicar posteriormente.

Entretanto mantém-se, para o próximo sábado, a visita aos moinhos, tendo em vista a observação de peças do património associado ao rio Tinto, de valor inestimável, e que urge recuperar e conservar.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A ETAR que continua a ser um problema

Conforme o Movimento em Defesa do Rio Tinto amplamente tem denunciado, a ETAR de Rio Tinto, em vez de constituir uma solução positiva no que se refere à despoluição deste recurso hídrico, assume-se, paradoxalmente, como uma agravante que aumenta a contaminação das águas.
Esta estação, obsoleta e totalmente desadequada ao contexto em que se insere, apenas retira detritos sólidos dos esgotos que para ela são canalizados. Depois destas operações, o que sobra é lançado no rio. E o que sobra é tão mau que por simples observação visual se conclui que as águas a juzante da ETAR estão manifestamente mais contaminadas do que a montante.
Esta é uma situação que tarda em ser resolvida porque já está, há muito, detectada. Por isso, o nosso Movimento, vai insistir, junto das entidades responsáveis,no alerta para a premência da resolução deste grave problema. Assim, no próximo dia 2 de Novembro , pelas 17 horas, entregaremos, na Câmara Municipal de Gondomar e,logo depois, na empresa Águas de Gondomar,à rua 5 de Outubro também em Gondomar, um documento que reporta, uma vez mais a problemática referente à ETAR de Rio Tinto. E, para que ela fique fisicamente ilustrada, faremos acompanhar o referido documento de recipientes contendo água do rio, rercolhida antes e depois da estação. No dia seguinte, igualmente pelas 17 horas, estaremos na sede da ARH (Administração da Região Hidrográfica do Norte) à Rua Formosa 254 no Porto, para promover acção similar.
Pretendemos, deste modo, contribuir construtivamente para inverter a situação de abandono a que o rio que dá nome à nossa cidade tem sido votado.

A NÃO ESQUECER TAMBÉM


sábado, 15 de outubro de 2011

Proposta aprovada na Assembleia de Freguesia

Acompanhando ofício subscrito pelo Senhor Presidente da Assembleia de Freguesia de Rio Tinto, recebemos o texto de uma proposta apresentada na última reunião daquele órgão autárquico (16 de Setembro) pela CDU e que foi aprovada por unanimidade.
Para memória futura aqui transcrevemos esse documento.
                                                PROPOSTA
No rescaldo das cheias ocorridas no rio Tinto em Dezembro de 2009, foram vários os órgãos de
comunicação social que, no início de Fevereiro de 2010, divulgaram a “determinação” da
Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH Norte) e da Câmara Municipal de Gondomar
(CMG) em “avançar para a reabilitação” do curso de água que dá o nome à nossa cidade, de acordo
com um “estudo encomendado à FEUP”. Aliás, a realização de tal estudo já havia sido anunciada
anteriormente, em momentos diversos, por responsáveis da CMG, designadamente pelo vereador do
Pelouro do Ambiente.
Em meados de 2010, um alto responsável da ARH Norte afirmou que esta entidade assumia a
reabilitação do rio Tinto como missão onde deposita “um enorme esforço”, referindo que “a prioridade
é retirar todos os focos de poluição”.
Pela mesma altura, um vereador da Câmara Municipal do Porto, com responsabilidades na área do
Ambiente, garantia que tinha “a expectativa clara de que até ao final de 2011 o rio Tinto possa estar
em condições mais do que aceitáveis”, recordando a existência de um projecto de despoluição desta
linha de água, cuja responsabilidade estaria cometida a uma comissão da Junta Metropolitana do
Porto.
A realidade é que o tempo vai passando e dos estudos anunciados nada se conhece. Porventura,
chocaram entre si e … evaporaram-se!
O que é certo, é que se estão a perder as oportunidades criadas pelo Quadro de Referência
Estratégica Nacional (QREN) – que como é sabido termina em 2013 – para requalificar e
renaturalizar a bacia hidrográfica do rio Tinto, considerada uma das prioridades do Plano de Acção
do “Futuro Sustentável” – Plano Estratégico de Ambiente da Área Metropolitana do Porto.
Entretanto, o rio Tinto continua poluído e o seu leito e margens apresentam um estado lastimável
como é visível nas fotografias em anexo, recentemente obtidas.
Uma das causas das inundações de Dezembro de 2009 foi a acumulação de lixos e espécies
exóticas no leito do rio e nas suas margens. Se nada for feito a breve prazo, não é de admirar que a
tragédia que se abateu sobre muitos riotintenses no início do Inverno de 2009/2010, causando-lhe
prejuízos avultados, se repita.
Assim, ao abrigo das disposições legais e regimentais, PROPONHO:
Que esta Assembleia de Freguesia reclame da Câmara Municipal de Gondomar e da Administração
da Região Hidrográfica do Norte:
1. A realização de operações de limpeza do leito e das margens do rio Tinto, nomeadamente no que
concerne à retirada de resíduos sólidos urbanos, “monstros” e entulhos e remoção selectiva de
vegetação exótica, pelo menos nos troços mais críticos.
2. Informação sobre o ponto de situação do estudo encomendado à Faculdade de Engenharia da
Universidade do Porto (FEUP) e do projecto mandado elaborar pela Junta Metropolitana do Porto
para a despoluição, requalificação e renaturalização do rio Tinto.
Que seja dado conhecimento desta proposta às seguintes entidades:
- Presidente da Câmara Municipal de Gondomar;
- Presidente da Administração da Região Hidrográfica do Norte;
- Presidente da Assembleia Metropolitana do Porto;
- Presidente da Junta Metropolitana do Porto;
- Movimento em Defesa do Rio Tinto.
Rio Tinto, 16 de Setembro de 2011

sábado, 8 de outubro de 2011

Reunião

Conforme o previsto, decorreu hoje, no Centro Social de Soutelo, a reunião aberta promovida pelo Movimento em Defesa do Rio Tinto. De destacar a presença de pessoas que, pela primeira vez, participaram em iniciativas deste tipo.
Durante quase três horas, travou-se um frutuoso debate em torno de questões importantes directa ou indirectamente relacionadas com o rio. Designadamente, abordou-se a possibilidade da edificação, aprovada em reunião da CMG, de quatro torres de 11 andares nos terrenos do antigo mercado, junto à ribeira da Castanheira e que aqui reportámos em passado recente. Conversámos, também, sobre o grave problema que a ETAR de Rio Tinto está a constituir para a saúde deste recurso hídrico. Trocámos,finalmente, impressões sobre a problemática mais geral da despoluição do nosso rio.
Foram tomadas algumas decisões e projectadas algumas iniciativas a decorrer proximamente.
Dessas actividades aqui daremos conta mais detalhada muito brevemente.

domingo, 2 de outubro de 2011

Reunião Aberta


Se é amigo(a) do rio Tinto, se tem participado nas nossas actividades, designadamente na visita efectuada no passado dia 24 de Setembro, ou simplesmente se quer conhecer os problemas que afectam este bem natural e contribuir para a sua resolução,apareça no Centro Social de Soutelo no próximo sábado.
A situação de poluição do rio, o mau funcionamento da ETAR de Rio Tinto, as previstas alterações no centro cívico da cidade são alguns dos aspectos a debater nesta sessão
Como chegar ao Centro Social de Soutelo (Rua de Macau, Rio Tinto)
se necessário, clicar sobre a imagem, para aumentar

sábado, 24 de setembro de 2011

Visita ao rio Tinto

Conforme estava anunciado, promovida pelo Movimento em Defesa do Rio Tinto, realizou-se, hoje, 24 de Setembro, mais uma visita ao rio Tinto.
A concentração fez-se junto do Centro de Saúde e reuniu cerca de meia centena de pessoas, de várias gerações.
Carlos Duarte, em nome do Movimento saudou os presentes e enquadrou mais esta actividade.

Pedro Teiga, docente e investigador universitário, Coordenador do Projecto Rios, esteve connosco mais uma vez, ciceronando a visita.
Mesmo  ao lado do ponto de partida, havia bastante que ver, pois ali decorreram obras para remediar os estragos das cheias de Dezembro de 2009. E o que ali observámos deixou-nos muitas inquietações e muitas dúvidas que gostaríamos de ver esclarecidas.
Desde já, o leito do rio, aparece atapetado de pedras, numa espécie de calçada romana, que é tudo menos natural.
Por outro lado, a antiga e enblemática levada foi substituída por uma inestético amontoado de pedras unidas por cimento, correndo o rio, imagine-se, por baixo....



Aqui e ali íamos parando, para observar novos aspectos.

Mais adiante, parámos junto da ETAR de Rio Tinto, que em vez de ser uma solução que deveria despoluir o rio, pelo contrário, contribui para agravar os seus males.
Observe-se esta foto que mostra a coloração das águas depois de receberem as descargas da ETAR para comprovar, mais uma vez, o grave problema que ali está por resolver.
Pelo caminho vamos recolhendo imagens de diversos maus tratos que o rio tem acumulando ao longos dos anos.
A visita terminou junto do nóvel Parque da Cidade do Porto, em construção, onde amplas zonas verdes estão a cohabitar com um rio poluído , o que é um extravagante e básico contrasenso.


Terminada a visita, que, para muitos dos participantes constituiu um primeiro contacto com a vasta problemática que envolve este bem natural que urge defender, era, para todos nítida a conciência de que é necessário actuar , de que é amplamente justificável a pressão junto dos decisores políticos para que se inverta o marasmo e o abandono a que continua votado o nosso rio.
Tão relevantes são estes problemas que se impõe que, em tempo oportuno, aqui voltemos a eles, com mais detalhe.
Um bem haja do Move RioTinto a todos quantos dedicaram uma manhã de Sábado para estarem mais próximos do nosso rio.