domingo, 26 de dezembro de 2010

Novo ano



Estamos a terminar mais um ano e eu, rio Tinto, não fujo à regra de fazer um balanço sobre aquilo que se passou e de formular votos para o Ano Novo que se aproxima.
Mas, no meu caso, o balanço não pode deixar de ser sombrio. Com efeito, passaram mais 365 dias e nada de positivo pude constatar que me fizessem aqueles que poderiam intervir para me devolver saúde alegria. Saúde e alegria com que, em tempos não muito distantes, convivi com gerações e gerações de riotintenses. Até que gente sem visão, sem sentimentos, sem escrúpulos, cometeram sobre mim atentados sem perdão.
Aliás, neste ano que passou, ao invés de se remediarem males que me fizeram, novas malfeitorias me acrescentaram.
Por outro lado, continuaram a deixar-me ao abandono, não corrigindo, por exemplo, os danos que, contra a minha vontade, sofri e provoquei nas cheias dos finais de 2009. Por exemplo, ali na zona da Levada, o desolador espectáculo de destruição, com montes de pedras e detritos, lá continua, sem que aqueles que, na altura, envergonhadamente prometeram estudos e reparações tenham feito algo de visível. Mais de um ano passado. Um ano!

Por tudo isso, e porque tenho idade suficiente para não alimentar falsas esperanças e porque já acumulei experiências amargas com a inactividade dos decisores responsáveis pelo meu estado, não auguro nada de muito bom para 2011. Temo que se passe mais um ano e eu, rio Tinto, continue abandonado por aqueles que se poderiam redimir, redimindo-me.
Mas, mesmo assim, quero fazer um esforço para desejar que,. no próximo ano, haja um rebate de consciências e apareçam acções concretas e fecundas, para se começar a inverter o estado de decadência a que me condenaram.
Sei que, apesar de tudo, ainda tenho muitos amigos, com os quais continuo a contar. Se dependesse apenas da sua vontade, sei que teria um excelente e próspero Ano Novo. Nesses, continuo a acreditar.E são esses amigos que, mesmo cansado e desiludido, me fazem partir para 2011 ainda com algumas esperanças.
Oxalá que não chegue ao final do próximo ano, ainda mais cansado, mais desiludido, mais pobre.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

AS CARRUAGENS JÁ CIRCULAM

As carruagens, embora ainda na fase de testes, já circulam na nova linha do Metro que servirá Rio Tinto. Congratulamo-nos com o facto, reafirmando a posição de sempre do Movimento em Defesa do Rio Tinto: trata-se de um equipamento da maior importância para os riotintenses, já que lhes vai permitir dispor de mais e melhores soluções de mobilidade.
No entanto, tal satisfação nunca nos fará esquecer as reservas que, igualmente, sempre manifestámos publicamente.e que, por diversas vezes, tentámos apresentar pessoalmente aos responsáveis da empresa. Sem sucesso, devido à falta de disponibilidade demonstrada face às nossas perocupações.
Com efeito, continuamos a pensar que o projecto poderia ter contemplado soluções menos conflituosas para com o rio, designadamente quando contribuiu para a desnaturalização das margens em alguns troços, quando entubou mais umas dezenas de metros, quando eliminou testemunhos de um passado que interessava preservar. Por outro lado, continuamos a pensar, também, que se perdeu uma oportunidade para, na zona central da cidade, devolver parte do rio aos olhos dos cidadãos.
Ao sentir passar sobre si as carruagens do Metro, o rio vai ter uma dupla sensação: por um lado, sentirá que as pessoas vão contentes porque chegam mais comodamente e mais depressa aos seus destinos, e com isso se sentirá feliz; mas, por outro lado, sentirá a mágoa de não poder conviver com este melhoramento, mais de perto, mostrando-se, orgulhoso da sua naturalidade, aos olhos dos passageiros.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

II Encontro Nacional do Projecto Rios

Conforme aqui anunciámos,realizou-se, no passado Sábado, 27 de Novembro, em Viana do Castelo, o II Encontro Nacional do Projecto Rios.
O rio Tinto compareceu à chamada. Embora tal facto não seja o mais relevante, foi até o mais representado.
Por três grupos distintos: o Move Rio Tinto, o Projecto Limpar Portugal - Porto e cerca de 60 alunos e professores da EB 2,3 de Rio Tinto.
Eis algumas fotos que ilustram a "Marcha Pelos Rios" realizada nas ruas de Viana.


domingo, 14 de novembro de 2010

II ENCONTRO NACIONAL DO PROJECTO RIOS


Para mais pormenores, programa e ficha de inscrição, clicar aqui.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

BIOSFERA - a não perder

Guiados pela mão conhecedora do nosso amigo Pedro Teiga, eis uma lição de inestimável valor que nos mostra duas realidades distintas:um troço de rio natural e um troço de rio entubado (neste caso o nosso rio Tinto). Vendo, e ouvindo, com atenção, entender-se-á ainda melhor, a razão por que lutamos pela devolução do nosso rio ao estado que a memória dos mais velhos ainda conserva.
Não perca a visualização deste

BIOSFERA
(clique sobre a palavra destacada)

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

20 MIL VISITAS A ESTE BLOG - APENAS MAIS UM MARCO QUE NOS IMPULSIONA PARA CONTINUARMOS A LUTA

Em boa hora abrimos este canal de relacionamento com a comunidade que por sua influência e acção de muitos dos amigos do rio, fez crescer a consciência dos problemas do rio Tinto.
Ao longo do tempo este blog tornou-se numa fonte coerente, expôs a realidade, informou e deu pequenas ajudas para melhor entender os problemas do rio. Por seu intermédio demos poucas (infelizmente pouquíssimas) notícias positivas, mas muitas mensagens de esperança e de activismo.
Muitas foram as referências de órgãos de comunicação, do poder autárquico e outros, de associações populares e ambientais, de professores e alunos ao blog do Movimento e das notícias do rio divulgadas através dele.
Enquanto espaço aberto, mantivemos o compromisso do respeito por todos, pelos contributos e comentários, que revelaram em geral, o amadurecimento das ideias e a tolerância mútua.
Desafiamos todos os nossos visitantes a participar mais, comentando, criticando e trocando  experiências.
Temos enormes desafios pela frente, cabendo-nos a acção para salvar o rio Tinto, a sua riqueza natural e patrimonial únicas.
Estes elementos que são a oportunidade para colocar todo o vale do rio Tinto na senda da qualidade de vida e do bem-estar.
O marasmo e inconsequência de tanta, tanta gente, que devido a múltiplos acontecimentos, tem sido obrigada a falar como nunca falou do rio Tinto, não serve o futuro deste recurso. Avancemos então com a acção determinada e um projecto integrado de reabilitação do rio Tinto.
Se queremos o rio despoluído e ambientalmente requalificado e ao serviço de todos, é connosco que esse objectivo tem de ser realizado.
Ao trabalho pelo rio Tinto!

Nota - estas 20 mil visitas são as contabilizadas apenas desde a colocação neste espaço de um contador, o que aconteceu cerca de um ano após a sua entrada em funcionamento.

domingo, 31 de outubro de 2010

Encontro de ideias

Realizou-se, no Sábado, 30 de Outubro a reunião aberta, para a qual o Movimento em Defesa do Rio Tinto convidou, para além dos cidadãos que têm participado nas suas iniciativas ou que, em geral se revejam na necessidade de se preservarem os bens naturais, entidades responsáveis pela gestão dos recursos hídricos, representantes dos órgãos autárquicos e de organizações políticas.
Compareceram cerca de duas dezenas de pessoas verificando-se que, para lá do Movimento Limpar Portugal (Porto), da CDU e Partido Ecologista os Verdes, não estiveram presentes quaiquer outras entidades colectivas.
De qualquer modo, apesar de não ter sido muito concorrida, a reunião foi proveitosa. Houve, de facto, o "encontro de ideias" que pretendíamos levar a efeito.
Foi patente a necessidade de continuar e aprofundar o trabalho, continuando a "mostrar" o rio e a mantê-lo na agenda, já que persistem os "eternos" problemas por resolver, entre os quais se salientaram a manutenção de descargas de esgotos directamente para o rio e a ETAR do Meiral cujo funcionamento se mostra ineficaz ou mesmo nocivo.
No futuro, há também que procurar envolver no trabalho  militantes pela defesa do ambiente dos outros concelhos por onde o rio corre, designadamente o Porto, por cujo Parque Oriental, em construção, passa e onde desagua. Neste aspecto, foi desde logo manifestada a disponibilidade dos representantes do "Limpar Portugal" presentes, para passarem a integrar o trabalho de planificação e concretização de iniciativas futuras.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

sábado, 23 de outubro de 2010

ENCONTRO DE IDEIAS

REUNIÃO ABERTA DO MOVE RIOTINTO
30 DE OUTUBRO 15 HORAS
SALÃO NOBRE DA JUNTA DE FREGUESIA
DE RIO TINTO

Poderão participar:
- todos quantos se considerem apoiantes do Movimento;
- responsáveis autárquicos ou outros decisores, que, directa ou indirectamente, possam intervir na resolução da problemática que afecta o nosso rio;
- membros de forças políticas;
- em geral, todos os cidadãos que se revejam na necessidade de intervir na preservação dos bens naturais.
O Movimento em Defesa do Rio Tinto, pretende ser o eco de aspirações, ideias, projectos.
Venha participar neste encontro de ideias. Com a sua contribuição seremos mais fortes, mais dinâmicos, mais informados, mais objectivos.
Contamos consigo no próximo Sábado!

domingo, 17 de outubro de 2010

Mais uma ruptura de um emissário e mais poluição

Há muito vínhamos notando um aumento do caudal da ribeira da Castanheira e um acréscimo de níveis de poluição, que em diversos momentos superavam mesmo os do rio Tinto.
Após um alerta de uma moradora, elementos do Movimento foram metendo pés ao caminho e deram com o problema: o emissário que recolhe os esgotos da bacia da Castanheira, Rebordãos e parte da Triana está partido debaixo da passagem da linha de comboio (linha do Douro e Minho).A estrutura de cimento cedeu e, sensivelmente a meio do túnel, drena directamente para o rio.


Tudo isto por razões ainda não totalmente esclarecidas mas que terão muito a ver com a decisão desastrada de colocar um emissário de esgotos na área de influência de uma linha de água.
De qualquer modo,as intervenções de construção de uma estrada e diversas movimentações de terras, bem como a deposição de toneladas de entulho nas imediações (ou melhor em pleno dominio hidrico) a montante do túnel, não devem ter sido alheias a esta ruptura.
Resultado:  a montante do túnel, uma paisagem linda, estruturas únicas, um moinho em ruínas e águas claras,

a juzante um nojo,  um cheiro pestilento.
Sobre mais esta situação que põe em risco a saúde de bens naturais essenciais, o Movimento em Defesa do Rio Tinto, dirigiu ofícios à empresa Águas de Gondomar e ARH a reclamar intervenções urgentes nesta área e elaborou uma participação da ocorrência, ao SEPNA ( Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente ).
Esperamos rápidas respostas e acções concretas porque o problema, se não rapidamente resolvido, tenderá a agravar-se.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Limpeza do rio em 25 de Setembro

Conforme aqui noticiámos, no passado dia 25 de Setembro, realizou-se mais uma acção de limpeza do rio, promovida pelo movimento Limpar Portugal, Quercus e Campo Aberto, com o apoio da Câmara Municipal do Porto.
Compareceram 20 voluntários que retiraram cerca de uma tonelada e meia de detritos.
Recordamos o evento, através de imagens que reunem essas duas dezenas de participantes.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Acção de Limpeza do rio Tinto

Vem aí mais uma limpeza do rio Tinto

Data de realização: 25 Setembro 2010
Horário: 9:30 - 12:30 am
Ponto de encontro: Entrada do Parque Oriental
(acesso: rotunda do Freixo-IC29 Gondomar-N12/Areias/Circunvalação-Areias/Azevedo-Porto)

Localização geográfica: WGS84: 41,16; -8,57

Morada: parque de estacionamento na Av. Francisco Xavier Esteves junto ao Bairro do Lagarteiro, Freguesia de Campanhã

O que trazer: calçado adequado e/ou galochas e luvas

Entidades envolvidas: Câmara Municipal do Porto, Limpar Portugal, Quercus-Porto, Campo Aberto




Contactos: Isabel Ribeiro (919650346); Judite Maia-Moura (936471464)

domingo, 12 de setembro de 2010

Um primeiro passo?

Depois de alguns anos a tentar colocar a requalificação do rio Tinto na agenda política, os primeiros frutos surgem. No passado dia 7 de Setembro foi assinado um protocolo de um conjunto de acções com o objectivo de reabilitar o rio Tinto. O investimento total desta obra é de cerca de 305 mil euros. O valor protocolado envolve, em partes idênticas, a Câmara Municipal de Gondomar, a empresa “Águas de Gondomar” e a Administração da Região Hidrográfica do Norte. O sinal positivo está relacionado com a envolvência de vários parceiros nesta iniciativa. A requalificação do rio Tinto é um problema complexo que necessita obrigatoriamente de encontrar fontes de financiamento diversas. O aspecto negativo relaciona-se com a escassez do investimento. O montante global envolvido só poderá ser visto como um primeiro e ténue passo no caminho da recuperação do rio Tinto. Por vezes o primeiro passo é o mais difícil. Esperamos que haja vontade política e meios financeiros para continuar esta cruzada.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

A ribeira não agradece

Já aqui tínhamos dado conta das obras, da responsabilidade da Metro do Porto, que se desenvolviam na junção da ribeira da Castanheira com o rio Tinto  no terminal do malfadado entubamento.
Referimos, então, que a política de mais e mais betão em vez de desejáveis operações de renaturalização de cursos de água, parece continuar a dominar a mente de técnicos insensíveis às questões ambientais.
A foto seguinte documenta o resultado final dessas obras.

Dirão alguns (esses tais e mais alguns outros...) que ficou mais bonito, mais moderno, mais seguro.
Mas, seguramente, a ribeira não agradece esta nova vestimenta. Preferia que roupagens mais naturais, mais livres, afinal, as de origem, lhe fossem oferecidas.
Entretanto, ali, logo a seguir, após um triste remendo para disfarçar as mazelas de um emissário de esgotos danificado, tudo continua desoladoramente na mesma. Ou seja, depois das cheias de Dezembro do ano passado, continuam os amontoados de destroços sem que se tivessem iniciado as prometidas obras de remediação dos estragos. E, já agora, onde está o também prometido estudo que anunciaram para "muito breve" para orientar as tais obras de reconstrução?
Estamos a caminhar para o aniversário das cheias. E parece que ninguém aprendeu a lição. Parece que se está à espera de mais danos, mais prejuízos.
Mas nós não esquecemos as promessas, estamos e continuaremos a estar atentos.
O silêncio e a indiferença significaria pactuar com a vergonha da inacção dos responsáveis.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Uma ETAR que é mais um problema e os silêncios que intrigam...

No passado dia 24, o Jornal de Notícias reportava um estudo de Adriano Bordalo e Sá, hidrobiológo do Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar (ICBAS).
“Temos entre 200 a 500 vezes mais contaminação fecal do que a que nos permitiria ter bandeira azul na barra do Douro”, afiança o cientista.Essa poluição tem a principal origem nas descargas de águas residuais domésticas do milhão de pessoas cujas casas drenam, oficialmente ou não, para o estuário do Douro.
Mais adiante:
E como está o Douro poluído por esgotos se os concelhos que confinam com o estuário (Porto, Gaia e Gondomar) possuem redes de saneamento básico e estações de tratamento de águas residuais (ETAR)? Por várias razões, refere o hidrobiólogo. Há, de facto, oito estações, mas poucas têm tratamento terciário dos esgotos (capacidade para desinfectar o efluente).

“A legislação prevê a qualidade física e química do efluente libertado pelas ETAR, mas não a qualidade microbiológica”, explica o cientista. Ou seja, mesmo passando pelas ETAR, esta água à qual se dá o título reconfortante de “tratada” vai carregada de bactérias e de vírus. Por outro lado, acrescenta, “as ETAR também são parte do problema, porque algumas não funcionam, como a de Rio Tinto, ou funcionam com grandes deficiências”.
A isto, junta-se a poluição arrastada por muitas das 92 linhas de água – desde rios como o Tinto ou o Sousa até ribeiros encanados que não se vêem – que drenam para o estuário. Destas, 52 estão em Gaia, 30 em Gondomar e 10 no Porto, os três concelhos banhados pelo troço final do Douro.
(sublinhado nosso)
Esta notícia vem reforçar aquilo que o Movimento já, por diversas vezes denunciou. Designadamente, que a ETAR do Meiral, em vez de contribuir para a despoluição do rio Tinto, está, pelo contrário, a agravar a sua contaminação. Esta é uma conclusão que começa a ser reconhecida por alguns responsáveis. Que, no entanto, nada fazem, de concreto, para mudar esta triste realidade. Ou, então, "sacodem a água (suja) do capote" para outros ombros.
Será, entretanto oportuno recordar que o Movimento em Defesa do Rio Tinto dirigiu  pedidos de reunião, solicitados a 25 de Junho (já fez um mês), à Câmara Municipal de Gondomar e à ARH (Administração da Região Hidrográfica do Norte) para a apresentação da posição do Movimento no sentido de desactivar a ETAR do Meiral e dirigir o efluente de Rio Tinto para a ETAR do Freixo. Até hoje, sem resposta.Porquê?

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Lemos e registamos

Lemos (JN 30 Junho 2010) :

“Temos a expectativa clara de que até ao final de 2011 o rio Tinto possa estar em condições mais do que aceitáveis”. A garantia foi deixada, anteontem à noite (segunda-feira), pelo vice-presidente da Câmara do Porto, Álvaro Castello-Branco, em reunião da Assembleia Municipal.
Castello-Branco respondeu, assim, à perplexidade de Alda Macedo por o Parque Oriental da cidade do Porto ter sido inaugurado, no passado dia 7, sem que houvesse uma limpeza do rio Tinto.
“Tem um cheiro nada convidativo. Há frigoríficos lá enterrados”, revelou a deputada do Bloco de Esquerda, convencida de que a “aprazibilidade” do novo espaço da freguesia de Campanhã será condicionada pelo estado “poluído” daquele afluente do Douro.
Em resposta, Álvaro Castello-Branco recordou existe um projecto de despoluição do rio Tinto, que engloba uma comissão na Junta Metropolitana do Porto, presidida por Poças Martins. Lembrou que aquele curso de água, que nasce em Valongo e desagua no Porto, é “poluído” em Gondomar. E garantiu que, até ao fim de 2011, o rio estará “em condições mais do que aceitáveis”.

Lemos e registamos.
Mas duvidamos.
É que 2011 é já ali...
Lemos que "existe um projecto de despoluição do rio Tinto". Mas onde está? Quem o elaborou? Quem o apresentou? E a quem?
É que 2011 é já ali...
E para a despoluição ser verdade nessa altura, já se deveria estar no terreno com acções concretas, designadamente em Gondomar onde, como se diz na notícia, o rio é fortemente poluído.
Lemos e registamos.
Entretanto, a expressão " o rio estará em condições mais do que aceitáveis" deixa-nos algumas inquietações. O que serão condições "aceitáveis"? Serão as mínimas necessárias, apenas para retirar do Parque Oriental do Porto os cheiros "nada convidativos"?
Mas, apesar de tudo, lemos e registamos.
Para nos congratularmos, se, em finais de 2011 o rio estiver mesmo despoluído.
Mas para voltarmos com esta notícia e exigirmos que sejam assumidas responsabilidades se, mais uma vez, estas expectativas forem defraudadas.
Lemos, registamos e não esqueceremos.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Assembleia Municipal

No passado dia 30 de Junho, realizou-se uma reunião extraordinária da Assembleia Municipal de Gondomar com um ponto único na ordem de trabalhos: "Metro ligeiro no Concelho de Gondomar. Análise da situação".
Estivemos lá e ouvimos elementos responsáveis da Metro do Porto, falar sobre os projectos em execução ou previstos para Gondomar.
Alguns deputados e presidentes de juntas de freguesia apresentaram dúvidas, preocupações, críticas, interrogações.
A todas essas questões os elementos da Metro respondiam impavidamente, com argumentos que, em alguns casos, teremos de considerar, no mínimo, como intrigantes.
No que nos diz respeito, ou seja, no que toca ao rio Tinto, soubemos que a possibilidade de se aproveitar a obra para devolver à liberdade algumas dezenas de metros do rio, não se fez, porque "o projecto era o que era e não havia volta a dar". E quanto ao novo entubamento na zona das Perlinhas e ao re-entubamente da parte final da Ribeira da Castanheira? Nada... Passou-se á frente...Nem uma palavra, nem uma justificação. E quanto ao moinho centenário que existia perto da Escola E.B. 2.3 nº 2 e que desapareceu do local? O responsável da Metro quis tranquilizar: "as pedras foram todas numeradas e estão guardadas". Não disse em que arquivo. Será num arquivo morto? E que se irá fazer com as pedras? Remontar o moinho (já agora recuperado?...) ?. E se assim for, onde? Em cima dos gabiões que foram colocados no sítio onde estava o moinho? Ninguém explicou...
E ficámos a pensar que há quem encare o património histórico como peças "lego" que se arrumam numa qualquer caixa de brinquedos num qualquer sótão onde se amontoam "inutilidades".
A Metro do Porto, poderá ter saído desta reunião com a convicção de que realizou uma excelente acção de marketing.
Mas nós, que temos memória e teimamos em querer pensar pela nossa cabeça, não saímos de lá nada convencidos.
Até porque, desde o início da obra, tentando funcionar como interlocutores, fomos sempre ignorados. Ao contrário do que afirmou,na Assembleia, o chefe da equipa da Metro presente, que quis fazer crer que era política daquela casa acolher todas as sugestões e críticas que lhe chegassem. Connosco, pelo menos, não foi assim.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

OBRA DO METRO INSISTE NO ENTUBAMENTO

Na confluência da ribeira da Castanheira com o rio Tinto está a ser colocada uma nova estrutura em betão. Ali, já havia um entubamento que poderia e deveria ser desfeito. Mas tudo aponta para que a ribeira da Castanheira vá ter direito a chegar ao rio Tinto numa forma mais requintadamente entubada. Ou seja, em vez de se emendar um erro já estabelecido, constrói-se uma estrutura ainda mais pesada, que visa tornar o erro irreversível. A Metro, responsável pela obra, deverá dizer que se trata de mais uma renaturalização no vale de rio Tinto. Já estamos habituados a isso. A palavra renaturalização assume uma nova dimensão e significado na nossa terra.

Um acesso, em terra batida, à obra do Metro impede, neste momento, a continuação do entubamento em direcção à nascente da ribeira da Castanheira. O que está já é mau, mas fica aqui uma dúvida: até onde vai continuar mais esta magnífica obra?

terça-feira, 15 de junho de 2010

OBRAS DE REMEDEIO

Conforme dissemos no post anterior, aí estão as "obras de remedeio" junto ao Centro de Saúde.
Relembrando: havia ali um colector de esgotos que, desde as cheias de finais de Dezembro, estava a despejar directamente para as águas do rio. Vejam o local, assinalado, na imagem seguinte:
Agora, que se fez? Remendou-se a fuga com uns metros de tubo ligados ao colector, tapou-se tudo com uns montes de pedras e a coisa disfarçou-se:
Mas, gato escondido, com o cano de fora... Ali está o remendo (assinalado pela seta), a espreitar no meio das pedras que foram colocadas por cima...
Aliás, situações de remedeio, à espera de melhores dias, é o que mais há por ali...
E por falar em melhores dias...
E o pontão que aqui havia? E a cascata?
Para quando soluções definitivas, eficazes e duradouras?

Que não se pense que nos contentaremos com uns remendos apressados que apenas mascaram o problema.
Como já temos dito, repetimos:
JÁ SE PERDEU TEMPO DE MAIS!

sábado, 12 de junho de 2010

Aí está a solução provisória ou coincidências...

Depois de mais de cinco meses de sujidade no rio, de alertas e pedidos de intervenção, e, coincidindo com a iniciativa tornada pública da concentração "O rio não é um esgoto" a 4 de Junho, eis que se inicaram os trabalhos de reparação do colector junto ao Centro de Saúde. Como foi noticiado, a própria ARH admite esta solução como provisória, aguardando-se uma intervenção mais profunda naquela margem em resultado do estudo solicitado a um professor da FEUP. Na verdade aquele problema fica parcialmente resolvido, empurrando-o para juzante. Como temos vindo a alertar se queremos uma qualidade aceitável da água do rio Tinto, de modo a tornar possível a presença de espécies autóctones ou a convivência saudavel do rio com o Parque Oriental da cidade do Porto em desenvolvimento, nenhuma infra-estrutura de tratamento de águas deve lançar o "efluente industrial" naquele curso, devido ao baixo caudal do rio em época de estiagem. Se dizemos nenhuma, muito menos a ETAR de Rio Tinto, esta ou outra que venha a resultar de remendos de todo ineficientes.
Na reunião que realizámos com o administrador da empresa municipal Águas do Porto, o mesmo afirmou que a ETAR do Freixo tem capacidade para tratar os esgotos de Rio Tinto. Não se entende que problemas seriam adiados para o Porto, para daqui a dois ou três anos, a que faz referência o vice-presidente da CMGondomar, nem por que razão ou razões, depois de essa solução ter sido acolhida e estar a ser mediada pela ARH Norte (numa reunião realizada na manhã do dia 1 de Fevereiro de 2010) ela foi abandonada. Diriamos que, de novo, o processo não é de todo transparente. Que se impõe o esclarecimento e a intervenção da ARH Norte para que, fazendo uma análise técnica e ambiental do todo, solucione de vez e para o futuro este grave problema.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

DESAFIO DOS PRÓXIMOS ANOS...

Lemos, em diversos órgãos de informação:

O presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, inaugurou esta segunda-feira os primeiros dez hectares do Parque Oriental da cidade, considerando que a despoluição do rio Tinto é «o passo seguinte mais relevante e importante» naquela nova zona verde.
De acordo com o autarca, tem havido um esforço com outros municípios, designadamente com Gondomar, para a despoluição do rio Tinto que atravessa o Parque Oriental do Porto.

O Parque Oriental do Porto, desenhado pelo arquitecto paisagista Sidónio Pardal (também responsável pelo Parque da Cidade), situa-se no Vale de Campanhã, na zona limítrofe do concelho do Porto com o de Gondomar, e deverá ter uma área total de cerca de 55 hectares, informa a agência Lusa.
O rio Tinto é considerado pelo arquitecto Sidónio Pardal como «o instrumento da orquestra» daquele parque. «Trabalhar o rio», disse o arquitecto, «é o desafio para os próximos anos». Sidónio Pardal considerou que ,quando o rio estiver despoluído este será, certamente, «o elemento fundamental do parque».

Claro! Já há muito se sabe que, sem despoluição do rio, não há Parque Oriental que se preze.
Mas, ao longo destes anos, temo-nos habituado a ouvir declarações mais ou menos solenes que, depois, se ficam apenas por ...declarações.
Será que tem mesmo havido sérios esforços "com outros municípios, designadamente com Gondomar"? E se os tem havido, quais os resultados? Como tem reagido a Câmara de Gondomar?
E se "trabalhar o rio é o desafio dos próximos anos", quando é que começa a ser vencido esse desafio? E como? Com que projectos?
Que a consciência do problema existe, parece não haver dúvidas.
Que as declarações  de boas intenções se multiplicam, é um facto.
Mas o que continuamos a aguardar são, tão simplesmente, MEDIDAS CONCRETAS!

sábado, 5 de junho de 2010

Concentração- 4 de Junho


Conforme o previsto, realizou-se ontem, sexta-feira uma concentração promovida pelo Movimento em Defesa do Rio Tinto, junto ao Centro de Saúde.
Cerca de meia centena de pessoas deu voz à indignação crescente que resulta do facto de, passados mais de cinco meses sobre as cheias de finais de Dezembro, os consideráveis danos  então ocorridos, ainda não terem sido reparados.
Designadamente, a rotura de um emissário de esgotos junto à referida unidade, está a constituir um sério problema de saúde pública que irá ser agravado se não forem tomadas medidas imediatas.
Nesse sentido foi entregue pelos manifestantes no Centro de Saúde uma exposição sobre estes factos, esperando que dela seja dado conhecimento às entidades competentes. Salientamos ainda o facto, de antes desta concentração, ter sido apresentada uma participação sobre os mesmos factos ao SEPNA - Brigada Ambiental da GNR.
Curiosamente, no próprio dia em que se realizava esta concentração, saía uma noticia que dava conta da breve , ainda que provisória reparação do dito emisário. Registamos o facto. Embora já se tenha perdido muito tempo há agora a promessa de se começar a actuar.
Mas esta é, para já,apenas uma pequena gota de água. Não se percebe, ainda, o que se vai seguir. Ainda continua a indefinição sobre quem se irá reponsabilizar pelas obras e qual a sua amplitude. E os estudos que se anunciam onde estão?
Uma coisa no entanto é certa: O Movimento em Defesa do Rio Tinto, continuará atento e actuante. Exigindo, que das promessas se passe à acção. Que, dos paliativos se vá para medidas de fundo.
De facto já perdemos demasiado tempo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

6ª feira - 18 horas, Concentração em defesa do rio

O RIO NÃO É ESGOTO
É com enorme desagrado e profunda preocupação que o Movimento em Defesa do Rio Tinto vê as entidades competentes de costas voltadas para este valor patrimonial. A já grave situação do rio foi ampliada pelas “recentes” inundações – falamos das cheias de Dezembro de 2009.
Decorridos cinco meses sobre este incidente/acidente, que vemos?
O emissário das águas residuais de Rio Tinto continua partido junto ao Centro de Saúde e a lançar livremente os dejectos para o rio.
Que fazem as autoridades responsáveis pela nossa Saúde? Já tomaram alguma iniciativa concreta para obviar os previsíveis efeitos sobre a qualidade de vida, saúde e bem-estar de todos?
As margens e pontes que sofreram derrocada continuam a pôr em risco a segurança dos cidadãos.
O prometido estudo encomendado à Faculdade de Engenharia, para daí a…..dias, continua no segredo dos deuses – já foi concluído ou nem foi sequer encomendado?
A Administração da Região Hidrográfica do Norte parece divorciada dos problemas do rio, que é recurso hídrico. Se quem é responsável nada faz, a quem poderemos recorrer?
Os riotintenses querem melhor ambiente e melhor saúde.
Os riotintense precisam do rio.
Os riotintenses exigem que as autoridades olhem para/por ele.
O rio precisa de todos!

domingo, 30 de maio de 2010

CONCENTRAÇÃO- Sexta-Feira, 18 horas, junto ao Centro de Saúde

Como referimos no post anterior, a situação que permanece no que refere à reparação dos danos  que se verificaram em finais do ano transacto, consequência da intempérie, mas muito mais de sucessivos erros e incúria de decisores políticos, já é insustentável.
Já por alturas da nossa 4ª Caminhada em Defesa do Rio Tinto, muitos concidadãos nos transmitiram o seu espanto e indignação perante o que viram, designadamento junto de Centro de Saúde de Rio Tinto. O nosso Movimento, tem a obrigação de fazer eco dessa indignação.
Nesse sentido, decidimos apelar à mobilização dos riotintentes e outras pessoas que se queiram associar, para uma concentração que visa demostrar o descontentamento pela manutenção desta absurda inacção.
Assim, na próxima sexta-feira, 4 de Junho pelas 18 horas, vamo-nos juntar perto do Centro de Saúde de Rio Tinto para fazermos ouvir a nossa voz.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Já não há mais paciência


Já passaram mais de 150 dias sobre as cheias de finais do ano transacto e os seus efeitos persistem teimosamente.
Designadamente, junto ao Centro de Saúde de Rio Tinto, continuam montões de detritos e destroços e, o pior de tudo, o emissário de esgotos,então rebentado, que continua a vazar directamente para o rio.
O Movimento já alertou, por diversas vezes, para a urgência da resolução deste problema e de outros que as diversas entidades parecem empurrar entre si, num jogo de "pim-pam-pum" de todo insuportável.
A seguir às cheias, não faltaram promessas e criação de expectativas.
Haveria um estudo encomendado que viria rapidamente e que estabeleceria as regras de intervenção no local. para que as soluções fossem perduráveis.
Passado todo este tempo, há que perguntar: Onde está o estudo? Quem vai reparar os estragos?De que se está à espera?
O calor está a chegar. O caudal do rio vai, inevitavelmente, diminuir. O mau cheiro vai tornar-se insuportável. Os insectos vão proliferar.
Mas, a única coisa que parece ter mudado ali, foi a colocação de uma rede de protecção, provavelmente para evitar acidentes pessoais ou patrimoniais. Ou, então, o que será de muito mau agouro, pensa-se que as obras ainda vão demorar muito a iniciar-se.
Os riotintenses não podem aceitar este "assobiar para o lado" que os responsáveis parecem prosseguir. Vão ter que reclamar. Vão ter que se manifestar contra a persistência desta situação.
Já não há mais paciência.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Soluções de bioengenharia

Há dias elementos do Move, foram ver algumas soluções, das muitas possíveis (grades de vegetação, fachinas vivas, prumos com estacaria viva, plantações vegetais, mantas com geotêxteis e biorolos, etc. etc.) de renaturalização de margens de linhas de água.

São técnicas usadas em inúmeras intervenções realizadas em linhas de água dos concelhos vizinhos do Porto, Valongo e Gaia respeitando a função dos sistemas fluviais.
As "regularizações" ocorridas no âmbito das obras da linha do Metro tiveram essencialmente a preocupação de evitar cheias futuras, não ocorrendo aos projectistas nem aos responsáveis políticos e ambientais, alternativas que valorizassem ambientalmente o rio Tinto. E garantidamente não foi por desconhecimento.
Os decisores enterraram já e negligentemente, uma parte rica e muito substancial da vida e das histórias do nosso rio. Mas devem corrigir erros e empenhar-se na valorização e reabilitação de vários troços do rio que restam, conferindo-lhe dignidade.


Citando o nosso amigo Pedro Teiga “Os rios são para a vida!”


Ouvir a água a correr e o cantar do rouxinol. Escutar histórias dos nossos avós. Tocar no salgueiro e na biodiversidade. Sentir a dor da poluição e dos moinhos destroçados. Aprender como se leva a água ao moinho! Como se leva a água ao cimo da montanha! E compreender como se ultrapassam obstáculos!
Para sabermos agir e melhorar a história da nossa vida!”

Temos de defender o nosso rio de uma morte anunciada.

sábado, 15 de maio de 2010

Acção de Limpeza 15 de Maio

Conforme o previsto, realizou-se hoje uma acção de limpeza no rio Tinto e suas margens, organizada pelo Movimento Limpar Portugal,pelo Movimento em Defesa do Rio Tinto e pelo Projecto Rios.
A acção realizou-se em dois locais (Meiral/Pego Negro e Parque Oriental da Cidade do Porto) e reuniu algumas dezenas de pessoas.
No que se refere ao Movimento em Defesa do Rio Tinto,iniciámos o trabalho na zona do Meiral prosseguindo até perto do Pego Negro.
Retirámos algumas centenas de quilos de detritos diversos, que foram recolhidos por trabalhadores ligados ao Departamento de Limpeza da Câmara Municipal de Gondomar que, para o efeito disponibilizou um veículo e alguns sacos.
Designadamente, sob o viaduto do IC 29 que se situa perto do pontão de Pego Negro, montões de roupas usadas que a incivilidade de alguns ali despeja periodicamente, tiveram de ser retirados, com algum esforço dos presentes.
Esperemos que estas acções simbólicas possam ter reflexos positivos, não só estimulando os cidadãos a deixarem de recorrer a práticas de todo abusivas e ilegais como sejam o abandono de toda a espécie de lixos em zonas onde tal causa prejuízos vários, como também lembrando aos decisores políticos que há medidas urgentes a tomar, no sentido de se garantir um melhor ambiente para as comunidades.


terça-feira, 11 de maio de 2010

ACÇÃO DE LIMPEZA

(se necessário,clicar sobre a imagem para a ampliar)
Se queres devolver ao rio Tinto a dignidade e o equilíbrio que toda a linha de água merece, favorecendo o desenvolvimento de biodiversidade nas margens dos troços ainda a céu aberto, então aparece na manhã do dia 15 de Maio e participa nesta acção.


Vamos proceder à limpeza das suas margens e do leito, de lixos que o Homem e as cheias lá introduziram.
 
O que trazer: quem puder traga luvas, galochas, calçado adequado e água.

sábado, 8 de maio de 2010

O Move Rio Tinto no Biosfera

O Movimento em Defesa do Rio Tinto participou na mais recente emissão do programa Biosfera, que foi para o ar, na RTP 2, no passado dia 5 de Maio. Amanhã, domingo, pelas 13 horas será repetida a sua apresentação.
Pela sua qualidade e importância, já que coloca as questões mais pertinentes e fundamentais sobre a problemática que afecta o nosso rio, sugerimos a sua visualização.
Para quem não tiver a oportunidade de assistir a esta emissão, aquando da sua apresentação televisiva, aqui deixamos o link que permitirá ter acesso a este importante programa.

programa Biosfera sobre o rio Tinto

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Balanço

Fazendo um balanço sobre o modo como decorreu a 4ª Caminhada, podemos considerar que ele é positivo. Tanto ao nível do número de participantes que acorreram como ao nível do crescimento da consciêncialização de cidadãos que sabem e querem estar com o rio e com a sua defesa.
Durante a Caminhada e em comentários que nos chegaram depois, foram bastantes as vozes a estranharem algumas ausências, particularmente notadas.
A esses reparos podemos simplesmente responder que há silêncios que falam e há ausências que, em si mesmas, são plenas de significado...

domingo, 18 de abril de 2010

Fomos mais de 400 a caminhar

Conforme estava previsto, concentrámo-nos na Praceta do Parque Nascente
Muitos participantes escreveram mensagens que faremos chegar a entidades que podem e devem intervir na defesa do rio.
A Patrícia Neto, em nome do Movimento, leu a intervenção inicial
Ao grande amigo do nosso rio, Engº Pedro Teiga, num acto de singela mas simbólica homenagem, foi oferecido um estojo com uma colher retirada do rio Tinto, durante um das acções de limpeza em que ele participou.
E fizemo-nos ao caminho
Enchemos ruas
Caminhámos junto às margens de uma zona onde se mantêm visíveis os resultados das cheias de finais de Dezembro

Aqui havia a cascata, um dos ícones mais queridos do rio. E um pontão... Nada resta...
Passados quatro meses, ainda está tudo assim... Até quando? Quem está à espera? De quê?
Observando os danos junto ao Centro de Saúde de Rio Tinto, onde o rio tem cada vez menos saúde, já que um emissário de saneamento partido durante as cheias, continua, dia e noite, a lançar detritos directamente para as águas.

Uma paragem para os habituais exercícios de relaxamento propostos pelo Pedro Teiga
Passando por uma das frentes das obras do Metro. Aqui por baixo, corre o rio, sepultado em tubo e betão
Na zona das Perlinhas. Aqui, os carris do metro vão passar novamente sobre o rio, que aqui foi alvo de um novo entubamento, com o comprimento  de cerca de 60 metros (quem disse "nem mais um centímetro será entubado..." ?)
De onde a onde, o Pedro Teiga explica o que se passa
Já perto do final, passando ao lado de mais uma frente de obra do Metro. Nesta Caminhada vimos mais betão e ferro do que rio. Porquê???

Última paragem na Caminhada. Ao lado da Ribeira da Castanheira. Aqui existe uma oportunidade única de se devolver o rio ao leito natural. A Metro do Porto admite ser tecnicamente possível desentubar, neste local, uma parte do rio. Assim haja vontade política para se agir, minorando um erro trágico que hoje ninguém quer assumir e já ninguém aparece a defender.
E chegámos ao fim da 4ª Caminhada. Fatigados, certamente, mas determinados em prosseguirmos a luta. Com redobrado ânimo e determinação.
Como dissemos na intervenção inicial:
"Sabemos que, para muitos, continuamos a ser incómodos. Mas, se pactuássemos, se nos conformássemos, estaríamos a trair o nosso compromisso com a defesa deste património natural que atravessou gerações e que nos cabe preservar e defender.
Se abandonássemos a luta, deixaríamos sossegados alguns responsáveis que poderiam continuar sentados,inactivos
"
Continuaremos, pois!