sábado, 24 de novembro de 2012

Plantámos árvores nas margens da Ribeira da Castanheira

Conforme anunciámos no nosso post anterior, realizou-se hoje, um pouco por todo o país, a plantação de árvores, no âmbito da iniciativa "Florestar Portugal".
O Movimento em Defesa do Rio Tinto, associou-se a este evento, participando na implantação no terreno, junto da Ribeira da Castanheira, de algumas espécies arbóreas.
De salientar que, no início da atividade, foi necessário remover detritos que a incúria e a incivilidade de alguns vão amontoando por ali.
Depois, preparou-se o terreno e fixaram-se as ainda incipientes plantas ao solo, esperando que, em breve, possam crescer e vingar. Deste modo, e ainda que estas intervenções se revistam de caráter essencialmente simbólico, pretendemos chamar a atenção para a importância decisiva que as florestas assumem no nosso viver coletivo.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Florestar Portugal

A Associação Mãos à Obra Portugal, em parceria com o programa Floresta Comum, coordenado pela Quercus,  planeou a iniciativa VAMOS FLORESTAR PORTUGAL !
Assim, no dia 24 de Novembro, estão programadas, em todo o país, ações para a plantação das árvores autóctones: freixo, azereiro, azinheira, medronheiro, carvalho-negral, carvalho-português, castanheiro, cerejeira, carvalho-alvarinho, amieiro, sobreiro, borrazeira-preta, sabugueiro, vidoeiro e ulmeiro.
Neste dia iremos também ter plantação de árvores em zonas ribeirinhas do nosso Rio Tinto, numa acção organizada por um grupo local do Projecto Rios, com a parceria do CRE - Futuro Projecto das 100 000 árvores, da Quercus-Porto e do Projecto Rios.
As ações decorrerão em diversos locais. 
Assim, na zona de Azevedo, Campanhã, a concentração está prevista para as 9:45 junto à gasolineira da Galp, na rotunda do Freixo. A plantação decorrerá entre as 10 e as 13.
Haverá outro grupo que atuará nas margens da Ribeira da Castanheira e, se houver gente suficiente, poderá também trabalhar-se na chamda "Baixa da Ponte", junto ao restaurante "Madureiras' s".
A concentração, para estas duas zonas, está marcada para as 9:30 , junto à Casa da Juventude, na Quinta das Freiras perto das Piscinas de Rio Tinto.
Os voluntários devem ser portadores de botas. luvas e água. As árvores e as ferramenras estarão disponíveis nos locais.
NÃO FIQUE EM CASA! ADIRA E AJUDE A FLORESTAR PORTUGAL!

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Conversas sobre Ambiente, em Serralves

A LPN – Liga para a Protecção da Natureza, convidou o Movimento para o painel de oradores do debate “A Participação na gestão da água” que decorrerá no dia 17 de Janeiro de 2013, com início previsto às 17h00 e fim às 19h30, nas instalações da Fundação de Serralves na cidade do Porto, pedindo-nos um testemunho sobre a nossa “actuação ao longo dos últimos tempos, enquanto um exemplo de participação pública activa.”
Esta atividade está inserida nas “Conversas sobre Ambiente, em Serralves” da responsabilidade da LPN e da Fundação de Serralves, uma série de 8 debates associados ao grande tema da Gestão da Água a nível nacional (uma vez que 2013 é o Ano Internacional da Cooperação pela Água). O próximo debate decorrerá a 13 de Dezembro com o subtema "O Tua da discórdia".

Para mais informações e inscrição nos debates, que é obrigatória, consultar
http://www.serralves.pt/actividades/detalhes.php?id=2195

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ainda o Projeto Parque da Levada 3

Para quem não teve oportunidade de assistir à apresentação deste projeto no passado dia 20 de Outubro ou para quem, tendo lá estado, gostaria de rever os aspetos essenciais desta inovadora proposta, aqui deixamos, em edição vídeo, o powerpoint que serviu de base à exposição que os jovens estudantes de arquitetura paisagista realizaram.


sábado, 3 de novembro de 2012

Ainda o Projeto do Parque da Levada 2

Porque os cidadãos têm direito a conhecer as propostas que constituem uma alternativa aos desmandos ambientais e urbanísticos que têm afetado Rio Tinto, o Movimento colocou uma tela junto da zona de implantação do projeto Parque da Levada de que temos aqui vindo a falar. 
Esta tela compara, de forma sugestiva, a triste realidade atual e aquilo que poderá ser um futuro parque de lazer e de usufruto saudável dos bens naturais de que a cidade tanto necessita.

Projeto Parque da Levada

domingo, 28 de outubro de 2012

Ainda o Projeto Parque da Levada

Os jovens futuros arquitetos paisagistas que nos apresentaram este audacioso e inovador projeto, partiram de objetivos claros:

Base de intervenção e recuperação da qualidade ambiental e visual, pensado para a qualidade sensorial e a qualidade ecológica do lugar, otimizando o funcionamento sustentável dos sistemas vivos em relação aos utilizadores

Recuperar as linhas de água e das suas margens, promovendo oportunidades de biodiversidade e de recreio associado à contemplação e o contacto dos utilizadores com os elementos naturais, oportunidades de estadia ao sol e à sombra.

Otimizar o esforço de manutenção e gestão, relocalização dos estabelecimentos industriais presentes em leito de cheia.

Potenciar competências culturais e de informação local em relação à utilização do espaço

Sensibilizar a população para temáticas como: importância da água, história e cultura, património cultural e natural, preservação e conservação, biodiversidade, etc.

Eis a área de intervenção do Projeto:
Entretanto, um facto que resultou claro na sessão de apresentação desta alternativa é que ele tem de ser assumido sem tibiezas nem meias palavras pelos decisores.Não basta louvar o Projeto sem dele tirar as devidas consequências. Porque ele significa uma rotura com um passado de colossais erros assentes em visões distorcidas da realidade ou mesmo em interesses mais ou menos encapotados mas de voracidade clara.
Aliás, algumas ausências na sessão de apresentação do passado dia 20, foram por de mais ruidosas para que possam passar em claro.
O nosso Movimento vai continuar insistir nesta procura de alternativas à triste realidade com que nos querem confrontar, como se ela assentasse em  factos incontornáveis e em impossibilidades inevitáveis, sem debate publico, sem disponibilidade para aceitar que há espaço para outras soluções.

sábado, 20 de outubro de 2012

Projeto Parque da Levada

Conforme o previsto, realizou-se hoje, no anfiteatro da Escola Secundária de Rio Tinto a apresentação do Projeto Parque da Levada, elaborado por um grupo de estudantes de Arquitetura Paisagista da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.

  A sessão foi inciciada pela Diretora da Escola Secundária, Drª Luísa Pereira que afirmou ser esta uma sessão a pensar no futuro.
Carlos Duarte, em nome do Movimento em Defesa do Rio Tinto que, depois de saudar os presentes que totalizavam algumas dezenas, com destaque para  convidados que representavam instituições relevantes no que se refere à problemática do rio (Junta Metropolitana do Porto, Águas de Gondomar,LIPOR,Departamento do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, e da Câmara Municipal do Porto,Junta de Freguesia de Rio Tinto, ARH), salientou que a proposta que iríamos conhecer representava um desafio a vários níveis.

A Doutora Isabel Martinho da Silva,docente que acompanhou os alunos, enquadrou o projeto, salientando que se tratava de um trabalho académico. O rio Tinto e a Levada, pelo conjunto de problemas que levantavam, surgiram como zonas privilegiadas para o desenvolvimento de atividades de formação dos futuros arquitetos.
Catarina Ferreira, José Costa, Daniel Oliveira e Iolanda Araújo, os autores do projeto apresentaram-no à assistência, que seguiu, interessada e agradada, a exposição.

Em termos muito genéricos a proposta, que teve em conta inquéritos realizados junto de uma amostra da população pretende devolver dignidade ao rio e valorizar as suas margens, dotando-as de espaços de lazer abertos à fruição dos cidadãos. De salientar que, no âmbito dos referidos inquéritos, 87% dos inquiridos gostariam de ver o rio desentubado.
Como a Levada poderia ser, foi o que nos mostraram os jovens estudantes, com recurso a imagens aliciantes e apelativas que fizeram sonhar a maioria dos presentes, através da visualização virtual de espaços verdes, apetecíveis, idílicos em contraposição com a triste realidade que hoje existe.
Assim, teríamos, na base de tudo, a requalificação do rio incluido o seu desentubamento, criando-se alternativas para o escoamento do tráfego automóvel.
Nesta zona da Levada, seriam construídas duas zonas de recreio, uma bacia de retenção, um açude galgável e um defletor de troncos e outros equipamentos, designadamente um café sobranceiro ao espaço. Junto ao Centro de Saúde seriam previstos três taludes, suportados por muros de baixa altura, as margens do rio seriam alargadas e haveria um passeio pedonal paralelo que, em caso de cheias, poderia ser alagado sem consequências prejudiciais.
Um pouco mais a montante, são previstos campos agrícolas e um parque de merendas em ligação à escola aí existente.No mesmo local haveria uma horta pedagógica e uma área de recreio de apoio à escola.
Depois da apresentação realizou-se um breve debate, com várias intervenções que foram unânimes em realçar a qualidade do projeto.
Retenham-se, entretanto, duas ideias avançadas pelos jovens estudantes, que nos apraz realçar. Uma delas tem a ver com o retorno económico de intervenções como esta que não será de esperar que seja imediato mas que, a médio ou longo prazo acontecerá, justificando o investimento aplicado. Por outro lado gostámos de ouvir dizer que estes jovens tiveram com objetivo fundamental "devolver a esperança aos riotintenses".
Paulo Silva, em nome do Movimento, rematou o debate chamando a atenção para o facto de haver uma contradição insanável entre este projeto e o chamado Plano de Pormenor aprovado pela Câmara Municipal de Gondomar para esta zona. Estas são duas realidades profundamente opostas. Assim, se os responsáveis, decisores políticos saudarem e valorizarem o projeto hoje apresentado, terão, obviamente,de fazerem uma opção clara e abandonarem a postura que têm seguido até agora.
Depois, alguns dos presentes, dirigiram-se para a zona de implantação do projeto, onde ouviram explicações complementares dos autores.

Como nota final, queremos expressar dois agradecimentos.
Um à Direção da Escola Secundária de Rio Tinto pela cedência do espaço onde decorreu o evento e outro, muito caloroso, a estes futuros arquitetos paisagistas que , com o seu exemplo, mostraram que, efetivamente, os riotintenses podem ter esperança em vir a dispor de um rio valorizado, aprazível, liberto e renovado.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

É já no sábado!

Dia 20, pelas 14,45h, na Escola Secundária de Rio Tinto (à Venda Nova)
apresentação do projeto "Parque da Levada"
por alunos de Mestrado de Arquitetura Paisagista da FCUP
Trata-se de uma recuperação dos espaços e margens ribeirinhas, da sua transformação e valorização em locais públicos para fruição dos cidadãos. As soluções técnicas foram pensadas em pleno respeito pelas linhas de água e por um ambiente em contexto urbano mais saudável e aprazível para todos os riotintenses e para as pessoas que nos visitam.
 Mais pormenores sobre esta iniciativa podem ser encontrados nos nossos dois anteriores posts.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

É JÁ NO SÁBADO


É já no próximo sábado, pelas 14:45, nas instalações da Escola Secundária de Rio Tinto, que gentilmente nos cede esse espaço, assumindo-se como parceira do Movimento,que será feita a apresentação de um projeto oriundo da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto.
Este trabalho, levado a cabo por uma equipa de jovens alunos do Mestrado em Arquitetura Paisagista daquela escola superior, remete para uma ampla transformação da zona da Levada, no Centro Cívico de Rio Tinto.
Entretanto desde já poderemos confirmar, entre outras, para além de Professores Orientadores do Departamento responsável pelo projeto,as seguintes presenças nesta iniciativa: Diretor da Faculdade de Ciências,António F. Silva,Assessor da Administração da Águas de Gondomar, S.A., José Pacheco da Silva, Assessor da Junta Metropolitana do Porto, Albano Carneiro,Administrador Delegado da LIPOR, Fernando Leite,Vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, Joaquim Castro Neves,Divisão Municipal de Parques Urbanos da Câmara Municipal do Porto,Raquel Nunes, Diretora da Escola Secundária de Rio Tinto, Luísa Pereira,Deputada do Partido Socialista, Isabel Santos, Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Marco Martins, autarcas Rui Quelhas, Alfredo Correia, Pimenta Dias,Rui Nóvoa, CDU de Rio Tinto, PSD de Rio Tinto.
Conhecer este projeto é ter acesso a uma alternativa viável, equilibrada e ambientalmente sustentável, para lá das “soluções” óbvias de mais betão e mais poluição.
VENHA CONHECER 
O PROJETO DO PARQUE DA LEVADA!

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Há alternativas


Quando nos colocam perante políticas de facto consumado, interessa saber que há alternativas fundamentadas e sustentadas que deveremos ter em conta.
Venha conhecer um inovador projeto que um grupo de jovens elaborou para a zona do Centro Cívico de Rio Tinto, entre as Piscinas Municipais e a Travessa da Ponte.
Pelas 14:45  de 20 de Outubro, Sábado, no anfiteatro da Escola Secundária de Rio Tinto, a apresentação deste projeto, a que se seguirá uma visita, comentada ao local onde ele se deve implantar.
Venha conhecer o Projeto do Parque da Levada

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Um exemplo aqui tão perto


É hoje inaugurado o Parque da Devesa em Famalicão, concretização de um projeto que partiu da iniciativa da respetiva Câmara Municipal, com a participação de parceiros locais e financiamentos de verbas comunitárias. Trata-se de um espaço verde público de 23 hectares dotado de diversos equipamentos entre os quais se destacam um anfiteatro natural com 3000 lugares sentados, um moinho reconstruído e a chamada Casa do Território que acolherá os serviços educativos de apoio à interpretação do Parque.
Por motivos óbvios merece o nosso particular enlevo o facto do Parque da Devesa ser atravessado pelo rio Pelhe, um curso de água que esteve escondido do olhar dos famalicenses  e que sofreu uma profunda requalificação e despoluição, tendo ganho, com esta intervenção, um  lago artificial e várias cascatas.
Esta notícia vem demonstrar que é possível, em vez de investir em mais betão, em vez de ignorar as riquezas naturais que as localidades possuem, em vez de destruir ou atacar o património natural, apostar na criação de espaços postos ao serviços da comunidade e que melhoram decisivamente a qualidade de vida dos cidadãos.

Não são, pois, utópicos os apelos que o nosso Movimento tem lançado no sentido da reabilitação do nosso rio, da recuperação de peças importantes do nosso património construído, da construção de um parque natural no centro cívico de Rio Tinto, prolongando a Quinta das Freiras, tornada um pólo centralizador de uma nova visão para este local que poderia e deveria ser um emblema verde da cidade.

Assim haja vontade política e verdadeira vontade de servir as populações e as "utopias" passam a ser realidade.
Seria bastante útil que a Câmara Municipal de Gondomar pudesse ler com atenção esta notícia e refletir sobre a sua própria inatividade na área ambiental.
Para conhecer mais pormenores deste parque, clique aqui.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Projeto de Impacto e Recuperação da Paisagem para a Zona da Levada

O curso de  arquitetura paisagista da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto estudou, durante mais de um ano e meio, as amplas características do território da bacia hidrográfica do Rio Tinto e do Rio Torto.
Um desses grupos de futuros arquitetos enviou-nos recentemente um estudo e uma proposta elaborados para uma  intervenção denominada  Projeto de Impacto e Recuperaçao da Paisagem para a zona da Levada. O desfecho é uma recuperação para o rio Tinto e a ribeira da Castanheira, no sentido de transformar este local num parque público junto ao metro, acrescentando as soluções técnicas necessárias para tornar as linhas de água mais saudáveis e mais aprazíveis e de fruição para habitantes e visitantes do rio Tinto.
Do Estudo Prévio resulta um determinado conceito e uma proposta audaciosa que transcende e questiona  as soluções “tradicionais”... e a finalidade daqueles espaços. Por si só o projecto provoca, relança uma ideia e decifra uma realidade totalmente nova. E mais, a urgência apontada responsabiliza-nos a assumir definitivamente que ou se corrige a situação atual ou teremos a destruição irreversível de áreas naturais sensíveis.
Não é possível transformar a realidade sem ter a plena consciência dos atos e das possibilidades futuras a que este projecto nos incita, o qual traduz  expectativas de inquéritos realizados junto da comunidade, que apontam  para a existência de um Parque Urbano (de resto consignado no PDM), em harmonia com o rio Tinto, no centro da cidade.
Da parte do jovem grupo de futuros arquitetos foi endereçada ao Movimento a mensagem: “Significaria muito para nós podermos ajudar-vos, agora que o trabalho foi realizado e não teremos problema nenhum em reformular espaços com a vossa participação. Contem com a nossa disponibilidade para traçar o objectivo de requalificar a Levada!”
Da parte da população, parece não restarem dúvidas sobre o que há a fazer. Da nossa parte um grande bem hajam, o nosso apoio e incentivo e os nossos parabéns.
Agora…, estarão as entidades de decisão politica e administrativa abertas a uma extraordinária transformação daquele espaço considerando e valorizando o rio Tinto?

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Despoluir o rio Tinto e elegê-lo como “âncora” e elemento natural que dará nova vida ao território: um Corredor Verde desde Quinta das Freiras até à Foz

Em 2006, o Movimento defendia “o aproveitamento e recuperação de elementos patrimoniais ligados ao rio, como por exemplo o Moinho da Vitória na Levada e o aglomerado ribeirinho junto ao Horto de Vila Cova criando um Centro de Interpretação Ambiental, no qual os mais jovens pudessem aprender a história e compreender a cultura”. Logo a seguir no âmbito do projecto 50 Espaços Verdes proposto pela associação ambiental Campo Aberto, foi identificada uma considerável área a juzante da Quinta das Freiras (em Rio Tinto), como área em perigo e a proteger, ou seja, a importante zona de confluência do rio Tinto e da ribeira da Castanheira, de paisagem verde e rural com significado e com vários elementos patrimoniais e para a qual havia diversas propostas. A bacia do rio Tinto integra ainda o Parque Oriental da cidade do Porto.
À margem destas ideias, a CMG insiste em dar máxima capacidade construtiva a muitos dos espaços verdes e zonas  sensíveis de alagamento junto ao rio e ribeiras. Por isso, é a chegada a altura de promover, com todas as entidades gestoras e as populações, uma ligação através de um corredor verde, desde a zona contígua à Quinta das Freiras até ao Parque Oriental e à foz dos rios Tinto/Torto. As margens do rio ainda "escondem" enormes potencialidades, que obrigam a considerar a criação de um verdadeiro espaço de recreio e lazer intermunicipal unido pelo rio Tinto.
O Movimento em Defesa do Rio Tinto continuará comprometido na promoção e na mobilização para melhorar o ambiente, a biodiversidade e garantir o futuro do rio Tinto.
Mais informações : http://www.50espacos.campoaberto.org/espacos/lista/fichas/gondomar/rio_tinto/13/delimitacao.html

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Agosto... E depois?

Agosto é o mês anunciado para a conclusão das obras da intervenção na ETAR do rio Tinto.Assim o disse o Governo, através do Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Acrescentando que "após a conclusão da remodelação será avaliada a eficiência da ETAR e a implementação de eventuais medidas adicionais." Ou seja, depois da obra feita é que se saberá se foi bem feita...
Agosto está aqui. No fim do mês ver-se-à, então, se a remodelação foi "eficiente". Para nós, a eficiência terá de ser avaliada, entre outros parâmetros, pela decisiva melhoria da qualidade dos efluentes lançados a juzante da ETAR, no rio Tinto. Até agora, nenhuma boa novidade a registar.
Depois de Agosto? Veremos...

sábado, 28 de julho de 2012

Placas identificadoras do rio

Há tempos, numa das várias reuniões abertas que o nosso Movimento leva a efeito, alguém referia a falta de placas que pudessem chamar a atenção para a passagem do rio Tinto por diversos locais da nossa cidade.
Na sequência dessa intervenção oficiámos à Junta de Freguesia de Rio Tinto, sugerindo a colocação de placas desse tipo, enumerando mesmo alguns pontos onde se nos afigurava ser mais significativa a identificação do curso do rio.´
Recebemos,passado pouco tempo, com bastante agrado, a comunicação de que o Executivo da Junta tinha aprovado a nossa pretensão, ficando a sua concretização a aguardar disponibilidade orçamental.
Aquando da 5ª Caminhada, pudemos constatar que as referidas placas haviam sido colocadas, nas zonas que tínhamos enumerado.
Assim, os riotintenses ou os cidadãos de outras localidades que transitem perto do curso de água que dá nome à nossa cidade poderão mais facilmente dar-se conta da presença deste bem natural, primeiro passo para que possam participar mais ativamente na sua defesa e requalificação.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Reunião com a CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) II parte

Concluimos hoje as notas sobre  a reunião com a CCDR-N realizada em 18 de Junho

Relacionado com a construção da variante ligação viária entre a rotunda de Rebordãos e a rotunda do Parque Nascente em zonas de domínio hídrico (confrontam com a ribeira da Castanheira, afluente do rio Tinto), deixámos um pedido de informação urgente.
Aquela intervenção está a decorrer interferindo e alterando os sistemas protegidos daquele recurso, devendo a mesma estar sujeita à obtenção de um Título Utilização dos Recursos Hídricos, a requerer às entidades competentes, designadamente à ARH Norte e à CCDR-N.

Em reunião de 23 de Novembro do 2011, entre representantes do Movimento e o Presidente da ARH do Norte, solicitámos informação detalhada, sobre a autorização para o avanço das obras. Até à presente data e após seis insistências, não nos foi remetido qualquer esclarecimento. Decorrerão aquelas obras legalmente? Não é situação que não se tenha já registado aquando do entubamento do rio Tinto.
Assim, e porque ostensivamente estas obras decorrem com grave prejuízo para todo o sistema fluvial, com consequências graves ao nível da topografia do terreno, destruição da massa vegetal e biodiversidade (de que destacamos a nidificação de galinhas de água) questionámos a CCDR-N: Se foi emitido parecer favorável por essa entidade quanto à Reserva Ecológica Nacional (REN) e com que data? Se esta intervenção mereceu parecer da ARH Norte e no caso afirmativo qual o seu sentido? Se não estava obrigada a CM Gondomar a disponibilizar ao público toda a informação sobre a intervenção e se não existia por parte da autarquia a obrigação de consulta e divulgação pública, face à decisão de intervenções num espaço com efeitos significativos para o ambiente? Se devido às características físicas daquele espaço foram efectuados os estudos indispensáveis quanto a cheias, movimentação de terras, reclassificação dos solos e propostas de ocupação futura daqueles espaços? E, no caso de não se verificarem todos os requisitos legais, se a obra pode prosseguir nos termos em que a mesma está a avançar?
Vamos aguardar a resposta da CCDR-N que outros organismos calam, a mais uma ocupação e apropriação selvática de áreas protegidas e de valor inestimável.

domingo, 8 de julho de 2012

A VERDADE DOS FACTOS OU AFINAL QUEM CALUNIA?

O nosso último post motivou, por parte da Câmara Municipal de Gondomar – Pelouro do Ambiente, uma surpreendente reação, colocada em forma de comentário ao nosso texto. O tom irritado usado na “resposta” revela uma perturbação que só pode ser explicada por uma apressada leitura do nosso texto. Com efeito, acusar o Movimento da divulgação de “calúnias” e de ser composto por gente de “má indole” é demasiado grave para ser deixado sem resposta. Vamos, então, aos factos:
1 – No texto do post referimos que a Câmara Municipal de Gondomar, conforme nos foi corroborado pela CCDR-N, nunca apresentou qualquer candidatura a verbas do QREN. Sublinhamos verbas do QREN.
2 – Em 29 de Fevereiro de 2008, em reunião com o Senhor Vereador do Ambiente da CMG, este garantiu-nos que o Senhor Vice-Presidente estava a acompanhar o processo de candidatura do rio Tinto a verbas do QREN e que tudo estava a decorrer de molde a ser apresentada essa candidatura.
3 – No dia 6 de Abril ainda de 2008, no início da 2ª Caminhada pelo Rio Tinto, o Senhor Vereador continuava a afirmar que a candidatura estava em marcha. Convidado a proferir algumas palavras anunciando aos cerca de 600 presentes na iniciativa essa boa nova, até porque o prazo terminaria no dia seguinte, o autarca recusou essa oportunidade.
4 – Passados alguns dias, soubemos que a candidatura não tinha avançado.
5 – Vem agora a CMG , de modo indignado, referir que, desde 2010 (!!!???...) apresentou duas candidaturas ao Fundo de Proteção de Recursos Hídricos das quais foi aprovada uma, para intervenção na margem esquerda do rio. Mas mistura coisas distintas. Nós falamos em QREN , a Câmara fala do Fundo de Proteção.
6 – A intervenção referida não é, de modo nenhum, uma “reabilitação” mas sim uma reparação de danos causados pelas cheias de final de 2009. Danos que muito tiveram a ver com erros estruturais anteriormente cometidos. E reparação essa que foi conduzida de modo mal planeado e mal fiscalizado, o que, passado pouco tempo, obrigou a novas intervenções corretivas.
7 – A reabilitação do rio que sempre considerámos como essencial, tem a ver com a sua despoluição, com a renaturalização das margens, com a preservação do património adjacente. O que não se consegue com verbas da reduzida dimensão das referidas no comentário citado, gastas em obras pontuais.

Tendo em conta todos estes factos, só pode resultar a conclusão de que o Pelouro do Ambiente se precipitou ao produzir aquele comentário insultuoso. Então, se é mentira o que dizemos quando afirmamos que a CMG nunca se candidatou, em nome do Rio Tinto a verbas do QREN, a autraquia tem a oportunidade de comprovar a legitimidade da sua indignação. Então, dirá quando, em que moldes e com que resultados apresentou uma candidatura a essas verbas, não mistificando a situação com a referência a candidaturas de outro tipo, destinadas a remediar situações “imprevistas”.
Mas está ainda a CMG a tempo de emendar a mão. Em 2014, haverá possibilidade de novas candidaturas a verbas do QREN. Está a autarquia disposta, desde já, a integrar um processo para apresentação de uma candidatura de qualidade, que, desta vez, seja mesmo efetiva?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Reunião com a CCDR-N (Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte) I parte

No dia 18 de Junho, o Movimento em Defesa do Rio Tinto foi recebido por dirigentes da CCDR-N, importante órgão de coordenação de execução técnica das políticas regionais, em mais uma diligência de sensibilização para a gravidade da situação do rio Tinto e para requerer informação relacionada com a ribeira da Castanheira.
Apresentadas as nossas preocupações, foi patente a concordância daquele órgão para a necessidade da elaboração de um projeto que envolva e responsabilize os municípios de Valongo, Gondomar e Porto para a reabilitação do rio Tinto, ficando a CCDR-N de iniciar esforços para apoiar uma candidatura fundamentada e de qualidade, no quadro do apoio dos fundos europeus, em 2014. Registámos a disponibilidade para promover o envolvimento da ARH Norte e da LIPOR, nos anunciados estudos sobre cheias no rio Tinto e minimização dos seus impactos, a solicitar à FEUP, e na implementação do estudo da qualidade da água do rio Tinto.
Foi-nos referido que, a falta de um processo de reabilitação do rio Tinto não se deve à falta de dinheiro dos fundos do anterior QREN. As entidades (dizemos nós, Câmara Municipal de Gondomar, designadamente Vice-Presidente e Vereador do Ambiente) não foram capazes de apresentar candidaturas (ou não tiveram vontade).

Brevemente apresentaremos aos nossos leitores a segunda parte das notas desta reunião, já que foram abordadas outras questões de grande importância.

sábado, 30 de junho de 2012

Ficámos a conhecer melhor a Ribeira da Castanheira

Depois do adiamento aqui referido, hoje o tempo esteve mais favorável e pudemos caminhar perto da Ribeira da Castanheira, o que permitiu, a muitos dos cerca de 30 participantes, conhecer aspetos para si inéditos desta importante peça da bacia do rio Tinto.No início da Caminhada, o Paulo Silva situou os objetivos desta iniciativa.
Começámos por parar nas margens da ribeira, nos terrenos do antigo mercado, que neste dia começava a estar ocupado por equipamentos de diversão destinados às próximas festividades de Rio Tinto. E logo ali um exemplo de como as linhas de água são por muitos consideradas como condutas de despejos.
Mais adiante, junto do que resta de um belo moinho outrora alimentado pelas águas da Ribeira, parámos junto das obras que já referimos e que se destinam ao atravessamento inferior da linha férrea por uma nova via de acesso à chamada rotunda do Parque Nascente. A ribeira e esse moinho ficam sufocadas pelas enormes montanhas de betão que ali estão a ser erguidas.
Fomos caminhando para montante da ribeira, cujo caudal ia diminuindo e as margens estreitando.
Atravessámos campos onde ainda se observa uma atividade agrícola significativa e que importa incentivar e preservar.

Pudémos mesmo observar uma pequena plantação de manjericos, bem própria quadra dos Santos
Populares que atravessámos
Aqui e ali, restam vestígios de equipamentos relacionados com o usufruto da ribeira , como este antigo lavadouro
este antigo moinho

ou esta represa
De realçar que as águas da ribeira mais próximas da nascente apresentam um agradável  aspeto límpido.
A caminhada terminou no local onde as águas da Ribeira da Castanheira deixam de se ver num emaranhado de vegetação. Mais adiante andarão  sob casas e estradas que por ali foram surgindo.
Com mais esta atividade do Movimento em Defesa do Rio Tinto julgamos ter contribuido para um melhor conhecimento deste importante recurso hídrico, condição essencial para que nos empenhemos na sua defesa e na sua preservação.

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Caminhada pela Ribeira da Castanheira

Depois de adiada, pelos motivos referidos nas postagens anteriores, vamos, no próximo sábado, conhecer melhor a Ribeira da Castanheira, o mais importante afluente do rio Tinto.
A concentração ocorre junto do Centro de Saúde pelas 9h30.
A caminhada, ida e volta deverá demorar cerca de 2h30.
Convém levar água e usar calçado adequado às características do percurso já que teremos de atravessar zonas com algumas "asperezas".
Venha participar connosco nesta Caminhada!

sábado, 16 de junho de 2012

Adiámos a ação, mas, mesmo assim, vimos coisas...

Estava agendada para hoje uma caminhada pela Ribeira da Castanheira.
No entanto, dadas as chuvadas caídas durante a noite e parte da manhã, achou-se por bem adiar o evento, dado o alagamento e enlameamento de terrenos por onde iríamos caminhar.
Deste modo, a ação irá decorrer num sábado ainda a definir e a anunciar oportunamente.
Mas, mesmo assim, os cerca de dez "resistentes" que se concentraram junto do Centro de Saúde, resolveram fazer um breve passeio pelas imediações, durante o qual se puderam constatar alguns factos que mereceram atenção.
Logo ali, junto ao rio, uma brigada composta por alguns trabalhadores da empresa Águas de Gondomar e da empresa construtora das obras realizadas naquela zona, após as cheias de dezembro de 2009, com uma retroscavadora, procedia, ao que parece, à tentativa de reparar um coletor de esgotos há dias danificado pelo progressivo e contínuo aluimento do talude contíguo à via pública.
Este coletor, já conhecido por anteriores colapsos, estava, há dias, a drenar para o rio Tinto, dejetos oriundos de milhares de habitações com consequências desastrosas para o ambiente, desde logo sentidas pelo cheiro nauseabundo ali suportado por residentes, transeuntes e utentes do Centro de Saúde.

Esperamos que estas obras decorram rapida e eficientemente, Entretanto, se naquele local não se proceder a uma intervenção tecnicamente sistentada, de consolidação do talude, receia-se que novos danos surjam, designadamente ao nível do arruamento que tem vindo a abater, desde há cerca de ano e meio.
De registar que, na véspera deste dia, o Jornal de Notícias publicava uma extensa reportagem sobre estas anomalias. Por outro lado, estava prometida a presença, nesta zona, do nosso Movimento, para a adiada caminhada. Coincidências?

Mais adiante, estivemos a observar obras que decorrem, em ritmo acelerado,  ao lado da ribeira da Castanheira, num local onde existem ruínas de um antigo moínho, junto ao qual passámos durante a 5ª Caminhada pelo Rio Tinto.
Estas obras farão, ao que parece, parte da conclusão de uma via de acesso à rotunda do Parque Nascente e que irá atravessar, de modo desnivelado, a linha férrea.
Mais betão e alcatrão junto da ribeira e património anexo poderá significar, entre outras coisas, mais constrangimento para este troço do património natural. Será que o que resta do moínho vai resistir? E os destroços de uma antiga nora agrícola irão ser removidos juntamente com as montureiras de entulho e lixo que por ali se foi acumulando?
Estas obras levantam-nos muitas inquietações e interrogações que esperamos, em breve, ver esclarecidas.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Caminhada pela Ribeira da Castanheira


O convite para o próximo sábado, dia 16, pela manhã, é para um passeio pelo principal afluente do rio Tinto, a ribeira da Castanheira.
A ribeira, que desaguava no rio,perto  do local onde se situa hoje a estação do Metro da Levada, estende-se por extensas áreas da freguesia ainda com função agrícola, alternadas aqui e ali com matas e vegetação de uma impressionante diversidade e beleza. 

Hora e Ponto de encontro: 9h30 - Centro de Saúde de Rio Tinto.

Percurso de ida e regresso com duração máxima de 2h30.

terça-feira, 5 de junho de 2012

6 anos e...?

 
Há 6 anos

Decorrem hoje 6 anos sobre a data em que o Movimento em Defesa do Rio Tinto, enquanto tal, fez a sua apresentação pública.
Se assinalamos o facto não é porque sejamos demasiado dados a evocação de efemérides mas sim para constatarmos que, decorrido este tempo, as razões que invocávamos para lançamento desta plataforma de ação cívica e os objetivos que, então, enumerámos permanecem com uma atualidade que nos preocupa.
Recordamos esses objetivos, listados no Manifesto inical do Movimento:
- Requalificar a Bacia Hidrográfica do rio Tinto, visando o desentubamento e a recuperação do leito, das margens e dos seus afluentes.
-  Aumentar a atractividade da zona ribeirinha e promover a sua defesa e usufruto pelos cidadãos, com a criação de vias ciclo-pedonais arborizadas, parques de merendas e de lazer.
-  Recuperar e defender o património histórico-cultural, designadamente os moinhos, azenhas e levadas.
-  Desobstruir os locais em que o rio provoca inundações de forma cíclica.
-  Eliminar, com medidas de apoio social, as centenas de ligações de águas residuais que drenam directamente para o rio.

Como se vê, passados 6 anos tudo o que então referíamos como essencial, continua por cumprir. E lamentamos ter de constatar que muitas coisas até pioraram desde então. Com novos entubamentos, com novas ameaças de ocupação de terrenos com importância ecológica,com investimentos erráticos e de utilidade mais do que duvidosa, teremos de concluir que a existência do Movimento, mais do que nunca se justifica e se impõe.
Por isso, continuaremos no dia a dia a erguer a nossa voz. Uma voz que, para alguns poderá ser incómoda. Esses são os que se sentem obrigados a proferir belas palavras de apoio e de consideração pelo rio mas que, podendo alterar o rumo dos acontecimentos, não passam das "pancadinhas nas costas" que se não nos confortam muito menos nos iludem.
Mas, apesar de tudo, também sabemos que, pela nossa ação determinada e persistente, temos interferido com comodismos instalados e "obrigado" certas entidades, a, de modo mais ou menos visivelmente contrariado, romperem com um silêncio que, estamos convictos, se não existíssemos estaria ainda mais "ruidosamente"instalado.
Então, porque o rio e a cidade merecem, aqui fica a promessa (para alguns será uma ameaça?) de que não abandonaremos a luta.
Assinalar estes 6 anos será apenas mais um pequeno passo de uma caminhada em que não nos esmorecerão nem a força nem o empenhamento.
Continuem a contar connosco!

quarta-feira, 30 de maio de 2012

O Governo respondeu...

O Partido Ecologista “Os Verdes” dirigiu ao Governo, através da Assembleia da República, as seguintes perguntas:
1 – Tem o Governo, a curto ou médio prazo, algum plano para recuperar o Rio Tinto?
2 – Quanto tempo mais vão ter de esperar as populações para poderem usufruir do seu rio na forma natural?
O Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território respondeu, posteriormente. Dessa resposta realçamos os aspetos mais relevantes.
O estado atual da massa de água que o rio constitui foi classificado como “Mau”, devido essencialmente a pressões de ordem urbana, estimando-se que, pela aplicação estrita da Diretiva Quadro da Água (Parlamento Europeu) , se atinja o estado de “Bom” num prazo de tempo que pode levar até 15 anos.
Para cumprir esse objetivo, foram, nomeadamente, delineadas as seguintes medidas:
- construção/melhoria do nível de tratamento da ETAR das AGS Gondomar (a chamada ETAR do Meiral);
- requalificação e valorização dos rios Tinto e Torto;
- estudo de afluências indevidas às redes de drenagem urbana à rede hidrográfica e se necessário o controlo das mesmas.
Estas medidas terão como horizonte temporal, os anos de 2012 a 2015.
No que se refere à ETAR de Rio Tinto, (adianta ainda a citada resposta), de acordo com as informações da empresa Águas de Gondomar,a solução proposta para as obras em curso prevê:
- a desativação da antiga obra de entrada;
- a construção de uma nova obra de entrada que permita uma remoção mais eficaz de gradados, areias, óleos, gorduras, e de um novo tratamento físico-químico por coagulação-floculação;
- a alteração do digestor permitindo a extração de sobrenadantes;
- a construção de um novo edifício de desidratação de lamas e estabilização das lamas desidratadas com cal.
Após a conclusão da remodelação (Agosto 2012), será avaliada a eficiência da ETAR e a necessidade da implementação de medidas adicionais.

Depois de saudarmos esta iniciativa de “Os Verdes”, oferece-nos adiantar alguns breves comentários. Além da enunciação das conhecidas medidas constantes do plano de bacia que atiram lá para 2027 a possibilidade de o rio Tinto vir a ser considerado Bom, é feita luz sobre a remodelação da ETAR, através do esclarecimento de alguns pontos . De salientar que a empresa Águas de Gondomar, apesar das nossas insistências, nunca nos informou nem esclareceu sobre as dúvidas e perplexidades que oportunamente lhe remetemos a propósito desta obra. É particularmente preocupante a previsão da avaliação da eficiência de uma obra já depois da sua conclusão...
E é estarrecedor que fiquemos a saber destas alterações via Assembleia da República, quando  diversas estruturas descentralizadas do estado e empresas de serviço público deveriam responder ao que fazia sentido ser esclarecido de modo aberto e transparente.
Entretanto, é intolerável que a nível local e municipal, ninguém esteja a acompanhar, a exigir informação e garantias da eficiência deste investimento.
Registamos, ainda, que, na resposta, se foca essencialmente a questão da ETAR. Todas as outras intervenções não são claramente  descritas, nem calendarizadas, nem apontados os seus executantes

sábado, 19 de maio de 2012

Estivemos na LIPOR

Conforme o previsto, estivemos, na manhã de hoje, na LIPOR, onde fomos amavelmente recebidos.
Éramos cerca de trinta , tendo a visita sido iniciada, no auditório da empresa,com uma breve apresentação, a cargo do Engº  Filipe Carneiro sobre a " A História de uma liixeira" onde se documentavam as diversas etapas por que passou a deposição de lixos naquela zona. Do mesmo modo se deram a conhecer as principais preocupações da LIPOR em termos ambientais bem como processos experimentais em curso, nomeadamente para o tratamento de lixiviados..

De salientar a grande transformação operada nesse local, desde a descontrolada deposição inicial de resíduos (década de 60) até à posterior selagem do aterro que hoje se apresenta como uma apraziível colina coberta de vegetação, que alberga um agradável "Parque Aventura"(visitado em 2011 por cerca de 26 mil pessoas) aberto à salutar fruição dos cidadãos.
Seguiu-se um período de perguntas e respostas onde o Dr Fernando Leite, Administrador Delegado da LIPOR, acompanhado por outros técnicos da empresa, designadamente o EngºAbílio Almeida, prestou esclarecimentos diversos.


Em síntese, foi referida a disponibilidade de a LIPOR patrocinar a monitorização de todo o rio Tinto desde  que tal seja solicitado por uma entidade responsável, neste caso, a CCDRN (já o fazem no rio Leça). Reconheceu-se que existe nesta zona um problema de excesso de azoto amoniacal mas há outros focos de poluição  que  são, de há muito, conhecidos.
Aquele dirigente acentuou a ideia de que o rio Tinto só poderá ser recuperado desde que se proceda à sua renaturalização. Aliás, a empresa pagou um projeto de despoluição do rio, que, como é óbvio, não lhe cabe executar.
Seguiu-se uma caminhada dentro das instalações da empresa, com destaque para o trajeto circundante da colina do Parque Aventura.


O Movimento em Defesa do Rio Tinto agradeceu a disponibilidade e a cordialidade da receção e reafirmou a intenção de prosseguir o diálogo e a colaboração com a LIPOR.